quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

ARENA LÉLIA - DESPEDIDA DE 2015


20 de dezembro de 2015. Um domingo meio ensolarado, mas com uma temperatura um pouco mais amena do que vinha acontecendo durante toda a semana. Um pré-jogo especial, com um Barcelona e River Plate se enfrentando pela final do Mundial de Clubes da FIFA, às 8:30 da manhã. Com certeza, desde o início, era um domingo especial, o dia onde a amizade prevaleceria, acima de tudo. 

A boa resenha não aconteceu somente no momento em que chegamos na Arena Lélia Gonzalez. No grupo do WhatsApp, zoeiras e muito papo já estavam acontecendo há muito tempo, tornando aquele dia 20 de dezembro uma data para lá se aguardada.

Rodrigo "Batatão", zagueiro com personalidade forte, desde o principio, nas conversas, tentava intimidar os adversários, que em contrapartida, chamavam o "Batatão" de "purêzinho derretido". Gabriel Peçanha, no maior estilo Zlatan Ibrahimovic, se vangloriava dias antes do jogo, algo que não deve ser feito, a menos que você seja, de fato, o Ibrahimovic.

As risadas foram partes fundamentais desde o inicio da criação do evento. E que evento! Aos poucos, já na Arena Lélia, os times iam chegando no gramado para a preparação dos duelos tão aguardados. Chuteiras iam sendo amarradas, trocas de insultos, por vezes, mas somente como forma de engrandecer o evento. Mas vamos ao que interessa, que foi quando a bola rolou.

Escalações


O primeiro time era formado por Gabriel Peçanha, Jaelson, Matheus (o Netinho), Juninho (o Aubameyang de Ramos), Marquinhos e Matheus (o reclamão da arbitragem). Que time! O mais forte e o que mais venceu na Arena Lélia.

O segundo time, que fez duelo logo de cara com o primeiro time, era formado por Mosquito, Rodrigo "Batatão", Fernando, Raian e Arthur Guedes. Time sem panela, montado na força, na vontade, mas que perdia gols aos montes e, por isso, decepcionou um pouco.

O terceiro time, por fim, era composto por Gabriel (destaque no gol), Leonan, Rodrigo Silva, Pablo e dois amigos do Rodrigo, que neste momento são desconhecidos. Time rápido, com boas saídas e ofensivo. Bateu de frente com o primeiro time em muitas vezes. 


Comentários e notas

TIME 1:

Gabriel Peçanha desapontou e muito seu elenco. Em grande parte das vezes, foi aquele goleiro catimbeiro, prendendo muito a bola, tentando a ligação direta fazendo, desta forma, o seu time correr mais atrás da bola, do que com ela no pé. Por outro lado, ainda sim conseguiu ser determinante nas defesas, salvando seu time em chances claras de gol. Teve a oportunidade de se consagrar, perto do fim, com um gol de pênalti, mas desperdiçou em brilhante defesa do seu xará, Gabriel. NOTA 6,0.

Jaelson foi um dos jogadores disputados pelos times, antes da bola rolar. Acabou fechando contrato com o time 1 e fez muito bem o seu papel. Foi um dos jogadores mais sérios do time, correndo todo o campo e lembrando muito o Apodi, da Chapecoense. Fôlego interminável, disposição do início ao fim. Jaelson esteve na defesa, no meio e no ataque. Era onipresente. Sem dúvida alguma, foi peça determinante para o bom desempenho da equipe número 1, após suas belas arrancadas e assistências para finalizações. NOTA 8,5.

Matheus, também chamado por Matuidi durante a partida, esbanjou classe com a bola durante todas as partidas. Era o camisa 10 clássico, que os clubes buscam até hoje. Passe para cá, passe para lá, em qualquer jogada feita pelo seu time, a bola tinha a obrigatoriedade de passar pelos seus pés. Ditou o ritmo do time e, em dado momento, por conta da falta de fôlego, acabou ficando mais à frente, quase como um centroavante. Foi importantíssimo! Se melhorar a forma física, se tornará uma peça indispensável em qualquer equipe. Matheus deu um lençol de extrema felicidade, numa partida, e em outra, deu uma lambreta no Arthur Guedes, que se protegeu com a mão. Lance normal, mas o árbitro caseiro deu falta. Vai entender...(risos!). NOTA 8,5.

Juninho, que estava lembrando muito o Aubameyang, jogador do Borússia Dortmund, fez jus à lembrança e foi o principal atacante do time. Deu arrancadas, chutes fortes e, também, colocados. Por vezes, ainda voltava para fortalecer a defesa de seu time. Juninho, desde a época de colégio, sempre se notabilizou por sua velocidade e força. Não mudou. Se você um dia quiser montar um time e precisar de um bom atacante, chame ele. NOTA 7,5.

Marquinhos, o homem da toca do Fluminense. Ele não fugiu da partida em nenhum momento, mas não foi tão decisivo quanto na época de colégio. Correu, se movimentou, como sempre se caracterizou. Talvez por ter poucos espaços, ele não tenha conseguido se destacar. Ainda sim, é um jogador importante e que sabe jogar, o mais importante, não é? NOTA 7,0.

Matheus "paraíba", assim apelidado por seu time. Um jogador moderno, que se movimentou desde o início da partida até o fim. Dividiu com o Netinho a responsabilidade de comandar os movimentos ofensivos do time 1. Conseguiu com êxito. Bons passes, bons dribles, espaços abertos. Não à toa, esse time deu liga. Bons armadores, bons atacantes e comprometimento na defesa. Matheus seria o destaque das partidas, caso não desse uma de "Sérgio Busquets", do Barcelona, e reclamasse o tempo todo da arbitragem. Sofreu muitas faltas, sim. Mas se encher o saco do árbitro, criará antipatia. Aprende, Matheus! NOTA 9,0.

TIME 2:

Mosquito foi um polivalente. Defendeu, atacou e, inclusive, foi goleiro. Sendo sincero, Mosquito se destacou foi no gol, até por sua altura. Fez ótimas defesas, quando exigido. Na linha, esteve um pouco perdido, perdeu gols, mas era a referência no ataque, o centroavante. Se não fossem os gols perdidos, teria se destacado. NOTA 5,5.

Rodrigo Oliveira, o "Batatão". Zagueiro de origem, duro, com bom posicionamento e experiente de outros campeonatos. Com um físico bom, correu todas as partidas e se destacou por se dividir entre a defesa e o meio campo. Muitas vezes, deu uma de Lúcio, zagueiro que foi da Seleção Brasileira, ao dar arrancadas no estilo "seja o que Deus quiser". Algumas vezes deu certo. Outras, não. Mas a sua luta, vontade nos desarmes, e entrega em prol da equipe o tornam o líder da equipe 2. Zagueiro que se preze tem que bater boca com adversário mesmo, tem que intimidar o atacante, e "Batatão" fez isso. Segurança total! E na frente, ainda deu uma caneta pra lá de bonita no Gabriel (gordinho). NOTA 9,0.

Fernando, um jogador que o jornalista que vos escreve ainda não havia conhecido. Boa surpresa! Foi um jogador importante dentro de campo, compôs a zaga ao lado de Rodrigo e passou segurança. Em algumas oportunidades, passou à frente, mas não conseguiu ter o mesmo êxito na parte ofensiva. Tem recursos, estatura e força. Como disse, uma grata surpresa. Quero aguardar os próximos jogos deste jogador! NOTA 6,5.

Raian compôs o ataque do time número 2 com rápidos dribles e velocidade. Era a válvula de escape do time, quase um ponta. Se destacou na beirada do campo, no mano-a-mano. Me surpreendeu ao marcar gols, coisa que não acontecia com tanta frequência na época de colégio. Foi bem! Era um CR7 sem grife. NOTA 7,0.

Arthur Guedes, atacante e meia do time 2. É também o jornalista que vos escreve. E não vai ser por isso que vai ter a melhor nota. Arthur sofre pela forma física e falta de ritmo. Esteve abaixo de muitos, perante esses quesitos físicos. Mas lutou, chutou ao gol em várias oportunidades e deu passes esbanjando categoria, perto do fim. Tem técnica, mas precisa evoluir fisicamente, com uma sequência de jogos. Foi um Loco Abreu, é claro. NOTA 11.

TIME 3:

Gabriel (o gordinho) surpreendeu a todos neste domingo atípico. Jogou, assim como o Mosquito da equipe 2, tanto na linha, no ataque, quanto no gol, se destacando pelas defesas difíceis. Gabriel, como atacante, mostrou qualidade nas finalizações, principalmente quando largou uma sabugada no ângulo do gol do seu xará, Gabriel Peçanha. Depois, comemorou com marra, olhando fixamente para o goleiro que acabara de ser vazado. Faz parte do show. Duelo antigo. No gol, Gabriel pegou uma, duas, três e tantas outras vezes. Bola rasteira, no alto, no canto e no meio. Só dava ele. Espalmava, se jogava no chão e tentava reposições. Se destacou e muito, principalmente quando pegou o pênalti do Gabriel Peçanha, seu eterno rival! NOTA 9,0.

Leonan é o típico jogador tranquilo, que joga com uma frieza sem tamanho. É quase um Pirlo nos passes, mas neste domingo deu uma de Ronaldinho Gaúcho. Grife, mas pouco futebol. No sábado, mostrando total falta de comprometimento, foi para noitada, com fotos em todos os jornais, e chegou na partida sem condições normais de jogo. Entrou em campo, mas pouco se movimentou. No fim da partida, foi o escolhido para o exame antidoping. O resultado sai daqui a dois dias. É aguardar! NOTA 5,5.

Rodrigo Silva, atacante alto, que busca muitas vezes o contato direto com o adversário, foi bem nos jogos que disputou. Não foi decisivo, como em outras oportunidades, mas ainda sim foi nome forte nos movimentos ofensivos do time. Pela altura, se tornou referência para lançamentos e como pivô. Poderia ter jogado melhor, se o time tivesse se destacado mais. Teve que se doar à defesa e não conseguiu dar atenção total ao ataque. Apesar disso, ainda marcou seus bons gols. NOTA 7,0.

Pablo, bem ao estilo Bernard, com alegria nas pernas, foi destaque pelo pulmão e por arrancadas ofensivas. Jogava em profundidade e ele chegava. Seja de um lado ou de outro, lá estava Pablo. Como muitos pediram na Arena Lélia, Pablo é forte candidato à revelação do campeonato. NOTA 7,5.

Desconhecido número 1 é amigo do Rodrigo Silva (o Chico) e foi destaque do time com a poderosa canhota. Era um Robben sem vidro elétrico. Tinha velocidade, dribles rápidos e foi um atleta moderno: forte no ataque, forte na defesa. Sem dúvida alguma, foi o destaque na linha do time 3. Sem ele, o time seria presa fácil. NOTA 8,5.

O desconhecido número 2 também é amigo do Rodrigo Silva (o Chico), mas não conseguiu se destacar. Ele era o irmão gêmeo do meia belga, Eden Hazard, do Chelsea, mas de longe não conseguiu fazer nem 10% do que o belga faz no clube de Londres. Se movimentou, brigou no meio campo pela posse da bola, mas faltou qualidade. Se posicionou mais defensivamente e, quanto a isso, não comprometeu. NOTA 6,0.


Premiações:


Melhor goleiro da competição: Gabriel "gordinho"
Melhor zagueiro da competição: Rodrigo "Batatão"
Melhor meia: Matheus "Netinho"
Melhor atacante: Rodrigo Silva

Seleção do Campeonato: 

Gabriel "gordinho"; Rodrigo "Batatão", Matheus (paraíba) e Matheus (netinho), Jaelson e Rodrigo Silva.

Craque do campeonato: Matheus (Paraíba)
Craque da galera: Jaelson
Drible da rodada: Caneta do Rodrigo "batatão" no Gabriel (gordinho).
Golaço da rodada: Gol do Juninho de longa distância (que o Gabriel Peçanha tentou roubar)
Revelação do campeonato: Pablo, alegria nas pernas
Artilheiro: Rodrigo Silva (Mas não tenho a lista dos gols. De cabeça, acho que foi ele)
Campeão do Campeonato: Time número 1.
Pereba da rodada: Amigo do Chico que parece com Hazard
Vacilão da rodada: Eder, Arnon e Patrick (furões)

O próximo ano, de 2016, reservará diversas outras edições deste campeonato que é para lá de especial. O mais importante é a confraternização. Uma pena os furões não terem comparecido, mas quem perdeu foram eles, que estiveram de fora deste campeonato incrível. O meu muito obrigado a todos e em 2016 estaremos juntos. Afinal de contas, não podemos esquecer jamais que...TORCEMOS JUNTOS!

Um grande abraço,

Arthur Guedes.