terça-feira, 26 de março de 2013

Paradão


A interdição do Engenhão é, de fato, dar-nos um atestado de burro. Explica-me como um estádio onde foram gastos quase R$500 milhões, em apenas 6 anos precisa passar por uma reforma? É ou não nos chamar de burro?

Em nota, na justificativa para a interdição estavam dizendo que já haviam informações sobre problemas no mesmo ano da inauguração, em 2007 nos jogos Pan-americanos. Agora pergunto-lhe: como um estádio onde foi gasto um dinheiro astronômico pode ser inaugurado com defeitos? Ele, de fato, nunca chegou a estar 100%. É uma tremenda falta de respeito e responsabilidade. Ah, mas estamos falando de Brasil, não é? Ingenuidade minha pedir respeito e responsabilidade para o Brasil, né?

Como eles bem disseram, o Engenhão foi interditado para a reforma na estrutura da cobertura, que teria sérios riscos de desabamento. Faço-lhes outra pergunta: Como um estádio que passa anualmente por inspeções desde a sua inauguração, nunca foi descoberto essa precariedade/falha na cobertura? Diante desses fatos dá para confiarmos nessas inspeções? A cada dia que passa, fatos como esse reforçam cada vez mais a minha seguinte ideia: é falcatrua atrás de falcatrua. Estou totalmente incrédulo de tudo!

Será que deu um peso na consciência desses engravatados (que são sempre os que enchem a burra de dinheiro com várias e várias obras milionárias, porém mal feitas, para posteriormente ganharem/roubarem ainda mais dinheiros com "reformas") para uma possível tragédia? Porque fazer o errado quando pode-se fazer o certo? Porque?? Concordo, ao menos, quanto a interdição agora, para realmente evitarmos uma tragédia como a da Arena do Grêmio, onde os alambrados não aguentaram. Mas ainda não consigo entender a falta de vergonha na cara do Brasil. Porque sempre fazendo o errado?

As perguntas são muitas, já as respostas são sempre escassas, não jovem? Até quando, hein Brasil? Até quando...

Forte abraço,

Arthur Guedes.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Volta, seleção!



Ah, como eu queria que aquela seleção que já tivemos, encantadora, vitoriosa e invejada pelas demais voltasse... Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho em plena forma, Adriano, entre outros craques que faziam daquela seleção uma verdadeira seleção. Aquela sim, fazia todos nós e o mundo parar tudo o que tivéssemos fazendo para assistir e encantar-se. Aquela sim, é a nossa seleção brasileira! Ou melhor, era...

"Ah, Arthur, mas não podemos ficar vivendo de passado.". Verdade! Mas o que dizer dessa seleção atual? Encantadora? Com craques? Consegue parar o Brasil e o mundo? Não, não e não! Essa seleção não honra e  nem consegue representar tudo o que os nossos diversos "antigos" craques conquistaram. Quando na nossa seleção víamos os jogadores tropeçando constantemente na bola? Quando víamos o adversário pintando o sete na nossa área até marcar o gol? Quando nos colocavam na roda? Sim, o mundo evoluiu, e o Brasil não!

E numa situação como esta, a principal coisa que discutem é descobrir/apontar o culpado. Felipão, Neymar em baixa, falta de craques e muitas outras desculpas. Sempre fizemos isso, não é? Copa de 2006 o "culpado" da vez foi o Roberto Carlos, ao invés do preciosismo que rolava lá. Em 2010 os culpados foram o Felipe Melo e Júlio Cesar. É muito fácil colocar a culpa em alguém como se fosse dar a solução. Esta mesmo nunca discutem. E, sinceramente, é por isso que estamos em decadência. A culpa é sempre individualizada, afinal alguém tem que pagar pelo fracasso, não é?

Bom, você viu o jogo de hoje? Gostou? Eu não! A seleção era a favorita e por isso deteve a "iniciativa" da partida, porém não conseguiu transpor esse favoritismo para o campo. A seleção russa vinha bem, e como bem sabíamos, na mão do Capello, tornou-se uma seleção chata de ser batida (chata não quer dizer imbatível, por favor!). Era mais um bom teste para o time de Luis Felipe Scolari. E, de fato, foi para medirmos o nosso ataque.

A nossa seleção sofreu bastante para ultrapassar a marcação (ou seria um paredão) russa. Jogávamos com dois meias de criação ( Kaká e Oscar), dupla tão pedida por todos. Estes não foram mal, conseguindo fazer boas ligações com o pessoal do lado de campo, pois o Fred, foi tocar na bola com perigo mesmo nos 45 do segundo tempo.

Neymar, diferentemente do jogo contra a Itália, participou bem da partida, ora caindo pelas pontas, ora buscando jogo pelo meio, auxiliando os armadores. Hernanes jogou bem melhor também, em relação ao primeiro jogo, chegando mais à frente, afinal a Rússia ficava bem fechada para buscar seus contra-ataques, permitindo a sua subida.

Somente na segunda etapa que o jogo começou, mesmo que de leve, a ficar menos chato. O Brasil tomava ainda mais conta do jogo, pois quando a Rússia conseguia a bola, acabava rifando e devolvia a posse de bola para o Brasil. Porém, do lado brasileiro o mesmo problema ainda perdurava: falta de criatividade. O Brasil rodava, tocava e rodava novamente, porém não conseguia um espaço para chutar. Quando conseguia, tentava os passes e desperdiçava a chance.

E entre tentativas fracassadas de infiltração brasileira, a Rússia emplacou um bom contra-ataque, colocou o Brasil na roda dentro da própria defesa, até Fayzulin marcar. Ali começara o desespero brasileiro, pois na tranquilidade não conseguira passar pela forte marcação, que dirá correndo contra o tempo...

Substituições rolaram, e foi aí que o Felipão errou. O Brasil chegou a ficar sem os dois armadores, que saíram para as entradas de Hulk (Oscar) e Diego Costa (Kaká). Agora, me explica como passaríamos pela fortíssima marcação sem a criatividade dos meias? Logo, respondo-lhe: com uma lateral! Mais especificamente, Marcelo! O lateral esquerdo foi o destaque com boas subidas, bons desarmes e chegara ainda para finalizar. Numa dessas subidas, em uma tabela feita entre ele e o Hulk, Marcelo cruzou e Fred sem goleiro marcou para tirar o peso das costas de Felipão, mesmo que por um tempo. Brasil 1 x 1 Rússia. E assim o placar ficou.

Foram dois bons testes de Felipão, mesmo tendo ocorrido dois empates. O trabalho é difícil e ele sabia disso quando o aceitou. Temos que dar força a essa seleção, pois será por ela ( com algumas mudanças) que torceremos.

Forte abraço,

Arthur Guedes.

domingo, 24 de março de 2013

Botafogo vence o Madureira, mas não o árbitro...



"Ah, Arthur, não me diga que a arbitragem decidiu mais uma partida..." Não, meu caro. Mas fez umas boas lambanças no quentíssimo jogo em Moça Bonita (que poderia ser tranquilo, senão fora o árbitro).

O Botafogo desde o início da partida dominou, com alguns raros contra-ataques do Madureira que tropeçava na própria falta de qualidade. O alvinegro detinha a maior posse de bola e criava bastante,porém não conseguia boas infiltrações. Esse era o maior problema do Botafogo. E por isso, o jogo tornou-se um pouco chato até os 30 minutos, pois após disso começou a ficar bom...

Aos 30 minutos começou a primeira "confusão" da arbitragem. Seedorf, impedido, acionou Rafael Marques, que dentro da área foi atingido por Fernando: pênalti marcado. Após Seedorf ajeitar e preparar para cobrar, e quase 2 minutos depois, ele voltou atrás e anulou tudo. O árbitro alegou que Seedorf estaria impedido no início da jogada ( que de fato estava). A minha ressalva vai para o bandeira, que no momento que ocorreu o impedimento ele não marcou. O que reforça a minha ideia que a informação do impedimento de Seedorf chegou de um terceiro. Errado? Não. A decisão certa foi tomada mesmo após todo o constrangimento. Mas, fica tranquilo que essa "confusão" não foi a única...

O jogo seguiu, e logo em seguida o Madureira quase marcou com Derley. Este após um bom lançamento e escorregão de Bolívar, fintou o Jefferson, caiu e pediu pênalti. A arbitragem, em contrapartida, marcou falta dele sobre o Bolívar.

Perto do fim, Seedorf cobrou ótima falta lateral e Dória deu uma casquinha na bola e fez. Botafogo 1 x 0 Madureira, e fim do primeiro tempo.

Na volta do intervalo e começo do segundo tempo, parecia estar tudo certo para o Botafogo ser o único grande a vencer na rodada. Parecia... Jean ( ex-Flamengo, Vasco e Fluminense) após bom lançamento e errada linha de impedimento da zaga alvinegra, driblou o Jefferson e empatou o jogo.Mas a alegria do Madureira com o gol duraria pouco. Após bom lance de Lucas e passe para Rafael Marques, o Márcio defendeu, mas a bola sobrou para Seedorf, que bateu no cantinho e virou o jogo para o alvinegro.

O Botafogo a partir daí, manteve bem na vantagem e foi o único grande a vencer na rodada. Segue líder em seu grupo com 6 pontos. No fim Seedorf foi expulso. Porque? Entenda...

O acontecido:

Seedorf iria ser substituído e estava perto da linha lateral quando o juiz em questão pediu/mandou que o holandês saísse pela linha lateral mais próxima. Seedorf argumentou que sairia por onde deve-se sair, em frente aos bancos de reservas. Philip(árbitro) continuava a pedir/mandar veementemente para sair por alí.Seedorf continuou a argumentar e tomou o cartão amarelo.Após o cartão Seedorf gesticulou para ele acrescentar o tempo nos acréscimos e saiu rapidamente por onde disse que sairia. Os jogadores do Madureira colocaram uma pressão nele, e o árbitro mostrou o cartão vermelho para Seedorf.

O/Os erros:

Primeiramente: O Seedorf pediu e argumentou para sair rapidamente pelo local correto por onde deve-se sair. No entanto o árbitro pediu para que ele saísse por um lado mais perto (onde poderia ter rolado o bom senso de Seedorf.),que posteriormente rolaria sim. Seedorf argumentou que sairia rapidamente( e não andando para gastar o tempo) como, de fato, saiu e o árbitro erroneamente mostrou os cartões amarelo e vermelho.

Houve também um erro de informações, que através do acerto delas, a expulsão deverá ser repensada. Seedorf iria ser substituído sim, porém Cidinho lesionou-se no lance anterior e a substituição foi alterada. Nem Seedorf, e muitos menos o árbitro perceberam isso, e deu no que deu.

Solução:

A expulsão TEM de ser revista e voltada atrás. Seedorf, como bem sabemos, não era o cara a ser substituído, portanto tudo o que aconteceu foi por conta da sua suposta substituição. Logo, se ele não foi substituído, não era para ter saído, e não era para ter tomado os cartões. Assim como aconteceu no pênalti, tem de ser revista e cancelada essa expulsão.

Fim de carreira? Profissionalização é a solução!

O pessoal tem pedido veementemente o fim da carreira desse árbitro. Porém não concordo. O árbitro, mesmo após todo o constrangimento, acertou em voltar atrás no pênalti. Quem errou foi o bandeira, que não marcou o impedimento de Seedorf no momento que ocorreu. Quanto a expulsão, como disse, houve acima de tudo um erro de informações, que não deveria acontecer, mas aconteceu! O árbitro errou no preciosismo em pedir/mandar o Seedorf sair pelo lado mais próximos de ambos, e não pelo lado correto. E errou posteriormente em expulsá-lo, em uma suposta atitude de contrariá-lo.

Mesmo após esse erro, a melhor solução não é decretar um fim a carreira do árbitro. A melhor solução é PROFISSIONALIZAR os árbitros! E isso todos nós já vínhamos pedindo.O maior problema é a falta de profissionalização dos árbitros. Amanhã, este mesmo árbitro trabalhará em sua outra profissão, ou melhor, trabalhará em sua única profissão, pois esta de árbitro, como a FERJ insisti em deixar, parece ser apenas um hobby .

Forte abraço,

Arthur Guedes.

Descomprometimento!



Tricolores e flamenguistas, vocês sabem o porquê do empate de seus clubes? Seria elenco fraco? Não! Falta de sorte? Talvez ( mas não é o principal motivo). Eu diria que é falta de comprometimento com o "falido" Carioca. Vejo cada vez mais nos jogadores dos clubes grandes do Rio que dão pouco valor para os jogos contra os pequenos. Muitas vezes vence? Claro, mas já percebeu que eles apertam para fazer o placar e depois começam a fazer corpo mole e deixar o tempo passar? Isso é descomprometimento!

Algumas vezes, como por exemplo nesses dois empates, os clubes apertam, mas acabam não conseguindo vencer e,tropeçam. A verdade é uma só: eles jogam sem fazer força pensando que a vitória virá na certa, seja no primeiro ou no segundo tempo. Eles estão é pouco se importando. E isso reflete nas arquibancadas!

Se o time utilizasse de toda a sua superioridade para com pequeno, como aquele Santos de Neymar, André e Robinho que aplicavam 9, 10 gols, sem dúvida, veríamos uma arquibancada MUITO mais cheia.Torcedor gosta de ver gols, gosta de ver seu time jogando e encantando, e não pagar para ver 50% da capacidade de seu time. Mas os atletas dos grandes do Rio querem fazer apenas o suficiente, que muitas vezes não é o suficiente.

Me explique o porquê de vermos clássicos tão frios nas fases de grupos, e nas finais vermos um clássico totalmente diferente? Têm outro valor porque? Por conta da vaga? E a história de que clássico é clássico e vice-versa? Morreu? Estamos perdendo a essência, galera, e não é a primeira vez que digo isso. Isso precisa mudar! Mas para que isso mude, outras coisas precisam mudar: calendário e a forma da competição. Mas, pedir para que eles joguem tudo o que sabem (100%), e que a Federação faça essas mudanças seria pedir demais, não?

Forte abraço,

Arthur Guedes.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Vasco faz a sua melhor contratação


O Vasco da Gama acertou com o Paulo Autuori para ser treinador. Paulo aceitou esse desafio de dar a volta por cima nesse elenco que parece não enxergar uma luz no fim do túnel, mas que com certeza existe. Paulo Autuori é o cara para conduzir o Vasco para essa tal luz, e dar um fim nessa crise.

Paulo estava livre, foi pretendido/especulado para dirigir o Flamengo e até o São Paulo com toda essa "crise" que rola com o Ney Franco. Dentre os nomes que estavam disponíveis para dirigir o Vasco, eu nunca apostei no Autuori, pois o seu salário é bastante alto. Pelo o que parece deve ter havido uma redução, mas ainda não foi divulgado as questões contratuais.

Diante dessa crise, Paulo foi a melhor contratação vascaína nessa temporada, sem sombra de dúvidas. É um cara vitorioso, que sabe e é brilhante no que faz. É isso que o torcedor vascaíno queria ver, e que estava faltando. Desde a saída do Ricardo Gomes, por questões médicas, o Vasco não teve um TREINADOR de novo. Passaram Cristóvão Borges e Gaúcho, que não conseguiram se impor. Agora chega um cara com bagagem e respeitado. ( Não querendo dizer que o Gaúcho e o Cristóvão não mereciam.)

O elenco do Vasco, indiscutivelmente, é fraco e precisa de contratações. Porém não sei se ocorrerão. Precisam acontecer para o bem do time. Agora o Vasco têm um treinador para pôr ordem na casa. Autuori chega para trazer novos e importantes ares, e despertar o Gigante da Colina novamente! Torço por isso, pois os dois merecem.

Forte abraço,

Arthur Guedes.

Homenagem descontraída para Réver, xerife do galo.


Um pessoal da 98 FM de Minas fizeram uma homenagem para o Réver, xerifão do Atlético-MG, que no último jogo contra o América-MG fez 3 gols. Vale a pena conferir e dar uma risada:



É boa ou não essa paródia do "Lek lek lek" para "Réver, Réver, Réver"?

Abraço,

Arthur Guedes.

Jogou e assistiu...


O Brasil empata em 2 a 2 com a Itália, onde jogou bem o primeiro tempo, e assistiu a Itália jogar e dominar no segundo. O Brasil chegou a abrir um bom 2 a 0, mas cedeu o empate e quase a derrota após ser anulado pela marcação italiana na segunda etapa. Aconteceu um daqueles apagões inexplicáveis.

A seleção brasileira veio à campo num 4-3-3 bem agradável, com dois volantes, para ter a consistência na marcação característica do Felipão. Mas não funcionou tão bem. Hernanes ficou um pouco tímido e apoiou pouco. Oscar acabava ficando sozinho e preso na marcação e muitas vezes o Neymar teve que vir auxiliá-lo.

Na partida o Brasil me surpreendeu com a sua marcação sob pressão com os seus três homens de frente, e principalmente por impor-se novamente, afinal, é a seleção brasileira, pentacampeã mundial e berço de craques.

Mas a Itália não veio à passeio não. E logo de início o Júlio Cesar fez ótima defesa no chute de Giaccherini. O Júlio vem ganhando uma oportunidade com o Felipão, mas o torcedor parece não acreditar que ele possa voltar a agarrar o que agarrou na sua boa fase na Inter. Mas, críticas de lado, o Júlio foi o destaque desse jogo. Fez importantíssimas defesas.

O Brasil, mesmo com dois volantes, acabava tomando muitas bolas nas costas da defesa, com bons lançamentos do Pirlo. E Balotelli obrigou o Júlio Cesar a trabalhar em alguns lances. Estes dois foram os destaques da seleção italiana, sem dúvida.

Mesmo com alguns bons contra-ataques da Itália, quem dominava era o Brasil. Tinha mais posse de bola e atacava mais, porém não conseguia concretizar essa superioridade em grandes chances de gol. Como disse, não conseguia. Num bom lançamento de Neymar, Filipe Luis cruzou, e a bola sobrou para o Fred, de primeira marcar. Ele não apareceu o jogo inteiro, mas na primeira chance que teve fez. Ele a cada dia que passa, ou melhor, a cada jogo vai nos dando a certeza que será o nosso camisa 9 para a Copa do Mundo e, principalmente, para a Copa das Confederações.

E sem perder tempo, o Brasil fez logo o segundo com Oscar, em belíssima arrancada e jogada de Neymar, que o deixou na cara do Buffon. O Neymar é craque quando pensa somente em jogar e esquece de simular. Ele é fora de série e é esse Neymar que eu quero ver na seleção.

Até então a Itália estava um pouco perdida com os dois gols tomados, mesmo tendo criado boas chances de gol.

Mas se bem recordarmos do título desse post, o Brasil jogou, mas assistiu também. E isso aconteceu na segunda etapa. Logo de início, num erro de Daniel Alves que furou a cabeçada, De Rossi de biquinho colocou a Itália novamente na partida.

A Itália anulava o Brasil e dominou a partida. E o marrento Balotelli veio num contra-ataque, chutou de longe e fez. Júlio Cesar contribuiu um pouco, mas ele foi o menos culpado, pois a seleção apagou. A Itália tinha empatado rapidamente e do jeito que estava viraria em questão de tempo.

E aí veio a pressão que parecia interminável da Itália. Primeiro com chute cara a cara do Balotelli com o Júlio Cesar. Depois num escanteio, Bonucci quase marcou. E Balotelli ficaria de novo em claras condições de marcar, se não fosse mais uma belíssima defesa de Júlio Cesar. O segundo tempo pode se resumir assim: Itália jogou e pressionou, e o Brasil assistiu e segurou-se. No fim ficou tutto igual e ficou barato para a seleção, que tinha o placar na mão, mas sofreu um apagão.

Pitacos:

O Felipão mexeu mal na equipe. Na segunda etapa, vendo o incrível domínio no meio campo da Itália, Felipão apenas trocou seis por meia dúzia, e entrou Kaká no lugar de Oscar. Ele têm que ser mais ousado! Eu colocaria o Kaká no lugar de Hernanes, e recuaria o Oscar para ajudar nas saídas de bola e adiantaria o Kaká. Ou então tiraria o Hulk ( que não jogou nada!) e colocaria o Kaká para termos mais gente no meio de campo. O Felipão foi muito conservador.

Hulk, como disse alí em cima, não jogou nada e não vem jogando. Ele mostra-se um jogador muito dependente da perna esquerda, e sua jogada fica manjada. Não vem apresentando nada de demais, e não merece mais receber chances.

Fernando foi uma boa! O garoto entrou e marcou bem. Bons desarmes e foi bastante seguro. Merece outras chances.

Júlio Cesar voltou a agarrar bem. Muitos ainda pegam no seu pé pelo o ocorrido na Copa da África, porém a cada jogo ele vem mostrando que merece ser um dos goleiros. Não digo o titular ainda, mas merece estar no time. Ontem, se empatamos foi por sua causa. Caso o contrário, sairíamos derrotados.

Ah, e vamos parar de idolatrar esse tal de Balotelli, que não é nenhum craque, nem exemplo para ninguém!

E por fim, a equipe não jogou mal. Apenas gostaria de ver mais essa seleção do primeiro tempo, e não gostaria de ver mais a do segundo, que sofreu o enorme apagão.

Forte abraço,

Arthur Guedes.


terça-feira, 19 de março de 2013

O Flamengo de Jorginho


Como bem sabemos, após a "estranha" demissão do Dorival Júnior, Jorginho foi nomeado o novo treinador do Flamengo. Alguns dizem que o próprio Jorginho não é unanimidade, pois os engravatados do Flamengo queriam mesmo o Mano Menezes, mas para a torcida foi, sem dúvida, unânime. Já jogou e foi campeão pelo Flamengo e por isso o torcedor se identifica.

Sobre a estranha demissão do Dorival, eu concordo com a diretoria do Flamengo em partes. Concordo com a demissão com relação ao salário, tendo em vista que essa nova diretoria precisa fazer cortes pois o Flamengo passa por uma reestruturação financeira após inúmeras besteiras feitas pela ex-presidente, Patrícia Amorim. Quanto ao trabalho feito pelo Dorival Júnior, não tenho críticas. Ele tinha perdido importantes peças no seu elenco, e chegaram outras boas, que ainda estão buscando a sua melhor forma física, como por exemplo, o Carlos Eduardo e Elias. Mas, como o próprio torcedor flamenguista diz: é passado. Portanto, agora é pensar no Jorginho.

O Jorginho no seu primeiro treino montou sua equipe no 4-2-3-1 com: Felipe, Léo Moura, Wallace, Renato Santos e João Paulo; Elias, Renato Abreu, Rafinha, Carlos Eduardo e Nixon; Hernane. Essa deverá ser a equipe base, acrescentando apenas as entradas de Cáceres e Gonzalez, que estão nas suas respectivas seleções.

Quanto à equipe, o Flamengo ainda precisa contratar um bom centro-avante e dois laterais. A fase do Hernane foi boa enquanto durou né, torcedor flamenguista? Com todo o respeito, mas o Hernane não passa de um centro-avante abaixo da média, grosso (sem nenhuma habilidade) que viveu boa fase na Taça Guanabara, que sem dúvida nenhuma, não é parâmetro para nada. Quanto aos laterais, Léo Moura já não aguenta mais o tranco de apoiar e defender com aquela intensidade de antes. Mesmo ele sendo o titular, precisa no mínimo chegar um bom reserva. Já do lado esquerdo, o João Paulo não passa de um mediano lateral e precisa de um bom reserva que possa fazer uma sobra nele, para fazê-lo jogar mais do que provavelmente saiba. Afinal de contas, essa competição dentro do elenco por vaga é sempre boa para o treinador.

Dentro da equipe base, mesmo não achando o Cáceres um craque de bola, têm de ser o titular ao lado do Elias. O Renato Abreu não têm mais condições de ser o titular. Será um bom reserva. Ele não têm mais condições e vitalidade de subir para apoiar/atacar e ainda voltar para marcar. Será um bom reserva.

E já de início aplaudo a volta do meia Nixon. Ele juntamente com o Rafinha darão novamente a velocidade que a equipe perdeu quando o Dorival Júnior colocou o Carlos Eduardo pela ponta. O Flamengo na teoria, sem a bola ficará num 4-2-3-1, e com a bola num 4-3-3, com Nixon e Rafinha bem avançados. Esses dois jogadores serão os trunfos de Jorginho. Portanto, boa Jorginho.

Quanto ao resto não tenho muito o que dizer. O Jorginho chegou com algumas boas mudanças, em relação ao Dorival, mas o estilo deverá ser parecido, com um forte contra-ataque e  forte pressão nas saídas de bolas adversária. É um recomeço para uma equipe que quer recomeçar à ganhar grandes títulos novamente.

Forte abraço,

Arthur Guedes.

domingo, 17 de março de 2013

Noite de trocas



A noite de sábado do Botafogo não foi nada normal. Tivemos uma inspirada atuação de Rafael Marques, que posteriormente, foi coroada com o seu primeiro gol. Este teve uma noite de Seedorf. Já o holandês não foi bem, errando bastante e perdeu um gol incrível, digno de Inacreditável FC. Teve uma noite de Rafael Marques. Mas, para a alegria do torcedor alvinegro, as mudanças pararam por aí e o grande venceu o pequeno. 

O Botafogo começou a partida bem ao seu estilo: cochilando. Tava lento e sonolento, e com o seu maior organizador de jogo,Seedorf, jogando mal, as jogadas custavam para sair. A primeira boa chance veio com o chute do Julio Cesar que bateu na trave. Era um aquecimento para o gol. Pois, após passe de Seedorf, Julio Cesar arriscou novamente, mas dessa vez contando com a sorte do "goleirão" do Quissamã, fez Botafogo 1 x 0 Quissamã.

Entre algumas jogadas perdidas e passes errados de ambos, o Quissamã ia tentando suas saídas, e após boa jogada, e erro de Marcelo Mattos, o Quissamã quase marcara, se não fosse o Jefferson. O Botafogo continuara a dominar a partida, mas sem conseguir tirar proveito dessa superioridade. E foi só.

Na segundo etapa vimos um Botafogo mudado, com uma postura mais ofensiva e mais atento. A conversa no vestiário acordara o time. E logo no início, após linha burra da zaga do Quissamã, Lodeiro correu até a área, onde tocou para Seedorf, sem goleiro, isolar. Realmente não era a noite do holandês. Mas esse têm crédito e de sobra. 

As jogadas alvinegras começaram a sair com muito mais naturalidade, e após bom trabalho de pivô de Rafael Marques, Lodeiro de canhota marcara o 2° do Botafogo no jogo. O Quissamã aos poucos ía rendendo-se a própria falta de técnica e física, e o Botafogo aproveitou. Após mais um bom passe e jogada de Rafael Marques, Fellype Gabriel dentro da pequena área marcara o 3°. Bom, 3 a 0 após ser campeão da Taça Guanabara, tá bom, né? Não! Ainda faltara o do rapaz que contribuiu para esse placar, e após 20 jogos, esse era o jogo onde mais merecera marcar. E marcou! Após bom passe de Gabriel, de primeira, para marcar o primeiro, Rafael Marques fez e correu para comemorar com todo o time. Este rapaz já merecera marcar, e a torcida já vinha o apoiando. Agora sim, a noite poderia ter um término e teve. Botafogo 4 x 0 Quissamã.

Rapidinha: André Bahia, que jogou a primeira vez como titular, foi bastante seguro e merece receber mais chances. 

Forte abraço,

Arthur Guedes.

Mais um à sofrer com a descomunal pressão!



O que dizer sobre a saída do Dorival do Flamengo? Injusta, é claro. Aconteceu o que eu disse recentemente no blog sobre a pressão descomunal que acontecem sobre os treinadores do Brasil. Primeiro de tudo, vamos recapitular...

O Flamengo na Taça Guanabara foi o melhor do Rio, com 22 pontos, se não me engano. Se classificou para a semi contra o Botafogo com a vantagem do empate. Como todos sabemos, perdeu. Mas, não perdeu tomando um banho de bola, não! Pressionou no segundo tempo e se não fosse o Jefferson poderia tranquilamente ter empatado a partida.Portanto, na minha opinião, não aconteceu um enorme fracasso.

Começou a Taça Rio.O Flamengo fez um bom primeiro tempo e vencia por 2 a 0. No segundo cochilou e tomou a virada para o Resende. É um resultado incomum? É claro! Mas nem sempre o futebol é lógica. Nem sempre o grande vence o pequeno, e por isso, o futebol é fascinante. Mas, repito: isso não é o fim do mundo!

A imprensa, formadora de opiniões, criou uma crise (porque um grande não pode tropeçar,né, imprensa ridícula?) onde não havia, que consequentemente, repercutiu sobre os torcedores e dirigentes, que se viram na obrigação de tomarem uma atitude.

Uns dizem que o Dorival nunca foi uma unanimidade nessa nova diretoria. Mas, agora é fácil dizer, não? Ah, e não me venha dizer que ele foi demitido por conta do alto salário! Ele aceitou a redução em 40% e a após julho mais 10%, onde por contrato receberia mais um aumento. Portanto, ele não ficou porque o Flamengo não o quis!

Ainda em relação à pressão que é feita sobre os treinadores, acha justo um cara ser demitido com o time ainda em formação? Ele perdeu importantes peças, e chegaram boas peças, onde ele teve apenas a Taça Guanabara para fazer testes. É um absurdo!

Agora, torcedor flamenguista, o que você acha que irá acontecer? Vai chegar um treinador ( Jorginho, Mano entre outros) onde precisará de ainda mais tempo para montar e encaixar a equipe, onde nesse tempo, sem dúvida, acontecerão péssimas ou ruins apresentações e poderão acontecer tropeços também. Porque tirar um cara que já estava com um trabalho iniciado? É por essas e outras, que estamos cada vez mais longe de sermos novamente o país do futebol!

sexta-feira, 15 de março de 2013

O incrível poder do futebol

Uns dizem que o futebol perdeu a sua essência com todo o dinheiro que o envolve. Outros ainda acreditam no poder do futebol. Eu faço parte desses "outros"! Eu acredito em todas as incríveis magias e emoções que uma partida de futebol pode nos proporcionar. O futebol é um esporte magnífico, quiçá o maior deles. O futebol une as pessoas, o futebol para uma guerra, o futebol para o mundo!

Hoje eu assisti à esse vídeo, onde um torcedor (parecia um avô com um neto) do Málaga ficou aos prantos após o gol do seu time, que posteriormente empatou com o Real Madrid. Apenas assistam:


Cara, eu fiquei e fico sem palavras! É um amor puro e verdadeiro. Uma emoção de gerações! É incrível. Isso reforça ainda mais o meu carinho e admiração por esse esporte que tanto acompanho. E aos que ainda não acreditam na essência do futebol, repense um pouco, pois, sem dúvida, ele ainda existe! Sim, não vou negar, está por trás de muitas coisas que não merecem nem ser citadas aqui, mas fatos como esse, do torcedor do Málaga, ainda existem e deixam o futebol cada vez mais encantador.

Forte abraço,

Arthur Guedes.

quinta-feira, 14 de março de 2013

A pressão descomunal brasileira




Hoje eu ouvi de um jogador (cujo não me recordo o nome), que em clubes como Corinthians e Flamengo você vai do céu ao inferno muito rápido. Quando vence vai ao céu, mas se na partida seguinte perder, já vai ao inferno. 

Sim, eu concordo! Mas não é bem por aí... Não são apenas clubes como Flamengo e Corinthians que passam por isso. Talvez esses acontecem com mais intensidade por conta da quantidade da torcida. Mas, de fato, seria hipocrisia dizer que no Brasil, país onde o treinador não pode ficar um ano sem ganhar títulos que já é demitido, que apenas nesses dois clubes acontece isso.

Nós, aqui do Brasil, somos totalmente impacientes. O que dizer do Muricy no São Paulo? Campeão Brasileiro 3 anos seguidos, e no 4° ano, após não fazer uma temporada tão brilhante como as anteriores, foi demitido. Como pode acontecer isso? Somente no Brasil!

Um exemplo super bacana que daria é o Sir Alex Fergunson, que permanece no Manchester United por mais de 20 anos. Aí você vai pensar:"Ah, Arthur, mas o Alex Fergunson é fera e sempre ganhou título com o timaço daquele!" Não, meu camarada! Ele já passou por anos ruins, e mesmo assim sempre confiaram em seu trabalho e permaneceu até hoje. É outra cultura...

Portanto, peço um pouco mais de paciência ao torcedor, por mais difícil que seja ver seu time perder. O Flamengo por exemplo começou perdendo a Taça Rio e já vimos uma situação de crise ou fim do Mundo criada pela imprensa, formadora de opiniões, que conseqüentemente, repercuti ao torcedor, fazendo-o acreditar nisso. A própria imprensa faz o torcedor ser impaciente. Faz o torcedor pensar ou ver uma coisa que não existe, ou não é daquela proporção.

Muitos treinadores são exemplos disso: Cuca, Adilson Batista, e o maior deles, Celso Roth. Esse já passou pelo Brasil inteiro... E o mais impressionante é ver o mesmo cara, que sofreu a pressão anteriormente, chegar e assinar com o clube novamente, prometendo coisas melhores, mas que conseqüentemente após alguns maus resultados, passará pela mesma situação. Essa pressão descomunal têm que parar de existir, pois essas constantes trocas são péssimas para os clubes, e para os ex-treinadores. O cara só têm a chance de tentar dar continuidade ou começar a montar um time se ganhar pelo menos um estadual. Na minha opinião, é um absurdo!

Peço novamente um pouco mais de paciência, por mais difícil que seja, para com o treinador atual do seu clube. Releve algumas coisas e realmente acredite no trabalho dele! Pois, caso aconteça essa pressão novamente, e venha outro treinador, é mais um tempo perdido até que ele "arrume" ou monte do seu jeito, o seu clube. O jargão " A grama do vizinho é sempre mais verde" encaixa-se perfeitamente nesse caso. Mas nem sempre o do outro é o melhor... Vamos parar para pensar um pouco, galera!

Forte abraço,

Arthur Guedes.

terça-feira, 12 de março de 2013

The Barcelona is back


O Barcelona voltou! Eu, sinceramente, não sei se ele tinha ido embora, mas quando algumas derrotas, sendo umas dessas para o seu maior rival, Real Madrid, logo aparece a tal má fase. Com ela vieram suspeitas da queda da hegemonia, suspeitas sobre o Messi e coisas mais. Mas como é o mundo da bola né, cara? O Barcelona em "má fase" enfrentaria o impressionante Milan que foi lá na Itália. Pela primeira vez vi o Barcelona sendo cotado para ser o derrotado. E caso isso realmente ocorresse, com o andar da carruagem das "acusações" sobre o Barcelona, era o fim de vez do time catalão. Mas, por isso que o futebol é fascinante! 

O Barcelona, durante essa tal "draga", perdeu jogando mal para o Milan no jogo de ida por 2 a 0. E o que realmente mais impressionou foi a forma com que o Barcelona estava se apresentando. Víamos um Xavi e Iniesta pouquíssimos inspirados, e consequentemente, sobrou para o melhor do mundo, Messi. Este tinha que começar, intermediar e finalizar as jogadas, e ele não joga assim! Ele é o cara para decidir, ou seja, finalizar as jogadas com a sua genialidade. Já o papel de começar e intermediar as jogadas cabiam, é claro, para Xavi e Iniesta. Messi sofria o mesmo problema na Seleção Argentina, onde esperava que ele fizesse tudo, e ele não se destaca por isso.

Hoje vimos o contrário. Vimos um Xavi e Iniesta brilhantes novamente, principalmente o Xavi, que, na minha opinião, é o cérebro do time. Ambos ditaram o ritmo da equipe, que começou voando e logo aos 5 minutos, numa jogada genial, dominou e bateu no ângulo! GENIAL! Cristiano Ronaldo que me desculpe, mas vai continuar sendo o vice dele por mais algum tempo...

Com o gol e toda a pressão do Barcelona e da torcida, o Milan ia tremendo e tremeu! E no primeiro tempo ainda, Messi, recebeu, dominou e chutou de fora d'área. É outro do gênio! Barcelona (0) 2 x 0 (2) Milan.  E é aí que chega o ponto que farei uma comparação à final de domingo, entre Botafogo x Vasco. Guardadas as devidas e claras proporções entres todas as quatro equipes, o Milan assim como o Vasco, apoiou-se numa vantagem frágil e abdicou-se de jogar. Sim, entendo que a do Vasco era ainda mais frágil, porém ele não enfrentou o Barcelona, certo? O que são dois gols para o melhor clube do mundo? O que são dois gols para o melhor jogador do mundo? E nesse momento, essa tal vantagem do Milan já tinha ido para o brejo, ainda no primeiro tempo. E aí, o que fazer para brecar o empolgado e inspirado Barcelona diante do Camp Nou lotado

O jovem Niang poderia ter feito algo, quando numa bola sobrada no meio campo, sobrou para ele, e este correu até chegar à frente de Valdés e pipocar. Chutou na trave, e quem pagou o pato ( ops, não, não está mais no Milan) foi o Milan. Este gol faria com que o Barcelona tivesse que fazer mais 2 gols. Mas quis o destino privilegiar ou ajudar o clube que estava à jogar o futebol, e não aquele que se escondera. 

Na segunda víamos o mesmo Barcelona ofensivo e com toque de bola impecável. Já do outro lado, vimos um Milan fazendo um pouco mais de pressão, mas ainda era pouco para mudar o jogo. E aos 10 minutos, após belíssima enfiada de bola do gênio do meio campo, Xavi, David Villa com imensa categoria fez o 3°. Chocolate no placar e em campo.

Vendo-se, finalmente, atrás no placar, o Milan não viu outra alternativa à não ser atacar. E atacou. Milan melhorou significativamente após tomar o 3° gol. Dá pra entender? Precisa realmente perder a vantagem de dois gols, e ficar praticamente eliminado para começar a jogar? Não dá pra entender... Vimos boas subidas do lateral direito, Abate, cujo até então limitava-se apenas à marcar, mesmo não sendo o seu forte. Milan começou a pressionar e boas jogadas surgiram. Robinho entrou mas pouco conseguiu fazer. 

A pressão do Milan era constantemente esfriada pela belíssima, e aparentemente , impossível de marcar, troca de passes do Barcelona. O poli-valente, Adriano, entrou e fez importante papel tático. No fim, num passe errado, Messi lançou Alexis, que tocou para Alba livre, dominar e decretar a vitória e calar as críticas. Barcelona implacável 4 x 0 Milan. 

Esse é o Barcelona que conhecemos, o Barcelona que ganhou o mundo. Esse Barcelona briga por tudo que disputa, e sinceramente, parem com essa história de que 2 ou 3 derrotas derrubam os inderrubáveis, atualmente. Voltou o Barcelona, que na minha opinião, nunca saiu. 

Abraço,

Arthur Guedes.

domingo, 10 de março de 2013

Botafogo de Futebol e Regatas - Campeão da Taça Guanabara 2013

"Botafogo, Botafogo,campeão desde 1910.Foste herói em cada jogo,Botafogo, por isso é que tu és,e hás de ser nosso imenso prazer,tradições aos milhões tens também,tu és o glorioso,não podes perder,perder para ninguém!"


Vencera aquele que jogou sempre em desvantagem. Vencera aquele que a imprensa desacreditara e inclusive alguns próprios torcedores. Vencera aquele que é o mais supersticioso. Vencera aquele que mais cedeu jogadores à Seleção Brasileira. Vencera aquele que já contou com os dribles de Garrincha e o brilho de Nilton Santos. E vencera aquele que é predestinado, e que têm como escudo uma estrela, uma predestinação celestial. Vencera o Botafogo! 

O Botafogo de Futebol e Regatas é o novo campeão da Taça Guanabara 2013, após vencer o Vasco da Gama por 1 a 0. O Botafogo não foi apenas campeão. Foi campeão lutando por cada bola, por cada segundo, em diversas partidas onde encontrava-se em desvantagem, e mais, foi campeão desafiando parte da imprensa e alguns "torcedores" que desacreditaram do próprio time. O Botafogo mostrou o que é ser Botafogo! Mostrou o que é vestir e defender uma camisa tão pesada e predestinada, onde diversos craques já vestiram e encantaram. 


Sim, o mesmo Botafogo, dos diversos cochilos e tropeços, onde você, torcedor botafoguense, não consegue entender o porque, é o mesmo Botafogo que entrou para essas finais com um espírito guerreiro e vencedor. O mesmo Botafogo que chora com a saída de um ídolo, vibra com a chegada de outro. Este multi-campeão, que cada vez mais merece nossos humildes aplausos e parabéns, pelo profissional que é, e por ser esse professor dentro e fora de campo. Este que emociona e encanta, ao emocionar-se por mais um título de tantos outros seus, que pode ser considerado pequeno para muitos, mas que para ele vale como todos os outros. Este que é predestinado assim como o clube que defende.


 O Botafogo foi um Botafogo de encher os olhos nessas finais. Você, torcedor botafoguense, não está apenas feliz pelo título, mas sim por como portou-se o seu Botafogo. E sei que estaria feliz - talvez não tanto - se o seu Botafogo perdesse, pois é do jogo, mas apresentando-se dessa forma em todos os jogos. Pois é isso que todo torcedor quer. Torcedor quer ver aqueles onze lá em campo honrando a camisa como tantos outros já honraram. E esse seu Botafogo fez isso, e por isso, você,torcedor alvinegro, pode gritar de peito aberto: "Botafogo é campeão!"


Vimos nesse domingo apenas um time querendo ser o campeão. Vimos do outro, um time, que com cada passar de segundo, ia apoiando-se mais e mais na frágil e perigosa vantagem do empate. Vimos de início um fraquíssimo espetáculo, dentro de campo, é claro. Pois fora dele estava magnífico! Estádio praticamente lotado. Vimos um Botafogo pouco criativo e passando dificuldades perante a fortíssima e correta marcação vascaína. E vimos um Vasco com poucos contra-ataques, rendendo-se à pressão e recuando. Era pouco para quem quisera ser campeão.


Entre fracassadas tentativas ofensivas do Botafogo e pouquíssimos contra-ataques vascaínos esperávamos uma segunda etapa muitíssima melhor.Uma segunda etapa onde víssemos um espetáculo tão magnífico quanto tínhamos nas arquibancadas. Arquibancadas onde encontraram-se  40 mil torcedores apaixonados, que nunca deixaram de gritar, incentivar e apoiar o seu time, mesmo este não encantando.Aqueles mereciam muito mais do que estavam apresentando.E tiveram!


Na segunda etapa vimos uma postura parecida de ambos, e a superioridade continuava por ser botafoguense, até por conta do resultado. Entrara ali o garoto Vitinho, que posteriormente seria uma válvula de escape do time alvinegro. O gigante da colina continuara calmo e não foi desperto até então. Continuava limitando-se a defender e não conseguia sair jogando. E tirando raras façanhas, como a do Chelsea e Inter-ITA, ambos sobre o Barcelona, é difícil segurar um ataque contra defesa. Mesmo assim, veementemente e com todas as forças os Vasco ia segurando-se e acreditando que o empate o tornaria campeão. O cruzmaltino pecou aí! Lembra do tal ídolo que chegara ano passado ao Botafogo? Sim, este mesmo após belíssimo passe de calcanhar, deixou Júlio Cesar livre para cruzar e no rebote da zaga, Bolívar rolar e Lucas acertar belíssimo chute no canto do Alessandro. Vasco 0 x 1 Botafogo.


Ali acabara a vantagem cujo o Vasco tanto apoiou-se. Ali acabara o psicológico do time vascaíno. O Vasco perdera ali seu chão. Por outro lado, começara a alegria do torcedor botafoguense. Começara ali a brilhar a estrela solitária, que na arquibancada não estava tão solitária assim. Começara a pintar o campeão.


Com um pouco mais de 10 minutos, o Vasco completamente sem chão, lançava-se ao ataque abruptamente. E numa falta batida por Felipe Bastos, Jefferson rebateu nos pés de Renato Silva, e este mandou para o gol. Empate? Não! Impedimento. Se por um lado o Vasco perdera completamente o chão e a consciência, do outro parecia mais claro que o predestinado Botafogo, seria o campeão.


Entre passes administrados e algumas tentativas do Vasco de empatar, o Botafogo sagrou-se, merecidamente, o Campeão da Taça Guanabara de 2013. Parabéns a toda torcida alvinegra que compareceu e a que não pôde comparecer. Parabéns ao Vasco da Gama por ter sido o time guerreiro que foi durante todo o campeonato. Desmentiu e calou a boca de muitos que tanto o criticaram e desacreditaram. PARABÉNS!


Fortíssimo abraço,


Arthur Guedes.

sábado, 9 de março de 2013

Pré-jogo: Vascão x Fogão - Final da Taça Guanabara 2013



De um lado o desacreditado, pela imprensa, mas jamais pelo seu torcedor, Vasco da Gama. Do outro o irregular Botafogo, que mesmo o torcedor não apoiando a permanência de Oswaldo de Oliveira, está sempre lá apoiando e assistindo o seu time jogar. O que eles têm em comum? A paixão por seu clube! Amanhã ambos jogarão por um único objetivo: a vitória e,conseqüentemente,o título.


 O Vasco da Gama passou e mostrou, que quando menos acreditam nele, ele vai e chega. Foi assim naquela impressionante campanha após o ocorrido com o Ricardo Rocha. Mas essa história de desacreditado não vem de agora, mas sim do fim do ano passado. O Vasco da Gama passou e passa por uma fase econômica não tão boa assim, e perdeu importantes peças do elenco por isso. Se foram os dois maiores ídolos do elenco, Juninho Pernambucano ( para o Red Bulls-EUA) e Felipe ( Fluminense). Partiram no mesmo barco também o volante Nilton ( Cruzeiro) o goleiro Fernando Prass ( Palmeiras) e o atacante Alecsandro (Atlético-MG). Chegaram jogadores? Sim, mas não do mesmo peso dos que foram. E assim o elenco do Vasco, em comparação aos demais grandes do Rio, era o mais fraco. Sempre em que surgia a pergunta sobre quem seria o favorito para o título, nunca disseram que o Vasco chegaria. Nunca acreditaram no Cruzmaltino! Mas quem disse que o elenco mais forte é quem sempre vence? Como disse o meia Bernardo: " Se não vai na qualidade, vai na vontade." E foi! Vasco surpreendeu à todos desde o início, quando era o único grande à estar 100% na competição. Surpreendeu também quando foi buscar na última rodada a primeira colocação do grupo e levar para as finais a vantagem do empate, onde no grupo, muitos davam como certo a primeira colocação para o Botafogo. Esse Vasco, sim, é surpreendente pela sua capacidade de surpreender, não pela qualidade técnica, que pode não ser das melhores, mas pela sua enorme vontade! O que dizer da impressionante virada sobre o Fluminense na semi-final da Taça Guanabara? Hein? Aquilo foi coisa de quem quer ser campeão. Aquilo foi coisa de quem está com "aquilo" entalado na garganta, pronto pra gritar. Esse Vasco é surpreendente, e mesmo se não for campeão, pois o futebol têm disso, merece os meus e os seus humildes parabéns! 


Mas se o Vasco da Gama não era acreditado por muitos, o Botafogo também não era. Muitos o colocavam na briga pelo título por poder contar com a maestria do multi-campeão, Seedorf. A verdade era essa! O elenco do Botafogo, em comparação ao do ano passado, ficou mais forte. Chegaram o lateral Júlio Cesar, o zagueiro-artilheiro Bolívar, Rodrigo Defendi, André Bahia,o lateral Edilson e o jovem atacante, Henrique. O maior problema, considerado pelos torcedores, ainda era o Oswaldo de Oliveira e o seu esquema. O Botafogo sofria para marcar gols, e quando estes saíam, eram do pessoal do meio de campo. Até o garoto Bruno Mendes, muitos afirmam que foi por conta do esquema, está em má fase e sofre seca de gols. Eu não vejo que esse seja o maior problema do time alvinegro. Eu sinceramente não consigo entender o Botafogo. O Botafogo vive nos surpreendendo, pois quando você acha que ele vai ganhar, ele vai lá e te surpreende. E quando você acredita na sua derrota, ele vai lá e te surpreende de novo. O Botafogo não consegue manter uma regularidade, e por isso o tacho como irregular. Ganha e consegue bons jogos e resultados contra os grandes, e tropeça para os pequenos. Uma coisa que eu vivo frisando por aqui também, é a dependência do holandês, Seedorf. Ele joga muito e realmente decide? Claro! Ele com 36 anos, dá um banho de profissionalidade e futebol em muitos garotos de 20 anos. Mas o Botafogo é extremamente dependente dele, e isso é preocupante. É perceptível a total mudança quando ele entra no segundo tempo, por exemplo. Ele faz todo o time do Botafogo jogar bola, inclusive os que a maltratam em muitas ocasiões... Mas é perceptível também quando o craque vai mal, o Botafogo vai mal também. O que mostra a total dependência do cara que decide, mas que não tem a mesma idade do craque santista, Neymar, por exemplo. Bom, é apenas a minha opinião. 

Ah, torcedor botafoguense, não acha que vou esquecer de falar da tal superstição, acha? Como muitos dizem, há coisas que só acontecem ao Botafogo, certo? Ano passado, na final da Taça Rio, o Botafogo foi campeão ganhando do mesmo Vasco da Gama, com dois gol do uruguaio Loco Abreu e um do Maicosuel. (sim, aquele jogo onde a gandula ficou famosa por dar a bola rápido e ter saído o gol). Se a superstição for mesmo verdadeira, é melhor nem o torcedor vascaíno pensar... 

Se o Vasco merece ser o campeão pelas suas surpreendentes conquistas dentro da competição, o Botafogo também merece! O que dizer do clássico com o Flamengo, no domingo passado? Hein? Se comportou como campeão! Foi buscou o seu gol desde o primeiro minuto ( mesmo!) e defendeu como uma mãe defende a sua cria. O Botafogo jogou como Botafogo! O Botafogo portou-se e têm que portar-se sempre como o Botafogo! E como o goleiro Jefferson disse: " O Botafogo têm que entrar sempre para brigar pelo título!" E é assim que tem que ser. Com ou sem a vantagem, com ou sem Seedorf, com ou sem Oswaldo, o Botafogo é Botafogo e vem forte para a final, assim como o Vasco. 

E como disse no post passado sobre a Taça Guanabara, não queira adivinhar quem será o campeão, meu jovem, para não acabar tomando uma bofetada do futebol! 

 Forte abraço,

 Arthur Guedes.

sexta-feira, 8 de março de 2013

As desventuras do futebol moderno - não dá para torcer por uma empresa!

Estou a duas semanas sem escrever por aqui. Gostaria de pedir desculpas pela ausência e agradecer por mais essa oportunidade porque é sempre um prazer escrever aqui!

Vejam bem: pode até ser paixão, pode até ser tradicionalismo, até saudosismo pode ser. Mas me desculpem: esse negócio de time de futebol como empresa é uma tremenda chatisse.

É chato para o torcedor. Não sei se é para o jogador (que atualmente recebe quantias de dinheiro tão exorbitantes). Não sei se é para o dirigente (que agora tem aporte teórico mais sólido para gerenciar - já que a estrutura do clube está hoje sendo nivelada com as da empresa no que tange à administração). Não sei se é para os funcionários dos clubes, federações e outras entidades envolvidas no futebol. Mas para mim, como torcedor, é.

As pessoas deixaram de ser vistas por seus clubes como apaixonados amantes para serem vistas como meros...clientes. Sim, clientes. Compradores de produtos que mantêm uma marca mais ou menos viva.

O torcedor lá quer saber sobre "valor de marca", "marketing", etc.? Torcedor quer saber de futebol. É pedir muito falar só de futebol quando o assunto for futebol? Não é raro em páginas esportivas discutir-se coisas que, embora, sejam determinantes para o futebol de hoje - infelizmente! - refletem quão maus da perna estamos.

Torcedor quer ter um time forte, quer ter um ou mais ídolos, ganhar jogo, zoar os 'rivais', ganhar títulos. E pronto.

A chatisse do mundo corporativo, dinâmico, midiático e baseado em imagem que está em tudo que olhamos aí fora se apossou do futebol. O futebol é nos mostra que nem mesmo as tradicionais paixões da humanidade não sobreviveram a essa idiotização da humanidade que cria seus filhos para vestir, comer, respirar e servir às grandes marcas. Uma pena!

Dinheiro não existe no futebol desde semana passada. Existe há muito tempo. Sim, fato. Jogador é mercadoria, clubes são clientes. Sempre foi. Mas parece que à medida que vai se aumentando o poder do dinheiro no futebol começa a haver total discrepância técnica (falando de qualidade mesmo) entre clubes com e sem dinheiro.

Hoje, como nunca antes visto, a grandeza de clubes que antes era conquistada em décadas de tradição, mobilização de pessoas, entre outros elementos, pode ser simplesmente comprada. Simples assim.

Algum super-magnata-empresário-messias-trilionário compra um time e ele com poder de compra de jogadores, de apelo midiático e de acesso a meios de comunicação de larga escala transforma um time qualquer em alguns anos em "grande" e com títulos.

Isso soa tão errado para o futebol! O futebol, como uma espécie de sintoma social que é (um reflexo da sociedade, especialmente aqui na América do Sul), mostra que esse tipo de situação é para ele, como esporte e uma paixão, um câncer. Mas o problema é maior. Não nasce dentro do futebol, nasce fora. Mas também se reflete nele. E, consequentemente, o domínio social e político de países "ricos" e "pobres", resultante da discrepância entre riquezas, se estende sobre o futebol.

Será que estamos fadados a aqui no Brasil no futuro nos apaixonar e torcer por times da Liga Estadounidense de Futebol? Que os deuses do futebol não permitam.

Quem é o culpado? Não sei, a história é longa.

Mas fato é que tudo que as pessoas gostam hoje se tornou produto. Feito para elas comprarem e alguém lucrar com isso. Com o futebol não poderia ser diferente. Sendo o esporte  mais popular do mundo e mobilizando pessoas da África à Europa, do norte ao sudeste do Brasil, é uma bela mina de ouro para grandes empresários. O futebol tem donos - como quase tudo que existe hoje. Estes vendem esse produto para seus apaixonados torcedores, agora clientes.

É assim que Ronaldo, ícone dentro de campo para minha geração, se tornou para mim uma figura quase asquerosa à medida que esse, junto com outros, vai interferindo na rota do nosso futebol para benefício e lucro próprio e de sua (s) empresa (s).

Os clubes deveriam amar seus torcedores como esses amam seus clubes, não vê-los como meros clientes de uma marca.

Futebol é paixão, não é "show business".

Abraço,

Jefferson Fernandes. 

Twitter: www.twitter.com/JeffsFernandes

quinta-feira, 7 de março de 2013

Resumão da Semana - 07/03/13

É rapaz...Há quanto tempo não fazia um Resumão da Semana? Sim, nem eu lembro mais... Fato é que voltamos, e com tudo. Essa semana tivemos jogos incríveis pela Champions League e já conhecemos alguns clubes já classificados para as quartas de final (Borússia Dortmund, Real, Juventus e PSG). Então, sem perder tempo, vamos as resenhas...

Manchester United (2) 1 x 2 (3) Real Madrid


Real Madrid passou, em jogo polêmico para alguns, mas espetacular para mim. No primeiro jogo, em pleno Santiago Bernabéu, o Manchester United com Wellbeck saiu na frente. Mas no decorrer do tempo, limitou-se apenas à marcar e sofreu o empate. O Real Madrid jogou, pressionou, mas os comandados de Sir Alex Fergunson, e principalmente o jovem goleiro, De Gea, seguraram bem a pressão e levaram esse bom resultado para o Teatro dos Sonhos, ou melhor, Old Trafford.

Em Manchester, o Real Madrid foi quem continuava a dominar a partida assim como aconteceu no Santiago Bernabéu. Pressão, pressão e pressão mas o empate manteve-se. Chegaria a dizer que foi um pouco de ataque contra defesa, e com alguns bons contra-ataques do time de Manchester. O Real com a maior posse de bola não conseguia infiltrar-se na forte marcação. E o primeiro tempo resumiu-se à isso. 0 a 0, e vantagem para o time de Sir Alex Fergunson.

No segundo tempo, o que já estava bom ficou ainda melhor. Numa bobeira do Varane, Nani cruzou e Sergio Ramos acabou marcando contra. Manchester 1 x 0 Real Madrid. Mesmo com o gol, não mudou muita coisa para o Real Madrid. Ainda sim precisava marcar o seu gol para agora levar para a prorrogação. Mas, parece que o Nani quis facilitar um pouco a vida do time merengue, e acabou sendo expulso após acertar as costelas do Árbeloa. Por conta do atendimento demorado, o juiz demorou a tomar uma atitude. Mas quando tomou, Sir Alex Fergunson foi a loucura: cartão vermelho! Pra mim, justíssimo, para outros, injusto. Fato é que a partir daí, o já fechado e pressionado Manchester United, teria que fazer milagre para sair vencedor e classificar-se para as quartas. Mas não fez!

A diferença começou no banco de reservas. De um lado, víamos um Sir Alex Fergunson totalmente perdido, preocupado mais com a expulsão do que com o time, que ali estava passando por enormes dificuldades. Já do outro, víamos o Mourinho, que brilharia após colocar o Luka Módric. Este entrou no lugar do Arbeloa, e com um chutaço empatou o jogo. Manchester United 1 x 1 Real Madrid. Prorrogação? Que nada, em 3 minutos, após excelente jogada entre Higuaín e Ozil, o queridinho de Manchester, Cristiano Ronaldo, virara a partida que não podia ter outro vencedor, pelos dois jogos que fez.

Agora você pensa:"Acabou! Manchester vai tentar sobreviver e não tomar mais." Errado! Se no primeiro jogo que brilhou foi o De Gea, neste Diego López merece ser lembrado. Fez no mínimo 3 incríveis defesas e segurou aquele que seria uma tentativa de sobrevida do time de Manchester. Real Madrid está nas quartas de final e pinta aí, na minha opinião, mesmo parecendo clichê, o favorito campeão!

Libertadores: Fluminense 1 x 1 Huachipato


Se o jogo do Real Madrid x Manchester United caracterizou-se por ser quase um ataque contra defesa, mesmo tratando-se de dois clubes grandes, o que dizer de  Fluminense x Huachipato... De um lado víamos um time bastante ofensivo, mas que viveu tropeçando no herói/vilão, Veloso. Do outro, vale apenas destacar o próprio Veloso mesmo...

Como disse, durante o primeiro tempo, o Fluminense cansou de bombardear o clube chileno, que nem com contra-ataques conseguia incomodar o tricolor. Foram chutes de todas as maneiras possíveis. Primeiro de Thiago Neves, depois Jean, Wellington Nem, Fred e Deco. Porém nada da bola entrar. Mas lembra do tal herói/vilão? Sim, parece que ele cansou dessa vida de herói e decidiu ser um pouco vilão. E num lance que foi tosco desde o início, Veloso quase furou a bola, mas acabou saindo bem, aplicando inclusive um chapéu de coxa no Deco, mas na hora de livrar-se da bola deu uma pixotada no próprio zagueiro e a bola voltou para o camisa 20, que puxado sofreu o pênalti. Pênalti convertido pelo beijoqueiro, mas sem dúvida, excelente centro-avante, Fred. Você, torcedor tricolor, imaginou através dessa incrível pressão, que o gol sairia de diversas formas, mas desse jeito, aposto com você, que não! 

Na segunda etapa as coisas não mudaram muito... Fluminense ainda senhor da partida, mas ainda sem capricho para marcar. Primeiro W.Nem fintou o Veloso e chutou pra fora. Mas, lembra do tal jargão ou provérbio: " Quem não faz leva"? Mesmo com o Huachipato não sendo tão perigoso nos contra-ataques, numa falta em dois lances, após excelente finta e bate e rebate na área, Nuñes, que fez o pênalti em Deco, passou também de herói à vilão. Fluminense 1 x 1 Huachipato. Aconteceu o que nunca poderia acontecer, pelo o que foi a partida.

Fred ainda perdeu o gol, após espetacular passe de Thiago Neves de peito, cara a cara com o Veloso. Voltaria a ser herói novamente. Cavalieri perto do fim, ainda salvou num contra-ataque do Huachipato, o chute cruzado e perigoso do Rodrígues. E sob vaias, terminara a partida onde o melhor em todos os quesitos, com exceção do quesito capricho, não venceu. No final das contas foi o Fluminense quem pagou o pato...

Abraço,

Arthur Guedes.

Ps: Espero que tenham gostado, e se sim, digam para que tenhamos mais o Resumão da Semana. Forte abraço!

terça-feira, 5 de março de 2013

Surpresas e algumas mudanças

Luis Felipe Scolari ou Felipão, como preferir, fez a sua 2ª convocação hoje pela Seleção Brasileira para os jogos contra a Itália ( 21/03) e Rússia (28/03). Assim como na primeira, Felipão trouxe algumas surpresas, manteve peças e deixou "peixe grande" de fora. Confira a lista:

GOLEIROS
Diego Cavalieri (Fluminense)
Julio Cesar (QPR)

LATERAIS
Daniel Alves (Barcelona)
Filipe Luiz (Atlético de Madrid)
Marcelo (Real Madrid)

ZAGUEIROS
Dante (Bayern de Munique)
David Luiz (Chelsea)
Dedé (Vasco)
Thiago Silva (PSG)

MEIO-CAMPISTAS
Fernando (Grêmio)
Hernanes (Lazio)
Jean (Fluminense)
Kaká (Real Madrid)
Lucas (PSG)
Luiz Gustavo (Bayern de Munique)
Oscar (Chelsea)
Paulinho (Corinthians)
Ramires (Chelsea)

ATACANTES
Diego Costa (Atlético de Madrid)
Fred (Fluminense)
Hulk (Zenit)

E como deu para perceber, Kaká está de volta à Seleção Brasileira. Justa convocação, na minha opinião, pois mesmo recebendo pouquíssimas chances, quando joga marca gols e decide. Kaká ainda tem futebol para atuar em bom nível com a camisa da nossa Seleção. Mas, se você percebeu a presença do Kaká, provavelmente percebeu também a ausência do Ronaldinho Gaúcho. Pra mim, Felipão vai revezar os dois, e tanto o Ronaldinho quanto o Kaká brigarão por essa vaga na Seleção. São dois jogadores experientes e que ao meu ver ainda tem muita lenha para queimar. Felipão falou à respeito disso: (LanceTV)


Luis Felipe Scolari foi também coerente e manteve peças como: Fred, Hernanes ( cujo ia testá-lo na sua primeira convocação, mas acabou lesionando-se e ficou de fora), Dante, que foi uma excelente aposta, e Júlio Cesar, que regressa novamente à Seleção. A convocação de Fred é indiscutível, afinal é sem sombra de dúvidas, o melhor centro-avante que temos. Hernanes e Dante vem fazendo bons jogos e são titularíssimos em seus respectivos clubes, Lázio e Bayern de Munique. Quanto ao Júlio César, tenho cá minhas dúvidas. Sei bem que ele sofre com o seu fraco time, QPR, porém acredito que goleiros como, Jefferson (Botafogo), Cavalieri, que foi convocado e até mesmo o Cássio, estão à sua frente. Porém, Felipão o chamou novamente, e sem dúvida, tem seus motivos.

Nessa convocação, Felipão foi um pouco resguardado quanto as surpresas. Tivemos apenas o Diego Costa, que segundo o próprio Felipão, vem fazendo boas partidas pelo Atlético de Madrid. Eu sinceramente não o acompanho, porém torço para que seja uma grata surpresa.

Tivemos também a grata volta de Dedé a Seleção. Na minha opinião, esse quarteto de zagueiros ( Thiago Silva, Dedé, Dante e David Luiz) são os melhores que podemos ter hoje. Felipão acertou! Quanto aos laterais ( Marcelo e Daniel Alves) eu não concordei tanto. Na minha opinião, Rafael ( Manchester United) tá arrebentando e merecia ser convocado. Marcelo, tem jogado pouco no Real e é banco para o nada brilhante, Fábio Coentrão. Portanto, acredito que tanto o Marcelo e o Daniel Alves foram convocados pelo "peso do nome".

E como não podia faltar, lá vai a minha Seleção: Diego Cavalieri; Daniel Alves, Thiago Silva e Dante, Filipe Luis; Paulinho e Ramires; Kaká; Diego Costa, Hulk e Fred. (4-3-3)

Novamente, mesmo não concordando com a ausência do Rafael e a permanência do Júlio Cesar, Felipão acerta nos nomes, e agrada a quase todos. E você, gostou dos nomes? Quem na sua opinião ficou injustamente de fora?

Abraço,

Arthur Guedes.

domingo, 3 de março de 2013

Merecido!


Uma simples palavra poderia resumir todos ou quase todos os 90 minutos do clássico eletrizante, que foi o Flamengo x Botafogo. Aliás, gostaria de parabenizar todos os 4 grandes por nos proporcionar dois excelentes clássicos. Parabéns! Mas vamos ao jogo...

O Botafogo como bem sabíamos tinha que ter uma postura mais ofensiva, por conta da vantagem do empate do Flamengo, e foi por pelo menos um minuto. Num lance daqueles em que não se explicam, de extrema improvisação, o lateral que ganhou a vaga do vendido Márcio Azevedo, driblou um, dois e três, e chutou no canto do goleiro Felipe. A bola ainda, por capricho, bateu na trave e entrou. Nunca foi tão bom "estrear" com o pé esquerdo, não Júlio Cesar? Flamengo 0 x 1 Botafogo e totais mudanças de postura: Flamengo agora teria de atacar em busca do empate que ainda o favorecia, já o Botafogo teria que marcar e sair nos seus contra-ataques para tentar o segundo. E assim foi o jogo inteiro!

O Botafogo após marcar o gol, pareceu muito centrado no que teria que fazer até o término da partida. Marcou sempre em blocos de 4 jogadores e muitíssimo bem. O Flamengo tinha extrema dificuldade de passar por essa marcação, pois lhe faltava criatividade e armação. Carlos Eduardo ainda mostrou-se totalmente sem ritmo. Elias e Ibson não estavam nada brilhantes e Rafinha não conseguia mostrar o que tinha de melhor: A velocidade. Rafinha acabava escondido e anulado pela marcação, pois não tinha os espaços que somente os contra-ataques o proporciona. Com pouco espaço, o contato prevalecia, mas não ao Rafinha.

O Botafogo marcava sob pressão e conseguia boas bolas através dos chutões do Gonzalez e Wallace. Mas, o Botafogo não limitou-se apenas à marcar e saiu com fortes, rápidos e bons contra-ataques, com o importantíssimo Lodeiro e o correto Rafael Marques. Este que hoje fez a sua segunda boa partida com a camisa do Botafogo. O gol ainda não saiu, mas se seguir jogando bem assim, ele virá com naturalidade. Se a dupla de volantes do Flamengo não estavam bem, a do glorioso estava. Marcelo Mattos parecia não estar tanto tempo sem jogar, e Fellype Gabriel fez excelente partida aplicando bons desarmes e principalmente auxiliando nas saídas de bolas. Hoje, foi muito correto. E o primeiro tempo resumiu-se a isso: Flamengo tentando de tudo para passar pela corretíssima marcação alvinegra, e o Botafogo buscando nos contra-ataques o seu segundo gol.

Totalmente anulado, no primeiros 45 minutos, o Flamengo mudou: Entrou o garoto Rodolfo no lugar do apagadíssimo Carlos Eduardo e Renato Abreu no lugar de Elias. Não sei se foram as substituições, mas o Flamengo pareceu outro, atacando,mesmo que muitas vezes afoitamente, mas conseguiu, de fato, muito mais oportunidades. Mas juntamente com as boas chances do Flamengo, veio a pedra no sapato, o goleiro Jefferson. Foram no mínimo 4 defesas espetaculares!

Como disse, o Flamengo ia tentando afoitamente marcar o seu gol, e recorria muito aos cruzamentos na área, para um ataque baixinho, com exceção do artilheiro Hernane. Este, que mais do que o elenco inteiro do Flamengo, sonhará com o goleiro Jefferson. Ele perdeu duas incríveis chances. Primeiro cabeceando a queima roupa e depois no rebote do Jefferson. Brilhou e muito o goleiro, que para mim, tem que estar nesse elenco da Seleção Brasileira.

Os torcedores flamenguistas, com todo o direito, reclamaram do pênalti não marcado do volante alvinegro, Marcelo Mattos, cujo abriu os braços na área após chute de Rodolfo. Errou? Sim! O árbitro estava um pouco inseguro nas suas decisões, mas o nosso atual nível de árbitros não nos permite que falemos mal deste. Caso o contrário, estaríamos sendo hipócritas! A arbitragem foi fraquíssima? Sim! E lamento por isso, pois em alguns post atrás tento descobrir, sem sucesso, a razão para tantos erros. Uma pena!

O Flamengo, exposto à vários contra-ataques alvinegros, que não ocorriam com tanto freqüência por conta do cansaço, com exceção do Vitinho, lançava-se novamente ao ataque abruptamente. Tentando na base do abafa. Mas, em uma fracassada tentativa do goleiro Felipe de tentar marcar o gol, foi para área e largou a baliza rubro-negra. No contra-ataque, desperdiçado diversas vezes pelo Botafogo anteriormente, após o chutão de Jefferson, ajeitada de cabeça de Gabriel ( outro que jogou muito!) Vitinho chutou no canto e decretou a vitória merecida do Botafogo por 2 a 0. Vencera o time que foi melhor técnica e taticamente falando, e estará na final contra o bom e surpreendente time do Vasco da Gama. O que irá acontecer? Ah, não queira adivinhar e tomar uma bofetada do futebol, meu jovem!

Abraço,

Arthur Guedes.