quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Ah, a vontade...

Foto: André Durão / Globoesporte.com
Sentimos a presença dela até mesmo quando ela não está presente. Ontem, o alvinegro sentiu a presença dela. Mas não com eles. A vontade estava com o Flamengo, meu amigo. E a vaga também!

Não foi o Maracanã, nem os dois times, muito menos os 4 gols. O que, de fato, marcou a partida foi o antagonismo entre ambos os times na questão vontade. O time que venceu, venceu por ter, desde o início, almejado vencer. A torcida teve a sua importância? Claro que sim. Mas não foi ela quem classificou o Flamengo ontem. 

O rubro-negro desde o início da partida mostrou o que queria. Era objetivo, rápido e conciso. O elenco do Flamengo não é nenhuma 8° maravilha do Mundo. Sabemos que há limitações. Mas você conseguiu reparar nessas limitações ontem? Salvo os erros consecutivos do único que não conseguiu acompanhar a boa atuação do equipe, Carlos Eduardo, eu não vi as tais limitações, que sabemos que existe. Sabe o por que, meu camarada? Porque a tal vontade estava com o Flamengo!

O alvinegro, diferentemente do Flamengo, jogou de forma fria, monótona e se mostrou mais uma vez um time sem jogada. Durante os 90 minutos não consegui identificar uma jogada alvinegra. O Botafogo, há tempos, joga na base do "se der certo, deu". E assim, meu amigo, não se ganha jogo. E mais: tá na hora de parar com aqueles toquinhos "bonitinhos" e displicentes em momentos que é preciso buscar o gol. O Botafogo está, mais do que nunca, um time politicamente correto. Tá faltando ao alvinegro um bico em meio a tantos passes, uma marra, um líder falastrão. Tá faltando, Botafogo!

Paulinho e André Santos jogaram muitíssimo bem ontem. E o coitado do Gilberto tem de concordar comigo. Este, sem cobertura, por vezes, sofreu demais. Entretanto, mesmo errando bastante na marcação, o Gilberto não foi o "culpado". O Oswaldo de Oliveira errou ao deixá-lo na partida até o fim. Desde o início o lateral alvinegro já começava à levar a pior no confronto contra o Paulinho. Era para ter feito algo. Mas não estou o colocando como culpado da derrota. A culpa da derrota alvinegra, como já reforcei outras vezes, está na vontade. Ou melhor, na falta dela.

Mas, há de se destacar as atuações de Jefferson e Bolívar, os únicos que tentaram, de fato, algo. Se um pouco de vontade ainda existira naquele time alvinegro, ela estava presente nesses dois.

Por fim, mais do que 4 gols, o Botafogo tomou uma surra da vontade que, quando presente, move o Mundo. O Flamengo está na semi-final da Copa do Brasil merecidamente. Já o alvinegro, é bom abrir os olhos no Brasileirão se, de fato, quer ir à Libertadores ano que vem. 

Grande abraço,

Arthur Guedes.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Z-4: Um caminho sem volta?


Nas últimas sete edições do Campeonato Brasileiro, mais precisamente desde que a competição passou a ser disputada por vinte clubes, o quarto colocado não fez menos do que 61 pontos. Vejam:

4º EM 2012 – 66 PONTOS / SÃO PAULO

4º EM 2011 – 61 PONTOS / FLAMENGO

4º EM 2010 – 63 PONTOS / GRÊMIO

4º EM 2009 – 62 PONTOS / CRUZEIRO

4º EM 2008 – 65 PONTOS / PALMEIRAS

4º EM 2007 - 61 PONTOS / FLUMINENSE

4º EM 2006 – 64 PONTOS / SANTOS

Acredito que os clubes que estão entre os quatro permanecerão entre os quatro.

Para o Z-4 (Zona da Degola) a situação começa a se definir a cada rodada, mas o risco ainda é grande do Flamengo para a Ponte Preta. Náutico convenhamos. Já está na Série B de 2014.

Vamos falar de Z-4? Começando pelo Criciúma que tem uma tarefa complicada para se manter na Série A. Vencer suas partidas em casa. Veja sequência:

CORINTHIANS (FORA)
CRUZEIRO (FORA)
PONTE PRETA (CASA)
NÁUTICO (FORA)
ATLÉTICO-PR (CASA)
CORITIBA (FORA)
VITÓRIA (CASA)
SÃO PAULO (CASA)
BOTAFOGO (FORA)

O time catarinense pega outros clubes que estão brigando para não cair (PONTE PRETA, CORITIBA E SÃO PAULO) e CRUZEIRO que briga por título e ainda no caminho do Tricolor de Santa Catarina estão os clubes que brigam pela Libertadores (BOTAFOGO, VITÓRIA e ATLÉTICO-PR).

O Vasco precisa além de vencer, mostrar que está vivo. Na última rodada contra o Goiás o time jogou apenas 15 minutos. Depois do gol dos Esmeraldinos aos 36 minutos do primeiro tempo, o Vasco andou pra trás. Mostrou os problemas defensivos graves que marcaram o clube carioca na temporada com falhas sucessivas de Jomar e Cris. Com Marlone e Juninho apagados o Vasco tornou-se presa fácil e foi sepultado com gol de Hugo na segunda etapa.

BOTAFOGO (NEUTRO),
PONTE PRETA (FORA),
CORITIBA (CASA),
SANTOS (CASA);
GRÊMIO (FORA);
CORINTHIANS (FORA);
CRUZEIRO (CASA);
NÁUTICO (CASA);
ATLÉTICO-PR (FORA)

A situação do Vasco se complica devido a dois jogos que ele faz seguidamente fora do Rio de Janeiro. Contra o Grêmio, em Porto Alegre, briga por título e contra o Corinthians que está na fase negra e precisa se reabilitar e vencer o Timão no Pacaembu não é tarefa das mais fáceis. O pior de tudo é pegar no que pode ser o jogo do título, o Cruzeiro que vem jogando por música. O Vasco precisa se reinventar, precisa da torcida e precisa de identidade.

A Ponte Preta e Náutico precisam vencer seus confrontos. Uma tarefa bem complicada para os dois clubes que venceram oito e quatro jogos respectivamente.

Mas não disse que não há chance.

Um bom exemplo é o Fluminense de 2009, que passou do 20º lugar, com 26,4% de aproveitamento para 40,4% ao final do campeonato, arrancada fundamental para levá-lo aos 46 pontos e escapar por apenas um do rebaixamento, na 16ª posição. Outro é o Atlético-MG de 2010, que tinha apenas 28,2% de aproveitamento, na 19ª posição, e conseguiu terminar com 39,5%, finalizando a competição em 13º.

Em 2013, o fenômeno começa a se repetir. Dos seis times da parte de baixo da tabela, quatro têm desempenho melhor nos últimos cinco jogos do que seu aproveitamento geral no campeonato: São Paulo (46,6% contra 40,5%), Criciúma (53,3% contra 38,1%), Vasco (53,3% contra 38,1%) e Náutico (40% contra 20,2%). Se o ritmo se mantiver na luta pela sobrevivência, maiores as chances de a briga contra a degola ser ainda mais dura até o fim do Brasileirão. 


Grande abraço,

Paulo Henrique Nascimento.

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terça-feira, 15 de outubro de 2013

Valeu por dois


Não valeu pelo espetáculo - até porque ele não existiu - , por ter acordado cedo, nem pelos gols, que não foram golaços. Valeu por dois: Dedé e Maxwell.

A seleção brasileira jogou o primeiro tempo de forma dominante, como era o esperado, mas foi lento e, com exceção do Neymar, não jogou de verdade. E por falar em Neymar, como ele é craque, meu camarada. Joga muito! Partiu para dentro dos africanos o jogo inteiro, sem medo algum de pancadas e afins. Ele foi o destaque da partida fazendo excelentes enfiadas e lançamentos, e arrancadas impressionantes. Mais uma vez, o dono da seleção.

Mas como a seleção não é composta apenas por "Neymares", os demais deixaram a desejar. Lucas e Alexandre Pato receberam mais uma chance para mostrarem que são mais que nomes e promessas. Novamente ambos desperdiçaram essa chance e, pra mim, um desses dois não vai para a Copa. O Lucas, até por conta da sua posição, hoje ocupada pelo Hulk, ainda tem chance. O Hulk não é unanimidade e gostaria de ver o Lucas, ao menos, no banco. Já o Alexandre Pato não dá. Ele foi mais uma vez convocado pelo nome que têm e pelo o que nós sempre esperamos dele. Podia ter aproveitado e nos mostrado que o Felipão estava certo em confiar nisso. Mas não. Tropeçou na bola, literalmente. E assim vos faço a pergunta: até quando vamos confiar em nomes ao invés de futebol?

Na segunda etapa a postura mudou. A cara do Felipão apareceu definitivamente. Víamos a pressão na saída de bola do adversário tão característico dessa seleção. E mais, começamos a ver chutes para o gol. E foi assim que saiu o gol de Oscar, o primeiro da seleção. Claro, contou um pouco com a sorte, mas só se pode contar com ela, caso você arrisque. E foi essa postura que mudou do primeiro para o segundo tempo.

Minutos depois, após cobrança de falta de Neymar, Dedé marcou de cabeça. Um verdadeiro prêmio para aquele que tanto merece e quero ver na Copa do Mundo. Um baita zagueiro, que viveu fases distintas no Vasco, e hoje reencontra seu melhor futebol no líder, Cruzeiro. Essa partida valeu por você, Dedé.

Assim como Dedé, Maxwell me agradou bastante na lateral-esquerda. Apareceu bem no ataque, e não comprometeu na defesa. Eu sei que o adversário pouco agrediu ofensivamente, entretanto, o Daniel Alves nos comprometeu bastante mesmo assim. Portanto, Maxwell mostrou que pode ser o reserva imediato do Marcelo e, quiçá, posteriormente, ser o dono da camisa 6.  Essa partida valeu por você também, Maxwell.

Só para fechar, gostaria de fazer duas rápidas observações: o garoto Bernard vai pra Copa sendo o reserva imediato do Neymar. Têm futebol e estrela. O outro ponto é com relação ao Lucas Leiva. Foi seguro nos dois amistosos, mas eu ainda quero ver mais dele. Enfrentou ataques fracos, tecnicamente falando. Não estou menosprezando suas atuações, apenas quero ver mais.

Por fim, esse amistoso, que pra muitos pode não valer nada, valeu por dois.

Grande abraço,

Arthur Guedes.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Papo Firme - Valdir Espinosa

E após longos meses sem o "Papo Firme", cá estamos nós de volta. Hoje, nosso convidado sabe tudo dentro e fora das quatro linhas. Já foi jogador, treinador e comentarista. Tem o carinho e admiração dos torcedores gremistas e botafoguenses. Hoje, o Papo Firme é com você, Valdir Espinosa!
1) Como e quando foi o seu primeiro contato com o futebol? 
Tudo começou com as peladas de rua,as quais eu ia regularmente e por vezes matando aula e irritando profundamente meu pai que me buscava pelas orelhas! rsrsrsrs. O primeiro jogo que assisti foi Grêmio x Botafogo, que coincidentemente vieram a marcar de forma indelével minha carreira.
2) A sua vida como jogador de futebol, mais precisamente, lateral-direto. Como foi ela?
Desde o início joguei pela lateral direita , onde o que mais me agradava mesmo era apoiar, embora marcasse bem. Enfrentei excelentes atacantes. O mais difícil foi Mário Sérgio , por sua extrema habilidade. Eu tinha 2 sonhos: 1) Vestir a amarelinha , o que não alcancei por ser uma época em que havia muitos bons laterais. 2) servir à seleção gaúcha ,o que aconteceu e me realizou. No geral ,foi uma carreira vitoriosa e feliz!
3) Como o jogador, Valdir Espinosa, decidiu tomar a decisão de ser treinador?
Esta era uma ideia que não fazia parte dos meus planos ,até que fui convencido pelo meu companheiro e amigo Adilson. Iniciei a carreira no time em que estava jogando, o Esportivo de Bento Gonçalves, sendo vice-campeão, no ano de 1979.
4) Você sonhava ser um treinador tão renomado e vitorioso como és?
A conquista de títulos fazem parte de nossa vida, pautando todo nosso trabalho, mas confesso que foi realmente marcante haver conseguido os objetivos que alcancei.
5) Quando se fala em Valdir Espinosa, só se ouvem elogios e carinhos. Seja por parte dos botafoguenses, ou pelos gremistas. O que isso significa pra ti?
Isto é realmente muito bom! Eu tenho pelos torcedores um carinho especial e eles me devolvem este mesmo sentimento. É esta a recompensa pelo trabalho realizado. Sou muito feliz por isto!
6) Como treinador, quais amigos você fez e os carrega até hoje?
São muitos e seria tremendamente injusto citar uns e outros não, mas posso te garantir que sou privilegiado neste sentido.
7) E inimigos? Eles apareceram também durante sua caminhada?
Se os tenho, não os conheço. Podem haver sim, mas não sei quem são.
8) Como foi chegar no Grêmio e ser campeão Mundial?
No Grêmio cheguei aos 15 anos e ali fiz minha formação. Saí posteriormente e ao retornar em 1983, conquistando o maior título do clube, foi uma realização e uma enorme satisfação em levar alegria à esta fantástica torcida.
9) Com o elenco que o Grêmio detinha, quando você chegou ao clube a ideia do Grêmio era de ir ao Japão?
Desde o primeiro dia este era o sonho. O trabalho teria que ser intenso e a melhora do plantel era necessária e assim foi concretizado. O sucesso veio com o empenho de todos e foco total.
10) Qual foi a importância do Mundial para ti?
Me colocou no Top dos treinadores, abrindo portas maiores .
11) Qual é a primeira coisa que vem à sua mente quando se fala desse Mundial?
A alegria que foi proporcionada a toda imensa torcida gremista.
12) Qual foi o momento mais difícil?
Nada foi muito fácil, mas um momento peculiar é o fato de conquistar um título de tamanha importância tão distante do torcedor. Isto foi compensado depois na recepção em Porto Alegre!
13) O elenco do Grêmio era muito bom. Como era seu relacionamento com aqueles jogadores?
Todos tínhamos uma cumplicidade no tangente ao amor ao clube. Nos entendíamos, nos respeitávamos e decidimos colocar em primeiro plano, a nossa união em prol do objetivo!
14) Você tem alguma história curiosa vivida lá no Japão que possa nos contar?
Após a vitória, retornamos ao hotel e no entusiasmo da comemoração, pedi champagne. Quando vi a nota, me apavorei e liguei para o presidente dizendo-lhe que estávamos com um problema: ou ele pagava para comemorarmos ou devolveríamos a bebida, pois não tinha dinheiro para arcar com aquela conta. Ele gentilmente pagou e ficamos todos felizes.
15) Como foi chegar no Botafogo, clube que estava há 21 anos sem vencer um título?
Ao chegar encontrei um time abalado emocionalmente e uma única pessoa que acreditava ser possível, parar esta saga de derrotas: Emil Pinheiro! Foi ele o grande responsável e o mais importante elemento nesta conquista, dando tranquilidade e amparo ao grupo todo!
16) O que foi passado pra ti na sua chegada?
Que o Botafogo estava sempre dizendo que havia chegado a hora de vencer, mas nada conseguia e esta seria apenas mais uma tentativa! Alguns me chamavam de louco por aceitar treinar o Botafogo.
17) O clube da superstição. Você, naquele momento, se tornara um supersticioso também?
Sim, naquela época fui totalmente influenciado e cheguei a usar uma mesma camisa branca, durante todo o campeonato.
18) Lendo uma das suas histórias, fiquei sabendo da história do Luizinho com sua camisa do Napolí. Poderia nos contar?
O Luizinho ia sempre para os jogos com a camisa do Napoli, que havia ganho do Maradona e no dia da decisão, quando olhei para ele não vi a tal camisa, ele, para brincar comigo, a escondeu e então a mostrou. 
19) Hoje, assim como no Grêmio, você entrou para a história do Botafogo. Você tem algo a dizer para a torcida alvinegra?
Sou muito feliz com o torcedor alvinegro, pois recebo reconhecimento e atenção da parte deles, seja onde for, até mesmo no exterior!
20) Como comentarista, o senhor já trabalhou no SporTV, PFC, e, mais recentemente, na Rádio Globo. Como foram essas experiências?
Todas foram válidas, pois fiz algo de que gosto muito também! Enfim, curti bastante!
21) A vida de comentaristas é mais fácil que a de treinador?
É diferente: cada uma tem uma determinada exigência.
22) Quais são os planos para o futuro de Valdir Espinosa?
O futuro é o presente, no qual coloco -me pronto a voltar ao campo, para conquistar novos títulos, pondo em prática o que sei e o que penso hoje sobre o futebol! Vide meu blog: www.valdirespinosa.zip.net
23) Se pudesse resumir o Valdir Espinosa em apenas uma palavra, qual seria?
Um cara de FÉ! Um cara que acredita e trabalha para conquistas, junto com Deus!

Bate-pronto:

1) Amor: família
2) Inspiração: Cristo
3) momento inesquecível: nascimento dos filhos e netos
4) momento que destacaria: Seleção Gaúcha 3 X 3 Seleção Brasileira
5) Futebol: títulos

Aqui gostaria de agradecer imensamente ao mestre, Valdir Espinosa, por ter aceito a entrevista e por nos contar diversas histórias. É muito bom poder contar com um cara que sabe tanto de futebol. Muito obrigado, campeão!

Espero que tenham gostado. Peço o seu comentário, pois é de suma importância. E se possível, compartilhe essa entrevista.

Grande abraço,

Arthur Guedes.

sábado, 5 de outubro de 2013

Um beijo e abraço, 2013!


Não é pessimismo, descaso ou ,muito menos, torná-lo o patinho feio das mídias. O Botafogo, por si próprio, está se despedindo de 2013 da mesma forma de anos atrás: com uma mão na frente e outra atrás. 

Uma parte dos alvinegros vão dizer que isso é referente a falta de elenco. Outra parte dirá que o Engenhão atrapalhou todo o planejamento alvinegro, e essa fase se deve à isso. Eu não serei hipócrita em desconsiderar todos essas adversidades que ocorreram ao Botafogo. De fato, eles tiveram sua importância. Agora, você, que olhou o Botafogo líder jogar e, agora, este Botafogo que não vence há 5 jogos jogar, sentirá que o problema não está relacionado aos citados acima. O problema é dentro de campo.

O Botafogo líder, elogiado e que surpreendia, era o que era, porque tinha jogadas. O Seedorf e Lodeiro decidiam. O Rafael Marques já se tornara um "ídolo" e recebiam as desculpas de todos aqueles que tanto falaram mal dele. Os garotos, Dória e Gabriel, eram grandessíssimas revelações. Aquele Botafogo só detinha pontos positivos.

No Botafogo de hoje, Seedorf e Lodeiro são vaiados, não atribuem em nada para a equipe e se tornaram "meros mortais". O Rafael Marques voltara a "estaca zero", e todos aqueles que pediram desculpas à ele, agora dizem: eu falei! Os garotos, Dória e Gabriel, já não são mais grandes revelações. Esse Botafogo não possui mais pontos positivos. Por que mudou tanto?

Muitos se fazem essa pergunta e não conseguem achar a desculpa correta. O Botafogo de hoje e aquele que era líder, ambos, não possuíam elencos. Não foi isso que mudou. O que mudou, ou melhor, o que não mudou, foram as jogadas. Eram elas que faziam esse Botafogo diferente. Essas jogadas se extinguiram. O Botafogo precisava se reinventar. Entretanto, não consegue. Hoje, é um time sem jogadas, covarde, que prefere recuar e tocar a bola na defesa a atacar. Na partida de hoje contra o Grêmio tivemos um exemplo disso. Com exceção do lateral Gilberto, todos os jogadores alvinegros se resumiam a recuar e tocar para trás.

As jogadas não existem. Parece que o alvinegro não treina. E dessa forma, o Botafogo "de hoje" se tornou um time normal, daqueles que ficam no meio da tabela e que não protagonizam nada. O Botafogo "de hoje" é aquele bem conhecido pelos torcedores. O Botafogo "de hoje" se despede de 2013 com uma mão na frente e outra atrás.

Grande abraço,

Arthur Guedes.