terça-feira, 30 de julho de 2013

É a solução?

Foto: Jefferson Bernardes / AFP
A trajetória do Vanderlei Luxemburgo no Fluminense apenas está começando, mas a vida dele no tricolor não será nada fácil. A sua chegada já foi conturbada, afinal ele não era o "preferido" do presidente, Peter Siemsen, mas era o predileto do patrocinador master do clube. E a voz do patrocinador master (Celso Barros) parece ter mais vigor que a do próprio presidente. Fim dos tempos? 

Eu, há tempos, tenho dito nas redes sociais que o maior problema do Fluminense não era o Abel. O maior problema do Fluminense foi não ter se reforçado para a defesa de título. O Fluminense quis manter o mesmo elenco, mas esqueceu-se das possíveis perdas que ocorrem no decorrer do ano, tais como: Thiago Neves, Wellington Nem e Deco.

"Ah, Arthur, mas o Deco ainda está jogando. Maldade dizer isso!". Jogando, meu caro? Ele está tentando, meu camarada. O Fluminense já tinha indícios no ano em que foi campeão que o Deco não aguentaria mais o tranco. E contratou? Não! Muito pelo contrário, apenas teve baixas.

O elenco se enfraqueceu, e claro, que o desempenho iria se fraco também. Não estou dizendo que o time do Fluminense está fraquíssimo e irá brigar para não cair. Não! Mas, sinceramente, com esse elenco o time não vai brigar pelo título!

Entretanto, entendo completamente a queda do Abel. Principalmente aqui no Brasil, a corda sempre arrebenta no lado mais fraco. E qual é o lado mais fraco, meu caro? Isso mesmo! O treinador. O elenco pode ser o pior da face da Terra, mas a culpa tem que ser de alguém. A culpa tem de ser sempre individualizada. É assim que as coisas funcionam, não?

Não entrarei no mérito para falar muito da atuação do patrocinador master do Fluminense. Já disse outras vezes o quão ridículo acho isso. O Fluminense abriu brecha para eles e hoje não tem mais o controle das coisas. Tudo se deve a Unimed, e assim eles vão vivendo. Um dia isso ia ter um preço. E está tendo.

O Luxemburgo vai chegar e você me pergunta: o que vai ser? Eu sinceramente não posso ter afirmar nada. Nem prever. O Luxemburgo não faz um bom trabalho há tempos. Foi bem no Brasileirão do ano passado levando o Grêmio a Libertadores. Mas nesse mesmo ano perdeu o estadual e foi eliminado precocemente da Libertadores. Os números e retrospectos não favorecem. Mas de números a Unimed entende, não é? Então, tomara que eles estejam certos.

Grande abraço,

Arthur Guedes.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Qual Botafogo/Flamengo você quer?

Foto: André Durão / Globoesporte.com
Você, torcedor alvinegro ou rubro-negro, qual Botafogo/Flamengo você quer? Aquele que jogou futebol ou aquele que apenas assistiu? No clássico de ontem nós tivemos dois Botafogos e Flamengos. Ambos escolheram um tempo para jogar e o outro para abdicar-se.  Mas o porquê disso? Vamos tentar entender...

O alvinegro ontem começou dando um banho de bola no Flamengo durante todo o primeiro tempo. Mandando na partida, sabendo a hora de certa de acelerar e diminuir o ritmo na partida. Era um Botafogo encantador, tanto para os torcedores quanto para os admiradores. O Seedorf regia esta equipe que me parecera ter aprendido com os diversos tombos nos anos anteriores. Parecia-me uma equipe madura e cascuda. De fato sabia o que estava fazendo.

E foi nesse ritmo que conseguiu abrir o placar em uma jogada ensaiada de falta, que saiu dos pés do holandês para os pés do "querido" pela torcida, Rafael Marques. Ali o alvinegro é dono da partida e do placar. Ali o torcedor via a sua equipe se impor. Ali tinha o Botafogo que todo torcedor pedia. Mas foi apenas ali, naqueles 45 minutos que vimos o Botafogo "dos sonhos" de cada alvinegro.

Por outro lado, o Flamengo que estava em campo, apenas estava em campo. Não tinha segurança em seus ataques, estava espalhado e bagunçado. Faltava criatividade para conseguir passar pelo "Botafogo dos sonhos" dos alvinegros. Marcelo Moreno e Carlos Eduardo foram praticamente nulos na partida. O boliviano saía muito da área para buscar jogo, afinal o Flamengo não criava e a bola não chegava até ele. E quando chegava, ele não estava lá. Sobre o Carlos Eduardo é melhor nem comentar.

Aquele Flamengo não era o "dos sonhos" dos rubro-negros!

Mas virada a segunda etapa, a situação se inverteu. O Botafogo "dos sonhos" que tanto me encantara pelo seu futebol, decidiu parar de jogar e apenas marcou. Já o Flamengo decidiu jogar bola e se tornar o dos "sonhos". E assim foi toda a segunda etapa.

O Flamengo não ditava o ritmo como o Botafogo. O rubro-negro mandava na partida no estilo abafa. Detinha a posse de bola, afinal ataca e pressionava a saída de bola alvinegra, ocasionando no chutão e recuperação da mesma bola. E o Flamengo emplacou esse ritmo sem parar e o alvinegro apenas tentava se segurar. Mas eu vos pergunto: quem consegue se defender por 50 minutos? Ninguém!

O Botafogo bem que tentou. Primeiro com excelentes defesas do Jefferson. Depois contando com dois gols anulados de Elias. O primeiro muito bem marcado, afinal estava em condição irregular. Mas o segundo, após rever inúmeras vezes, não estava. O bico da chuteira do pé direito de Dória dava condição. Então, por favor, não vamos colocar na conta do bandeira. Ou muito menos na do Papa, que já foi embora.

Mas, como havia dito mais cedo, não há time que aguente uma pressão de 50 minutos. O Botafogo, aos poucos, foi perdendo cada vez mais força de contra-ataque, quando saíra Vitinho para a entrada de Renato. A meu ver, o Oswaldo mexeu mal na equipe, tirando forças ofensivas quando o time já não as tinha.

Entretanto, o alvinegro não sofreu o gol de Elias aos 49' do segundo tempo por conta do árbitro ter dado 5 minutos de acréscimos. O Botafogo sofreu o empate porque abdicou-se de jogar durante 50 minutos. Ali o alvinegro viu aquele mesmo Botafogo de anos anteriores. Sim, aquele que não sabe se impor e que levou diversos tombos por isto.

Por outro lado, o rubro-negro viu uma equipe guerreira no segundo tempo. Viu o time lutar até o fim para conseguir o empate. Mas por que não ter essa garra sempre? Por que essa garra aparece apenas quando está em desvantagem?

Logo, eu retorno a minha pergunta que fiz no começo: você, torcedor alvinegro ou rubro-negro, qual Botafogo/Flamengo você quer?

Grande abraço,

Arthur Guedes.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

É o Galo mais doido deste mundo!

Foto: Marcus Desimoni/UOL
Quem acompanhou o blog nas últimas semanas saberá que eu chamei este Atlético de Galo mais doido deste mundo. E por que eu não mudei o nome? Porque eles me confirmaram novamente que é o Galo mais doido deste mundo mesmo. Antes de tudo, os meus sinceros parabéns, Clube Atlético Mineiro!

Eu falo do Atlético com um sentimento a mais que muitos outros cariocas. O Atlético me ganhou nessa Libertadores. Mas não por ser "modinha". Eu vibrei com cada gol. Com cada defesa do Victor. E nesta final, vocês ainda ganharam mais dois outros torcedores: meu avô e meu tio. Um botafoguense e o outro tricolor. No fim, ver o meu avô emocionado com o título do Atlético foi algo único. Sabe por quê? Ele deixou de assistir o seu clube jogar para ver e se emocionar com o Atlético. 

Meus camaradas, sinceramente, eu não sei explicar como, mas eles viraram Atlético nesta final. Ambos reclamavam com erros bobos, vibravam com os acertos e ficaram tão aflitos quanto vocês quando virou a primeira etapa 0 a 0. 

Eu, como escrevi nas redes sociais, não irei negar que desanimei/desacreditei um bocado quando terminou o primeiro tempo. Me perdoe por duvidar da loucura deste Atlético. Mas o Atlético não jogava bem e eu não estava vendo aquele espírito de antes. Talvez para que fosse histórico. Talvez para que fosse uma conquista ímpar. Mas, deixemos de talvez. Foi exatamente para isto. A conquista tinha que vir no estilo Atlético: sofrida, intensa e, por fim, histórica.

Naquele segundo tempo nós vimos o verdadeiro Clube Atlético Mineiro. Aquele que pressiona, se impõe e faz o gol logo de início. O Jô fez eu, você e todos os outros atleticanos (seja torcedor ou admirador como eu) voltarmos a acreditar neste Galo, que é forte e vingador.

Naquele momento aqueles 70 mil, que apoiaram o clube desde o início, explodiram de vez e fizeram uma festa inacreditável. Essa festa me fez lembrar a festa da torcida brasileira na final da Copa das Confederações. Na verdade, era bastante parecido. A torcida brasileira estava com o Galo, assim como estavam com o Brasil. Com exceção, claro, de alguns "anti-Brasil". O Olímpia cairia de quatro assim como a Espanha. O destino era perfeito, mas ninguém cravaria. Ninguém que não conhecesse o Atlético, é claro.

Mas em meio a toda pressão do Atlético, quem não congelou quando Ferreyra limpou o Victor e ficou com o gol aberto para fazer e "acabar" com o sonho atleticano? Mas lembra a velha justiça, que por diversas vezes cisma de tardar? Ontem ela estava com o Atlético. Pode falar o que quiser, mas aquele escorregão do Ferreyra com o gol escancarado foi ocasionado por Deus, meu camarada. Naquele momento eu gritei: "O Atlético é o campeão da Libertadores!". 

Eu podia estar precipitado, assim como muito falaram para mim. Mas foi o sentimento que saiu inconscientemente. Sabe aquela certeza de título que você teve após o Victor defender o pênalti contra o Tijuana? Então, é a mesma certeza!

Nós por aqui gritamos com cada bola na trave. Ora com Réver, ora com Leonardo Silva. E por falar em Leonardo Silva, ele foi um gigante também. Como zagueiro, mas principalmente como atacante. O seu gol no fim foi incrível. A arquibancada explodiu de vez. O Brasil explodiu junto com você, Atleticano. 

Na arquibancada um certo senhor me marcou. Ele era "filmado" constantemente. Mas a imagem era a mesma: sempre aos prantos. Seja por já ter passado por inúmeras dificuldades, e hoje está finalmente colhendo os bons frutos, ou seja por apenas estar vendo o seu atlético jogar e emocioná-lo novamente. Talvez ele próprio não saiba o porquê do choro. Talvez fosse apenas uma loucura dele. Ah, mas essa loucura não tem cura, meu camarada!

A prorrogação poderia não ter existido, afinal o Atlético queria mesmo é ser campeão historicamente. E tinha que ser nos pênaltis. Tinha que ser batida por batida. Afinal, é ou não o Galo mais doido deste mundo?

E foi. O São Victor novamente foi herói. Talvez tenha adiantado um bocado, mas não foi por livre e espontânea vontade. Ele foi empurrado por toda a massa atleticana e brasileira. Entretanto, a superioridade do Atlético foi novamente fator decisivo. O melhor tinha que vencer. E venceu. O Gênio, que não foi bem, nem precisou bater o último.

O clube Atlético Mineiro,de forma heroica e única, é o novo campeão da Libertadores! O Cuca, que sempre foi tão injustiçado, é o novo campeão da Libertadores. O Ronaldinho, tão escorraçado, é o novo campeão da Libertadores. O Kalil, presidente que tem mais amor ao clube, é o novo campeão da Libertadores. O Galo mais doido deste mundo é o novo campeão! Parabéns, Atlético!

Ah, Marrocos irá ficar pequena para a massa!

Grande abraço,

Arthur Guedes.

domingo, 21 de julho de 2013

O Gigante acordou!

Foto: Dhavid Normando/Agência Estado
Há algum tempo você leria este titulo e logo faria uma ligação com os protestos que vigoraram nas ruas em prol de direitos. Mas neste domingo este título se deve por outro motivo. Entretanto, o sentido é praticamente o mesmo. O Gigante acordou! Porém, este não mora nas ruas.Ele é da Colina, meu caro!

O clássico ocorreu antes dos 90 minutos quando aconteceu a tal briga para saber em qual local ia entrar/estar cada torcida. A meu ver, uma enorme bobeira, mas se você quiser considerar isto parte do espetáculo, que siga a vida.

O Maracanã, de fato, voltou a ser um pouco Maracanã. Um clássico e duas reais torcidas verdadeiramente rivais. Sem aquelas "gringaiadas" adeptos do teatro. Nada contra, mas ali é um espetáculo diferente. Como foi bom ver aqueles torcedores ali. Aqueles que desfrutavam do "antigo" Maracanã, e que irão "despadronizar" isto que fizeram com ele.

E por falar em "despadronização", o Vasco foi o segundo a fazer isto (eu juro que não tem nenhuma piada nisso).  Por mais que a fase do Fluminense não esteja boa, ele ainda sim era o favorito. E o Vasco da Gama mostrou que o jargão está correto: "Em clássico não tem favorito.". O elenco do tricolor é melhor? É bem verdade que sim. Mas não é por nomes e números que os jogos são resolvidos. É aí que o Vasco "despadronizou" aquilo que já se tornou padrão. E é por isso que o futebol é emocionante.

O Vasco no início não foi bem. Tomou certo calor do tricolor em errôneas saídas de bola. Ora em falhas de Sandro Silva, ora nas de Jumar. Com isso o tricolor detinha a bola e tentava as finalizações. Finalizações estas, que só tiveram perigo quando chegava o Edinho. Sim, é estranho, mas foi o que aconteceu.

O 'reizinho', Juninho Pernambucano até então tinha aparecido pouco. Mas, como bem sabemos, craque aparece para decidir. E ele apareceu. A bola sobrou para ele ,após bobeira dentro da área do Edinho, e de primeira chutou e marcou. Um golaço de um ícone, ídolo e mestre. Um gol que fez um botafoguense gritar. Juninho, você é ídolo, meu caro.

Mas neste mesmo lance eu gostaria de destacar uma coisa. A bobeira na saída de bola do Edinho, que no fim acabou resultando no gol vascaíno, não pode acontecer. Ali ele precisa/precisaria saber que é bola pro lado que o jogo é de campeonato, meu caro. Você "brinca" com a sua retaguarda? Espero que tenha pensado e dito que não. Então, ali não se brinca. Mas, estamos num mundo "moderno". Portanto, se você brinca com a sua retaguarda... Bem, é melhor seguirmos com o texto.

Minutos depois eu tive que assistir um homem barbudo ter uma atitude de garoto que acabara de ser promovido da base. Fred recebeu um "cutuca leão" num lance anterior do Jumar, e quis revidar logo depois. Mas um cara tão vivido, futebolisticamente falando, não arrumaria um jeito mais discreto de dar o "revenge"? Ô, meu camarada! Aí você escorregou e muito.

A expulsão do Fred foi o clímax da partida. A partir daí o Fluminense não foi mais o mesmo. Mas foi o guerreiro de sempre. Lutou os dois tempos com um jogador a menos. Conseguiu mesmo assim dar certa pressão no Vasco, que se segurou como pôde.

Entretanto, quando saiu o 2° gol vascaíno com André no início da segunda etapa, o Fluminense desmoronou. Mesmo tentando aparentar ser forte, parecia não dar. Como disse, parecia. O Fluminense apertou o Vasco, que no momento poderia ter cadenciado a partida, mas não o fez. E num enorme e bobo erro na saída de escanteio do goleiro vascaíno, Carlinhos de cabeça colocou os "guerreiros" na partida.

Porém, por mais guerreiro que você seja, se começas a perder mais e mais homens, a guerra fica muito mais complicada pra ti. E o Digão se juntou ao Fred no vestiário após fazer falta em André. E com menos dois, o Flu ainda viu o Tenório sair do banco e marcar de cabeça após escanteio. Após isso ouvimos "olés" e novamente o Maracanã de volta.

O Gigante acordou, meu camarada. O GIGANTE DA COLINA.

Grande abraço,

Arthur Guedes.

sábado, 20 de julho de 2013

Botafogo é líder!

Foto: Satiro Sodré / SSPress
O Botafogo venceu o Náutico por 2 x 0 e, ao menos, dorme na liderança. O time jogou bem, Arthur? Não muito. No primeiro tempo o jogo foi feio para os dois lados e poucas chances acabaram sendo criadas. Na segunda etapa que o jogo, de fato, começou. O Botafogo buscou mais e o Náutico conseguia bons contra-ataques na velocidade. Dominando a partida os gols acabaram saindo. Primeiro com Elias, após excelente jogada do Rafael Marques. E depois com Renato após cruzamento de Lodeiro.

Agora, desde que o uruguaio voltou da Copa das Confederações o seu rendimento claramente caiu. Talvez por ter ficado lá sem jogar. Talvez não. O motivo não sei ao certo, mas ele caiu de produção. O Renato, a meu ver, não pode ser titular nessa equipe. Sei que ele entrou por conta da ausência do Marcelo Mattos, porém ele se tornou um jogador de "toquinho para o lado". Entendo que é um jogador bastante técnico, porém ele não quer mostrar a sua técnica. Está lento e se esconde da partida. Não dá.

Seedorf novamente nos deu uma aula de categoria e futebol. Ora nos encanta com dribles e ao mesmo tempo com sua simplicidade, ora com seu comprometimento ao correr quase 80 metros para roubar uma bola.Como é bom assisti-lo! Um verdadeiro craque.

O sempre contestado Rafael Marques jogou bem. Não fazendo o seu papel de origem. Mas criando as jogadas. É estranho, mas funcionou. Ah, e não poderia deixar de destacar novamente o melhor goleiro do Brasil, Jefferson e o zagueiro Dória. Que partida de ambos. O primeiro sempre esteve seguro. E olha que ele é exigido, hein. O sistema de marcação do Botafogo novamente estava exposto. O Renato pouco auxiliava na marcação e acabava ficando tudo "nas costa" do Gabriel. Mas o Jefferson sempre esteve seguro e fez ótimas defesas. Um baita goleiro em uma baita fase. O outro é jovem e tem jogado demais. Bem fisicamente e fechou uma dupla muito boa com o Bolívar. Ele tem um futuro brilhante pela frente e ainda vai jogar muito!

O Botafogo volta a liderança, ao menos por hoje. Não jogou tudo o que poderia, mas ainda estamos no começo. Vamos com calma. O importante para o alvinegro é se manter por ali, no G-4. Vitória importante que dar a qualquer alvinegro uma ótima noite de sono.

Forte abraço,

Arthur Guedes.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Acreditar!

Foto: Reuters
Acreditar que na semana que vem estarão quase 70 mil gritando pelo galo. Acreditar que mesmo não havendo justiça no futebol, no Mineirão ela aparecerá. Acreditar no futebol que trouxe você até aqui, Atlético. Acredite! Afinal, com todo o respeito ao Olímpia, não há clube que tire esse título do Atlético.

O Atlético chegou ao Paraguai com a pegada que o trouxe até a final. Pressionou e mandou nos dois tempos. Mais parecera estar jogando em casa. Luan e Tardelli infernizaram a vida dos zagueiros. O Diego infernizaria a vida deles até o fim. Aliás, ele foi o melhor jogador da partida. Jogou o que podia e não podia.

O Ronaldo estava querendo jogo. Vivia pedindo a bola. Ele é a referência e sabia disto. Mas não parecia ser o dia dele. A marcação passava do limite, muitas vezes. Aliás, essa era a única alternativa de segurar o gigante, Atlético. E segurou. O "goleirão" Martín Silva foi uma muralha. Ora parava o Tardelli, ora o Jô. Foi um gigante!

Mas sabe aquela bobeira que não pode existir numa final? Existiu. Alejandro Silva foi correndo, correndo e correu. Ninguém chegou para, ao menos, pará-lo e ele marcou. Ali, o torcedor do Olímpia que estava cabreiro, se exaltou. Mas parou na exaltação.

O Atlético seguiu melhor, mesmo não conseguindo claras chances de gols. Repito: o Atlético não sentia a tal pressão paraguaia. Mas o time, ainda sim, não jogava tudo que sabia. Ou não conseguia jogar. E quem pagou o "pato" por isso foi o Ronaldo. Eu não concordei e vou explicar. O Ronaldo é gênio. Não é endeusamento. De fato ele não estava no seu melhor dia, mas o gênio resolve em uma bola. E essa bola podia sair até o fim. Em uma decisão dessas, não se pode tirar uma referência. Mas o Cuca tirou e colocou o Guilherme. Sim, o salvador que fez o segundo gol contra o NOB. Inclusive ele deu um excelente passe para o Jô, que quase marcou. Mas não fez mais que isso. Eu não o culpo. Só não achei correta a saída do Ronaldo.

O Atlético empurrou e foi empurrado pela torcida que ali comparecia. O Cuca tentou. O Atlético também. Mas não deu. E no fim Marcos Rocha e Richarlyson ficarão de fora da partida de volta. Ah, e o gol do Pittone foi apenas para deixar a virada atleticana mais épica. Foi uma ótima batida, mas houve um desentendimento entre Victor e Alecsandro. Mas, como disse, servirá apenas para deixar a virada mais épica.

Por que eu tenho tanta certeza da virada? Porque esse Atlético é diferente. Ele joga futebol. A nação está acreditando. O Brasil está junto. Eu tenho a certeza. O Atlético será o campeão. Vamos, Atlético!

Grande abraço,

Arthur Guedes.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Podcast #2 - 15/07/2013

Fala, galera. E cá estamos nós em mais uma segunda-feira. Início de semana, que para muitos pode ser chato, para nós não. Afinal, quem tem o Podcast para conferir tem tudo, meu caro.

Recebemos novamente o nosso convidado mais que especial, Ricardo Araújo. Para quem não acompanha o trabalho dele, segue os links do seu blog no site do Exame, seu facebook e twitter. Confira:

Facebook: https://www.facebook.com/ricardo.araujo.3139?fref=ts

Blog: http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/novas-arenas/

Twitter: https://twitter.com/novasarenas

Mas, agora vamos ao nosso Podcast? Falamos um bocado de tudo. Teve bate-papo sobre a vitória e elenco do Flamengo. Falamos sobre o estado do Vasco da Gama, Botafogo e Fluminense. Ah, você está um pouco por fora sobre o novo consórcio do Maracanã? Então confira aí. Falamos sobre isso também. E mais, tivemos um especialista para comentar. E não um curioso. Portanto, vamos ao Podcast!

Link: http://snd.sc/13eIlqq

Após pedidos, o Podcast foi gravado e o upload foi feito em link único. Portanto, aproveite, meus caros. Ah, e só gostaria de pedir mais uma vez desculpa pelo meu áudio, que desta vez estourou um bocado. Vale lembrar que este ainda é um programa em "construção", portanto ainda estamos em testes. Espero que gostem.

Por fim, gostaria que vocês comentassem o que estão achando da duração do papo. Muito longo? Curto? Diga aí nos comentários. Sua opinião é importantíssima.

Um grande abraço,

Arthur Guedes.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

O Galo mais doido deste mundo

Foto: Reuters
Sim! Foi um elogio. A loucura é um dom de poucos. Principalmente no futebol. Alguns dizem que a loucura não contagia. Estes não acompanham o futebol, é claro. Ontem a loucura que começou em Minas, se espalhou por todo o Brasil. Alguns lutaram contra essa loucura com a injeção da dor de cotovelo. Mas nem vale a pena citá-los, afinal eles certamente estão arrependidos por terem ficado de fora dessa loucura.

As tais pessoas que sofreram de dores no cotovelo afirmam ser "modinha" torcer pelo galo nessas fases finais mesmo eu sendo carioca. Eu replico com o título deste post: este é o galo mais doido do Mundo. Eles irão se arrepender demais por não terem vivido intensamente isso. No fundo eles são também admiradores deste time. Eles jogam o verdadeiro futebol. O futebol que te encanta. Aquele que te faz ficar fissurado na tevê durantes os 90 minutos e mais as resenhas. Porque é bom vê-los. É bom você, por vezes, ver futebol e não aquela mesma enganação de sempre.

E ontem não foi diferente. Foi bom por diversos motivos. Vemos novamente o ótimo futebol do Atlético que encantou o Brasil. Vemos mais uma vez a classificação de um brasileiro para a final da Libertadores. E vencemos um argentino, meu caro. Isso foi demais! Ver aquelas caras de "bunda" ao fim do jogo. Essas caras, que na primeira partida estavam sorridentes e totalmente confiantes na classificação. Mas aqui é Galo. Aqui é Brasil. Vá com calma.

Para aqueles que sofrem com a tal dor no cotovelo, o Ronaldinho não é gênio. Para nós, sim! O Ronaldo é gênio. Mas precisa querer ser gênio sempre. Nessa Libertadores ele está querendo, e ontem foi novamente. Muito antes de você gritar na tevê para ele lançar o Bernard, ele já tinha lançado. Isso é coisa de gênio. E gênio merece ser reverenciado e aplaudido.

Mas o Galo "doido" não é composto apenas pela genialidade daquele desacreditado por muitos. É composto também por um grande e competente elenco. Time muitos podem ter. Elenco, nem todos. Ontem vimos um Josué gigante. Aquele baixinho mais parecera ter 3 metrôs de altura. O considerado "vovô", Gilberto Silva, deu uma aula de experiência. Até o Rafael Marques, que pode ser considerado como 3° opção para a zaga, foi importantíssimo na primeira partida contra o NOB. O Galo "doido" não é um time. É um elenco. Elenco este, que foi composto inicialmente por 27 jogadores, mas que na partida é transformado em milhões. Um baita elenco.

Este elenco ainda conta com um grande estrategista. Conta com um cara injustiçado, que hoje mostra o porquê de considerarmos o melhor treinador do Brasil. O Cuca comandou. O Cuca regiu. Ele conduziu esta massa à vitória. Cuca entrou de vez para a loucura.

Mas todo clube vencedor tem um santo protetor, não? Mas o do Atlético ainda não foi dessa para uma melhor. Ele está vivo e muito bem. O "são" Victor salvou/mitou novamente. Como foi emocionante ouvir seu nome gritado diversas vezes por diversas vozes. O título virá, meu caro. E o Victor entrará para a história. Porque ele veio para o clube certo, após ser "dispensado" pelo "mestre", Luxemburgo. Parabéns, Victor!

Mas os meus parabéns não são apenas para o Victor. Eu quero parabenizar você, torcedor atleticano. Você ouviu bastante besteiras, e o seu clube foi mostrando a verdade jogo a jogo. Hoje, você não precisa rebater aqueles que tanto falaram. O Galo "doido" está respondendo por ti. E você, que está com dor de cotovelo, se leu até aqui é porque já se rendeu a massa, meu caro. Seja bem-vindo ao Galo mais doido deste mundo.

Um forte abraço,

Arthur Guedes.

terça-feira, 9 de julho de 2013

O combinado às vezes sai caro!

Foto: Eduardo Naddar / Agência O Globo
A saída do Paulo Autuori do Vasco da Gama teve, como sempre, diversas interpretações. As de torcedores, que xingam, reclamam e falam mal do Paulo. E os de jornalista ou pessoas que analisam a situação com mais frieza. E será está visão que vou lhes mostrar.

Muitas pessoas nesses momentos esquecem ou dão pouquíssimo valor para as palavras que os "recém-chegados" pronunciam na primeira entrevista coletiva. Talvez por acharem que sempre dizem a mesma coisa ou por acharem chato mesmo. Fato é, que o desfecho de hoje ocorreu por não considerarem o que disse Paulo na sua chegada. Você se lembra, meu caro? Bem, vou refrescar-lhe a memória.

Paulo Autuori chegou sabendo de todos os problemas financeiros que o Vasco da Gama passava naquela época. E ele foi bastante claro quanto a isso. Paulo disse que a diretoria o trouxe prometendo uma melhora financeira até o fim de junho. E o Paulo Autuori sempre deixou claro que não queria atraso de salários dos jogadores.

Como podemos perceber, de lá para cá pouca coisa mudou. A situação está praticamente a mesma. Sendo assim, Autuori se foi.

"Ah, Arthur, mas ele tem proposta do São Paulo. Por isso ele se foi.". Meu caro, pode ser que sim. Pode ser que não. Hoje ele está livre porque o Vasco não cumpriu aquilo que combinou. Mas ele não sai "do nada". E quem diz isso, não acompanhou o que ele disse na sua chegada, como apontei desde o início.

Talvez, de fato o Vasco nas mãos dele não tenha conseguido bons resultados. Muitos questionaram o trabalho dele por conta da sua saída. Não vamos confundir as coisas. Ele não ia bem, mas não saiu por conta disso. Ele não é treinador de fazer essas coisas.

Hoje vejo rumores dizendo que o Dorival Júnior será o novo treinador do Vasco. O cruzmaltino deve ao Dorival cerca de R$700 mil. Como irá resolver isso? Eu não sei. Boa parte do dinheiro que receberia com patrocínios foi retido pela justiça. A vinda do Dorival é apenas um forte rumor, mas caso se concretize, eu não sei como o Vasco resolverá isso. O que eu e todos os vascaínos esperamos é que o Vasco resolva seus problemas financeiros, pois caso o contrário, queimará mais alguns treinadores.

Forte abraço,

Arthur Guedes.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Podcast #1 - 08/07/2013


Faaaaaaaaala, galera! Bom, quem me acompanha nas redes sociais sabe que hoje eu traria aquela novidade que tanto havia prometido e falado. Seria este Podcast, onde receberia um convidado para falarmos sobre os acontecimentos esportivos que ocorreram no fim de semana. Inicialmente eu não sei se acontecerá toda segunda-feira, porém acho ela uma boa data.

E na estreia do Podcast, não poderíamos ter um convidado melhor que o fera, Ricardo Araújo. Ele é blogueiro no site Exame. É um cara experiente e falou de tudo bem abertamente. Aliás, já gostaria de agradecê-lo por ter aceito o convite numa boa e ter sido bastante atencioso desde o início. É um leitor aqui do blog e eu fico bastante honrado por isto.

Quanto a gravação, eu gostaria de pedi-los desculpa por alguns errinhos que ocorreram no fim de cada parte da gravação. Vale lembrar que este é apenas o primeiro programa e os erros poderiam acontecer. Peço desculpas!

Bom, vamos ao que interessa? Segue os links do Podcast:

(OBS: Abra cada link em uma aba diferente)

Link 1
http://snd.sc/12mIxiR

Link 2 
http://snd.sc/14E4E90

Link 3
http://snd.sc/12mJxDD

Link 4
http://snd.sc/12mJIyM

Link 5
http://snd.sc/14E527k

Link 6
http://snd.sc/12mJQi1

Link 7
http://snd.sc/12mJSq7

Link 8
http://snd.sc/14E5jXL

Espero que tenha curtido. Este foi apenas o primeiro programa. Peço encarecidamente que você comente o que achou e diga sua opinião sobre os temas abordados. Sua opinião é de suma importância.

Muito obrigado pela audiência!

Para quem quiser acompanhar o trabalho do Ricardo, segue o link para o seu facebook e blog:

Facebook: https://www.facebook.com/ricardo.araujo.3139?fref=ts

Blog: http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/novas-arenas/

Um grande abraço,

Arthur Guedes.

domingo, 7 de julho de 2013

O que pensar?

Foto: Getty Images
O que pensar quando aquele teu ídolo lhe decepciona? O que passa pela sua cabeça quando aquilo que você tinha a absoluta certeza de que aconteceria, mesmo não devendo ter, não acontece? Sim! Passam milhões de coisas, mas você não consegue dizer nada. Foi assim ontem, quando o Anderson tomou um repentino nocaute. Eu fiquei sem palavras por alguns segundos. Você ficou. O Brasil também.

O Anderson Silva é sim um ídolo nacional no UFC. Por mais que você o tenha xingado ou dito que não tem mais o seu respeito. Ele quebrou recordes e mais recordes. Foram 6 anos e 9 meses com o cinturão. E mais do que isso: foram quase 7 anos tendo a absoluta certeza de que não perderia. Mas um dia isso aconteceria, por mais que não imaginássemos quando.

A derrota aconteceu de um modo que nunca imaginamos. De um jeito fútil, estranho e que deixou uma brecha para as teorias das conspirações.

Ele lutou como sempre. Talvez tenha extrapolado nas "brincadeiras". Mas o que para nós é brincadeira, para ele é estratégia. E ontem, por mais que tenha sido estranha a derrota, não foi diferente. Utilizou desta sua estratégia, no qual começava a ter resultado.

Em meio as estratégias vinham chutes perigosos do Anderson e socos. Ele queria vencer. Talvez não com tanta fome ou vontade de anos atrás. Mas ele queria vencer!

Ao usar esta estratégia de lutar com a guarda baixa e mexer com o emocional do adversário, ele sempre correu o risco de acabar recebendo uma porrada e acabar a luta ali, como ocorreu ontem. É aí o ponto que queria chegar: por que a sua estratégia não deu errado antes?

Ela ainda não havia dado errado, porque existia aquela fome de vencer. Ontem ela ainda existira, mas me parecera bem menor. Ele lutava bastante despreocupado, pois se vencesse seria bom. Se perdesse também. Por mais, claro, que ele não quisesse perder.

Ele já começa à pensar na família. Ele deixou seu legado e já pensa em parar. E, meu caro, ele está certo. Já escreveu sua história e por mais que nos tenha decepcionado, ele é um ídolo. Agora, eu não posso vir aqui e lhe afirmar que houve ou não armação. Pode ser que tenha havido. Pode ser que não.

Mas lembra do título lá em cima? Pense que este brasileiro já nos defendeu bastante e estamos honrados por isto. E pense que esta não é a última imagem que ele quer nos deixar. Pode ter certeza que a última será inesquecível, meu caro.

Um abraço,

Arthur Guedes.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Poderia ter matado...

Foto: Satiro Sodre / SSPress
Sabe aquele típico jogo de Copa onde um clube teve boas chances de "matar" a partida e deixa a volta mais tranquila? O Botafogo teve essa oportunidade, mas não conseguiu "matar" a partida.

A partida estava meio "esquecida" pelo público, afinal estávamos todos bastante compenetrados na Copa das Confederações. O público não foi dos melhores. Aliás, foi o pior: apenas 754 pagantes. Aí você me pergunta: "Arthur, por que um público tão fraco assim?". É simples, meu caro. Mas os motivos não são...

Muito se questiona o porquê do público não ir. Porém, esquecem de se questionar os motivos dessa "ausência". E não são poucos os motivos.

O maior dos motivos, a meu ver, é a interdição extremamente estranha do Engenhão. Por mais que os torcedores já estejam acostumados a irem à Volta Redonda, o Raulino de Oliveira é longe e a viagem é desgastante. Quem acompanhou o Botafogo no Campeonato Carioca sabe do que eu estou dizendo.

Outro forte motivo é o horário. O jogo de ontem começou às 22:00 horas em plena quarta-feira. Li relatos nas redes sociais de pessoas que chegaram em casa às 2:00 da manhã. Meu caro, tendo em conta que uma torcida não é composta apenas por estudantes, mas por boa parte de trabalhadores, que possivelmente terão de estar de pé às 6:00 da manhã, não tem condições de comparecem.

Tudo isso "mata" a ida dos torcedores. E não estou apenas me referindo ao torcedor botafoguense. A nossa média é fraquíssima por conta desses "problemas" também. Problemas, nos quais, podem ser resolvidos. Mas são? Bem, vamos voltar à partida.

O Botafogo dominou toda a partida. O time de Santa Catarina apenas trouxe perigo em alguns bons contra-ataques, onde o melhor goleiro do Brasil, a meu ver, salvou o alvinegro.

O toque de bola tranquilo alvinegro continuou sendo a maior característica. O volante Gabriel apoiou bastante o ataque, dando suporte para os marcados, Lodeiro e Seedorf. O holandês me pareceu demasiadamente lento na primeira etapa, mas conseguia transformar isto em lances de maestria. O uruguaio, Lodeiro, sofreu bastantes faltas. A marcação estava bastante forte em cima dele.

O garoto Vitinho me pareceu mais maduro. Evitava sair carregando a bola constantemente com a cabeça abaixada. Recorria mais aos passes. Isso vai torná-lo um jogador bem mais produtivo para a equipe. E nessa partida ele já foi. Ora pela direta, ora pela esquerda, ele importunava os marcadores com seus dribles e velocidade. Mandou uma bola na trave, e foi o jogador mais perigoso do ataque alvinegro.

O gol de Rafael Marques foi para calar alguém. Eu, sinceramente, não sei a quem ele queria calar, mas calou. Fez um bonito gol de cabeça e uma das jogadas de escanteios ensaiados. Mais um dos méritos do Oswaldo de Oliveira.

Na parte defensiva, por mais que o Figueira tenha trazido um bocado de perigo nos contra-ataques, ela foi boa. Bolívar, como sempre, seguro. E o garoto Dória foi muito bem também. Inclusive nos lançamentos. Acertou dois belíssimos. No fim deu uma bobeira, mas o Jefferson estava por lá.

O Botafogo jogou como Botafogo. Dominando com trocas de passes. O torcedor está confiante na classificação e no ano. O time está respondendo bem. Vamos aguardar.

Um abraço,

Arthur Guedes.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Regidos pelo amor à patria

Foto:Ivan Pacheco
Seja nas ruas ou na arquibancada. Seja por um Brasil melhor ou pelo título. Independentemente do motivo o hino brasileiro foi cantado por milhões com a mesma vontade, emoção e esperança. A certeza também estava presente, afinal a nossa força é imensa. Nós transformamos onze jogadores em onze super-heróis. E pode ter certeza, meu caro, transformaremos o Brasil em um país melhor. Porque a nossa força é movida pelo amor. O amor pela pátria!

Talvez aquela seleção que jogou a Copa das Confederações não seja a sua predileta. Talvez aquele senhor que os comandou também não seja o seu predileto. Mas eles mostraram aquele genuíno e verdadeiro amor pela pátria que nós queríamos há tempos. E esse era um dos motivos da nossa "briga" com a seleção.

Talvez sejam apenas moleques, que tiram fotos para redes sociais. Mas estes moleques são aqueles que chutavam bola na rua após um jogo da seleção brasileira, imaginando estar lá. São estes moleques que sonhavam sempre a mesma coisa quando deitavam a cabeça no travesseiro. Ontem nós cantamos o hino por eles. Cantamos por diversos motivos que no fim resume-se apenas à um: a pátria!

Ontem, novamente vencemos o jogo naquele hino. Vencemos porque transformamos aqueles onze em onze super-heróis. E transformamos também aqueles onze "super-heróis" em meros onze jogadores espanhóis.

Eles sentiram que aqui o calor é diferente. Não é artificial, meu caro. E as pernas deles bambearam quando nosso camisa 9 abriu o placar deitado. Eles bambearam quando viram 72 mil pessoas pulando de alegria. Ali os gênios não conseguiam desenvolver a sua genialidade. Ah, o "tic-tac" tão elogiável e vangloriado pelo mundo inteiro? Deve ter ficado na fase de grupos, meu camarada.

O Brasil ali jogava o futebol tão invejado. O futebol que sempre foi dele. O Ranking da FIFA não concorda com isso. Mas não serão eles que estragarão a nossa festa. A opinião deles pouco me importa. Enquanto a seleção jogar deste modo, nós podemos estar em 100° no ranking deles. Vamos combinar? Eles ficam com os números e critérios deles e nós com o nosso genuíno futebol?

O "tic-tac" espanhol sempre esbarrava com a vontade de vitória brasileira. Ora com Luiz Gustavo, ora com David Luiz. Aliás, o David foi o cara que mais me encantou pelo seu amor à pátria. E não digo isso por conta de ontem. Digo isso, pois o acompanhei a Copa inteira. Em certos momentos era um bocado violento, mas era pelo excesso de vontade de defender aquela nação. A nossa nação.

Mas o nosso craque ainda apareceria antes do intervalo para levantar milhões de pessoas. O nosso craque recebeu a força de todos nós para dar aquele "bico" indefensável para o gol de Casillas. Ele precisava disso. Nós precisávamos disso. O Neymar cresceu com o Brasil. E nós aprendemos a aplaudir aquele que nos encanta.

Os espanhóis cansaram de substituir. Aliás, se eles pudessem trocar o time inteiro, trocariam. Mas o nosso maior craque eles não tinham no banco. E este, meu amigo, ninguém tem além de nós.

Nós pularíamos mais uma vez da arquibancada/sofá quando o Fred marcara o 3° logo no início da segunda etapa. Nós mais parecíamos estar num sonho de moleque. E eles num pesadelo, no qual não sabiam como acordar.

Eles bem que tiveram uma chance de voltar à partida com um pênalti. O Sergio Ramos perdeu. Mas, meu caro, aquela bola nunca entraria. Ali no gol com o Júlio Cesar estavam mais uns milhões de pessoas e o Sérgio Ramos poderia repetir a cobrança umas dez vezes que erraria as mesmas dez. Aquele era o nosso sonho, e o relógio deles não iria nos despertar.

Estava na hora de voltarmos a comemorar. E voltamos!

E você, que torceu o nariz para o Brasil até a final, a cada gol mesmo não querendo demonstrar um sentimento sequer, por dentro você estava orgulhoso e emocionado. Você se prendeu e privou-se de um momento deste por um motivo bobo. Mas você ficou orgulhoso. Nós também!

Cada abraço com a torcida após os gols era apenas um dos exemplos do amor à pátria. Sabe aquela vontade da criança de mostrar aos pais o que aprendeu na escola. Então, eles queriam nos mostrar o que fizeram em campo. E, sinceramente, nós, pais, estamos muito orgulhosos de você, Brasil.

Um grande abraço,

Arthur Guedes.