segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Luís Ricardo: "Abri mão das férias para me reapresentar na pré-temporada"


Titular do Botafogo em 37 partidas neste ano, o lateral-direito Luís Ricardo se recupera de lesão sofrida no tornozelo esquerdo, ocorrida na partida contra o Grêmio, no dia 04 de setembro, pela 19º rodada do Campeonato Brasileiro. Unânime na posição, Luís Ricardo somou, somente na competição nacional, em 19 rodadas, seis assistências para gol, se tornando o líder da equipe. Essa ofensividade rendeu também a segunda colocação no quesito assistência para finalização, somando 25. 

Luís Ricardo chegou ao alvinegro carioca por empréstimo cedido pelo São Paulo, em 2015 - período em que se sagrou campeão da Série B do Campeonato Brasileiro. Ao todo, o lateral já soma 77 partidas pelo clube de General Severiano. Antes disso, Luís já defendeu o Vila Nova-GO, Grêmio, Marcílio Dias, Ponte Preta, Mirassol, Avaí, Portuguesa-SP e São Paulo. 

Próximo de estar liberado pelos médicos para voltar a defender o Botafogo, Luís Ricardo celebrou também a boa fase que lhe rendeu uma renovação por mais uma temporada: "O meu contrato com o Botafogo vai até até o fim de 2017. (...) Eu cheguei até pedir um pouco mais (risos), para que eu pudesse ficar um pouco mais no Botafogo. Mas isso vai acontecer no decorrer dos jogos, dos campeonatos". 

Luís Ricardo abriu o jogo sobre a temporada de 2016, a sua situação médica, o alemão (seu substituto) e as contratações que estão chegando ao alvinegro. Confira os demais trechos da entrevista exclusiva com o Luís Ricardo:

DISPUTA DA SÉRIE B E TEMPORADA DE 2016

Foto: Vitor Silva/SSPress
"Pra mim foi um desafio, até pelo fato de estar vindo de uma Série A, pelo São Paulo, e ter retornado pra Série B com o Botafogo. Mas quando eu cheguei, através do Antônio Lopes e Renê Simões, eu vim também com o objetivo de subir o Botafogo, de realmente colocar o Botafogo no lugar que ele merece. E acabei sendo bastante feliz nessas oportunidades. Cheguei até uma final de Campeonato Carioca, fui campeão da Taça Guanabara, pelo Botafogo, e nesse ano de 2016 também chegamos à uma final de Campeonato Carioca. E agora, fizemos essa brilhante campanha no Brasileirão, um campeonato muito difícil, e eu posso dizer que diretamente fiz parte dessa conquista nossa. Infelizmente, devido a lesão, acabei não participando de alguns jogos. Mas aqueles jogos que acabei conseguindo jogar, eu acredito que contribui para que o Botafogo estivesse aonde está agora, e eu fico feliz por isso".

SITUAÇÃO CONTRATUAL

"O meu contrato com o Botafogo vai até o fim de 2017. Não tenho mais contrato com o São Paulo. Na verdade, não tenho mais vínculo. Agora o meu vínculo é com o Botafogo. E o Luís Ricardo fica para 2017. Foi até o presidente que me deu essa oportunidade de mais um ano estar vestindo essa camisa. Eu cheguei até pedir um pouco mais (risos), para que eu pudesse ficar um pouco mais no Botafogo. Mas isso vai acontecer no decorrer dos jogos, dos campeonatos. Eu fiquei feliz em assinar mais um ano com o Botafogo".

ALEMÃO

"Eu costumo dizer que ele chegou em um momento difícil, pelo fato do time vir bem, dele estar substituindo um jogador que vinha jogando a maioria dos jogos (eu), e praticamente ele teria que ser provado. E o Alemão realmente foi provado e, no meu ponto de vista, aprovado. É um cara que chegou e assumiu realmente aquela posição ali. Hoje nós já somos amigos, de um ligar para o outro, e amizade fora de campo também existe. É um cara que tem o meu respeito e dentro do campo a briga vai ser sadia, como tem que ser. Até porque quem vai ganhar vai ser o Botafogo. Partindo desse princípio, acho que tem que ser assim toda briga por posição. Sempre sadia".

LESÃO NO TORNOZELO

"Hoje (16/12) completo três meses de lesão. Por mim, gostaria muito que eu já estivesse pronto. Mas clinicamente ainda faltam algumas coisas. Seria eu passar por cima de algumas decisões que não cabe à mim, cabe ao departamento médico. Mas o Luís Ricardo se sente muito bem, tenho feito trabalhos passados por eles (dep. médico), trabalhos até físicos, para que eu possa estar me apresentando juntamente ao grupo na pré-temporada. Mas acredito eu, pela evolução que estou tendo, de ter grandes chances de estar já na pré-temporada, iniciando com o grupo. Esse é um objetivo tanto do departamento médico, quanto meu. Inclusive estou até abrindo mão das minhas férias para estar chegando juntamente com o grupo, pronto para disputar as competições pelo Botafogo".

LUÍS RICARDO ANALISA LUÍS RICARDO

"Eu me considero um lateral, hoje, com 32 anos, consciente. Já fui muito ofensivo, mas hoje eu me preocupo mais em marcar, e quando tenho oportunidade, eu saio para o ataque. E como eu já fui atacante em outras equipes, tenho até um pouco mais de facilidade de chegar um pouco mais à frente".

TORCIDA POR ALEMÃO

"Falar sobre o Alemão, da contratação dele, eu como jogador da posição e amigo, gostaria muito que a diretoria pudesse se esforçar para ficar com ele, até por aquilo que ele já mostrou, pelo profissional que é. Portanto, vou torcer aqui para que a diretoria, como sempre fez, trabalhe forte para consolidar a permanência do Alemão no nosso grupo".

AVALIAÇÃO DAS CONTRATAÇÕES DO BOTAFOGO

"Eu fico feliz, porque a diretoria do Botafogo está trabalhando. As duas contratações (o atacante Roger, ex-Ponte Preta e o goleiro Gatito Fernandéz, ex-Figueirense), com certeza, têm o aval do Jair Ventura. São jogadores que, em seus eventuais clubes, fizeram um ótimo trabalho e, por isso, estão vindo para o Botafogo. Então, a gente vai contar com o que já está certo, né? Porque costuma-se dizer que quem morreu na véspera foi o peru (risos). Vamos deixar com que as coisas se encaminhem para a contratação de outros jogadores. É claro que o nome do Montillo é pesado, nome forte, que dispensa comentários. A gente fica na torcida que o Botafogo e o jogador entrem em acordo. E com certeza, o Botafogo é quem vai ganhar com isso. E eu, particularmente, como jogador que quer esses grandes jogadores na equipe, fico feliz. E quero muito a vinda dele. E com certeza, com a competência da nossa diretoria e dirigentes, vão trazer grandes nomes para a disputa da Libertadores".

sábado, 17 de dezembro de 2016

Marcelo Cabo: "Tenho o sonho de treinar um dos quatro grandes do Rio"

Foto: Fernando Vasconcelos / GloboEsporte.com
Campeão incontestável da Série B no comando do Atlético-GO em 2016, Marcelo Cabo vive hoje o seu melhor momento da carreira, que se iniciou nas categorias de base do Olaria Atlético Clube, no Rio de Janeiro. Aos 50 anos, Cabo já passou por clubes do do Rio, do Golfo Arábico, do Kuwait, Emirados Árabes e até mesmo pela Seleção da Arábia Saudita. Quando retornou ao Brasil, Marcelo foi auxiliar do Jorginho na Ponte Preta, em 2010, e ano passado treinou equipes como o Macaé, o Ceará e, agora, o Atlético Goianiense, campeão da Série B do Campeonato Brasileiro.

Em uma entrevista exclusiva com o blog O Melhor do Esporte, Marcelo Cabo abriu o jogo sobre o seu ano no comando da equipe goiana, sobre a projeção que faz para a temporada de 2017, na Série A, sobre sua carreira e assuntos do momento que geraram repercussão nacional. Confira os trechos da entrevista:

PRINCIPAL TRABALHO

O Atlético-GO é o trabalho que me deu mais evidência na carreira, e é o principal trabalho que fiz, principalmente no Brasil. Tive êxito em outros trabalhos fora do país, mas com certeza dentro do Brasil, o meu trabalho no Atlético Goianiense é o principal que fiz, que acabou culminando na conquista do título da Série B do Campeonato Brasileiro.

O ANO DO ATLÉTICO-GO

O mérito todo do sucesso nessa temporada, com certeza, são dos atletas, que são os artistas principais, que compraram a ideia do trabalho, se doaram e dedicaram. A outra parcela do sucesso também vai para comissão técnica do clube, que traçou um bom planejamento, uma boa execução, que permitiu uma boa estrutura de trabalho e, principalmente, uma integração entre o clube, a comissão técnica, os jogadores e diretoria. Essa integração entre todos os setores do clube foi fator primordial para que houvesse essa regularidade na competição.

E falando em regularidade, você fazer uma temporada na Série B do Campeonato Brasileiro com 38 rodadas e você ficar 37 no G-4, isso mostra a regularidade da equipe na competição e isso foi essencial para o sucesso esse ano.

SITUAÇÃO CONTRATUAL E CHEGADA DE PROPOSTAS

Eu já renovei o meu contrato com o Atlético Goianiense até dezembro de 2017, mas realmente nessa temporada eu recebi propostas de clubes de Série B e até mesmo de Série A. Mas eu resolvi permanecer no Atlético-GO para terminar o ciclo que havia iniciado, e tive a felicidade de conquistar esse título.

RENATO GAÚCHO: "QUEM SABE NÃO PRECISA ESTUDAR"

É uma opinião do Renato Gaúcho, acho que temos que respeitar, cada um tem a diretriz da sua carreira e ponto de vista, e ele tem o dele. E eu tenho a minha, e na minha opinião acho que precisamos sempre estar estudando, estar se atualizando, se reciclando. Eu busco a minha atualização e conhecimento. Mas todos devem respeitar a opinião do Renato Gaúcho. Mas a minha visão é que todos os treinadores devem sempre estar buscando conhecimento. Eu, por exemplo, agora, estou na Granja Comary, em Teresópolis, no curso da licença A, na CBF, que tem agregado um valor enorme para a minha carreira.

PLANEJAMENTO PARA A SÉRIE A

O maior objetivo do Atlético-GO em 2017 é só a permanência na Série A, sem dúvida. Nós vamos fazer um planejamento muito eficiente para que possamos ter essa regularidade na competição e, nesse primeiro momento, manter o clube na Série A do Campeonato Brasileiro. Sabemos que é muito difícil, já é muito difícil conseguir o acesso, e ainda mais garantir a permanência. Mas vamos fazer uma equipe competitiva para que a gente possa assim consolidar o nosso objetivo e conquistar a permanência para 2018. Precisamos fazer um planejamento muito eficiente, ser pontuais nas contratações e ter a Chapecoense como exemplo da sua regularidade dos anos que permaneceu na Série A.

FALSA SOLIDARIEDADE À CHAPECOENSE?

Esse contexto é muito complexo pelo fato de não estarmos inseridos nesse assunto. Não sabemos o que foi oferecido ou não. Quais tipos de jogadores. Porque quando se trata de jogadores, pessoas, temos que ter respeito também. Acho que toda a ajuda é bem-vinda. Acho que todo mundo tem buscado ajudar para essa reestruturação da Chapecoense, afinal, na minha opinião, ela é grande, já reestruturou seu departamento de futebol, com pessoas muito capacitadas, e com certeza já sabem a diretriz que vão dar ao clube e, sem dúvida, a Chape vai ter um grupo forte de profissionais para fazer uma temporada muito boa em 2017.

OBJETIVOS PARA 2017

O meu objetivo para a temporada de 2017 é fazer um grande trabalho no Atlético-GO, conquistar todos aqueles objetivos que a gente vai traçar para a temporada. Posso dizer que estou muito feliz com o carinho e respeito da cidade de Goiânia, do Atlético, da torcida, da diretoria e da imprensa. Mas claro que o profissonal trabalha para alçar voos mais altos. Mas isso é tempo a tempo. Tudo tem o seu tempo. O importante é eu estar focado, concentrado para fazer um bom trabalho no Atlético-GO e conseguir conquistar todos os objetivos do clube. 

GRANDE SONHO

Eu tenho um grande desejo, um grande sonho, de um dia retornar ao Rio de Janeiro e treinar um das quatro equipes grande do Rio de Janeiro (Botafogo, Flamengo, Vasco e Fluminense) para que eu possa, assim, dar continuidade na minha carreira. Se eu tenho uma meta, um objetivo, sim, é treinar um dos quatro grandes do Rio de Janeiro. Isso, com certeza, vai acontecer no momento certo, e o meu momento agora é no Atlético-GO, focado, concentrado, para conseguir alcançar as metas em 2017.

O Atlético-GO sagrou-se campeão da Série B do Campeonato Brasileiro com 76 pontos conquistados em 38 rodadas. Foram 22 vitórias, 10 empates e seis derrotas (aproveitamento de 66%). Ao lado de Avaí, Vasco e Bahia formará o Campeonato Brasileiro da Série A em 2017.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Ele é do Grêmio! E que sorte desse clube...

Foto: Reprodução
Ele é do Grêmio. Está na cara. Mais do que isso, na verdade. E que sorte desse clube em ter o Valdir Espinosa como coordenador técnico e ídolo. O cargo de coordenador é apenas uma formalidade, porque Espinosa é muito mais do que isso no Grêmio. É professor, conselheiro, amigo e todos os demais adjetivos que uma pessoa fora de série pode ter. Ele é assim para o Grêmio, para os jogadores, os demais funcionários e para qualquer pessoa que chegar ao seu lado e bater um papo de 5 minutos.

É verdade. Pode acreditar. Comigo foi assim. Começou no twitter, quando eu divulgava um dos meus textos e, de repente, ele gostou de um. Me elogiou e aquilo me marcou. Marcou por ser um ídolo do clube da minha família (e meu também). Não falo do Grêmio, mas do Botafogo. Sim, Espinosa é ídolo em mais de um clube. Eu falei acima que ele é o cara. Pois bem. Fui logo atrás de adicioná-lo em todas as redes sociais possíveis para, quem sabe, aproximar ainda mais o contato. Adicionei-o no facebook, mas o pedido foi recusado na mesma hora pela rede social porque o Valdir já tinha atingido o limite máximo de amizades. Mandei uma mensagem para ele. E ele deu o jeitinho dele e me mandou o convite. Que máximo! E aí as resenhas começaram. E um momento único também, para um estudante de jornalismo tão apaixonado por futebol. 

Espinosa, na ocasião, era comentarista da Rádio Globo. Fazia o Panorama Esportivo ao lado de Zeca Marques, aos domingos. E justo ele, o Valdir, decidiu me chamar para participar ao vivo do programa por ter gostado demais de um dos meus textos. Na hora aceitei, é claro. E quem recusaria um convite desse vindo de um campeão mundial? 

Participei. Ganhei um forte abraço dele e em meio a tantas palavras, essas aqui me marcaram: "Você é bom. Tem futuro. Busque sempre o estudo, garoto!". 

E busquei, Mestre (como sempre o chamei). Ainda estou nessa. Tanto quanto você, que mesmo após tantos títulos relevantes, tanta idolatria, não parou um minuto sequer de buscar mais aprendizado para retornar aos gramados mais preparado. 

Quando cheguei no Fox Sports e contei para ele que havia ingressado na empresa, recebi calorosas palavras de apoio e carinho. Carinho tão caracteristico de um amigo que gravou um vídeo - na mesma hora do pedido -dando parabéns para o meu avô, de 83 anos, botafoguense apaixonado e um grande admirador de Valdir.

Carinho da pessoa que me atendeu prontamente ao pedir uma participação no Central Fox e, mais recentemente, no Bom Dia Fox para falarmos da expectativa da final da Copa do Brasil. Eu tinha certeza que o Grêmio venceria. Ele é do Grêmio. E que sorte desse clube.

Valdir, o senhor tem um admirador para sempre. Um texto jamais vai representar o que você representou para o meu início de carreira. Parabéns pela conquista, mais uma vez. E que sorte do Grêmio em tê-lo. 

Fortíssimo abraço, campeão!

terça-feira, 19 de julho de 2016

Na onda do 'hepta', sete motivos para acreditar no sucesso de Diego no Flamengo


A chegada do meia Diego Ribas, que pertencia ao Fenerbahçe-TUR, trouxe novamente aos torcedores rubro-negros a esperança de mais um título brasileiro. De acordo com os mais fervorosos, Diego trouxe consigo o 'cheirinho do heptacampeonato'.

O que Diego trouxe consigo, sem dúvida alguma, foi a esperança de que hoje o Flamengo possui um elenco recheado, com pelo menos dois bons nomes para cada posição no campo, e com estrelas salientando o time. Antes do meia, que foi revelado no Santos, chegaram Ederson e Paolo Guerrero. Mais recentemente, ainda, Leandro Damião. Formando assim um elenco capaz, teoricamente, de disputar o título do Campeonato Brasileiro 2016 ou, pelo menos, conquistar uma vaga para a Copa Libertadores da América da próxima temporada.

Diego não é o Zico da nova geração. Nem tem condições de ser. Na verdade, não tem a necessidade de substituir o eterno camisa 10 rubro-negro. O que fez os torcedores clamarem por sua contratação - e esse 'namoro' vem de algumas temporadas passadas - foi a sua qualidade comprovada dentro de campo. 

O novo meia rubro-negro renova o 'ego' dos torcedores e os fazem crer que mais um título importante está vindo para a Gávea. E na onda do 'cheiro do hepta', seguem sete motivos para acreditar no sucesso de Diego Ribas com a camisa do Flamengo:

1) Diego é um vencedor. Dos sete clubes por onde passou, somente em dois não conquistou nenhum título. Foi campeão Brasileiro no Santos em 2002 e 2004, venceu três canecos pelo Porto, outros dois no Werder Bremen e no Atlético de Madrid, e um troféu com a Juventus. Passou em branco apenas pelo Wolfsburg e Fenerbahçe.

2) O novo meia rubro-negro é versátil, pode jogar um pouco mais recuado, como um camisa 8, ou mais adiantado (como deve ocorrer) sendo o principal armador da equipe. 

3) Entende a sua importância no clube. Já chegou demonstrando carinho ao torcedor do Flamengo.

4) Teve o desejo de fechar com o Flamengo. É um jogador com um histórico conhecido no futebol internacional, tem 31 anos e ainda possui mercado na Europa, mas abriu mão disso tudo para retornar ao futebol brasileiro após 12 anos. E o escolheu o rubro-negro.

5)  Pelo Fenerbahçe, Diego disputou 75 partidas e mostra que a parte física e lesões não devem fazer parte de sua rotina.

6) Números expressivos na carreira em sua trajetória pela Europa: 403 jogos, 101 gols e 111 assistências

7) O sétimo motivo não poderia ser outro: ao lado dos demais companheiros rubro-negros, a busca pela conquista do 'heptacampeonato' tão sonhado pelos torcedores.

Diego Ribas chega ao Flamengo para comandar o meio-campo e ser o 'cara' do elenco, ao lado de grandes nomes como Guerrero e Ederson. Diego ressucita a alegria do torcedor. Ressucita a euforia tão tradicional. E faz o mais fervoroso torcedor sentir o 'cheiro do hepta' no ar.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Isaías Tinoco sobre interesse do Flamengo: 'Aconteceu, não vou mentir, mas o combinado era não vazar'


Após ter vencido o Vasco da Gama em duas disputas por jogadores, no caso do zagueiro Rafael Vaz e do atacante Leandro Damião, o Flamengo tentou contactar o gerente de futebol do Cruz-maltino, Isaías Tinoco. O contato foi feito pelo vice-presidente de gabinete da presidência, Plínio Serpa Pinto, como informou a jornalista Marluci Martins em seu blog no Jornal Extra.

Isaías Tinoco teve várias passagens pelo rubro-negro carioca, a última delas no período entre 2005 a 2012 onde trabalhou com Zico e até Vanderlei Luxemburgo. A vinda de Isaías ao Flamengo naturalmente iria custar o cargo do até então gerente de futebol do clube, Rodrigo Caetano, que não tem o apoio unânime no clube carioca.

Em conversa com o próprio Isaías, o então gerente de futebol do Vasco da Gama revelou que o contato existiu:

- Há trinta dias. Prometi não divulgar a ligação. Vazou maldosamente.

Isaías, novamente, confirma o contato feito por parte do Flamengo e reitera que havia um acordo para que o contato não fosse divulgado:

- Aconteceu, não vou mentir. Só que o combinado era de não vazar.

Isaías Tinoco está no Vasco da Gama há um pouco mais de sete meses, após ter tido uma passagem de pouco sucesso como diretor de futebol no Cruzeiro. A relação entre Tinoco e Eurico Miranda pode ter sido um fator decisivo para a rejeição ao contato feito pelo rival e permanência no Vasco da Gama, clube qual o acolheu em dezembro de 2015.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Idolatria, artilharia e história eternizada: Por que Fred trocou o Fluminense?


Fred troca o Fluminense (e um salário de R$ 800 mil por mês) para assinar com o Atlético-MG (para receber um salário inferior, de R$ 500 mil/mês). Por que o camisa 9, que é ídolo nas Laranjeiras, faria essa troca após passar sete anos e três meses no tricolor?

O terceiro maior artilheiro do Fluminense ainda tinha mais dois anos e meio de contrato (que lhe renderia, até o término, R$ 33 milhões). Tendo em vista que o jogador já possui 32 anos e o seu padrão salarial dificulta uma possível negociação no mercado brasileiro, Fred tinha tudo para permanecer, pensando apenas pelo lado financeiro. Mas Fred não pensou desta maneira.

Após assinar a renovação de contrato por mais quatro temporadas com o tricolor, em 2015, Fred aceitou uma redução salarial de R$ 150 mil por mês, enxergando seu salário de R$ 950 mil cair para R$ 800 mil.

Um pequeno atrito ocorreu na temporada seguinte, em 2016, quando Fred pediu um aumento de salário para cerca de R$ 900 mil, que em 2017 seria reajustado para R$ 1 milhão. O Fluminense negou diante da crise financeira que o clube se encontrava, tendo em vista que o tricolor ainda estava em busca de um patrocinador máster, após a perda da UNIMED.

A negativa gerou um clima ruim principalmente após o Fluminense abrir seus cofres para contratar jogadores para o elenco, como o zagueiro Henrique, por exemplo.

Com a chegada de Levir Culpi, em abril deste ano, o desgaste de Fred ocorreu de forma mais insinuante. O camisa 9 chegou a dizer que não jogaria mais pelo Fluminense enquanto o treinador estivesse por lá. A crise foi gerida, mas não foi digerida.

Pouco antes de realizar sua sétima partida, o que o impossibilitaria de negociar com qualquer outro clube do Campeonato Brasileiro, Fred pediu para ser negociado e viu no Atlético-MG a oportunidade de retornar ao seu local predileto: Minas Gerais.

A saída de Fred, para o Fluminense, representa um alívio financeiro. A saída de Fred, para o Fred, representa uma busca por novos ideais e objetivos. Ele fez tudo o que podia e não podia pelo Fluminense. Venceu, sendo protagonista, os títulos brasileiros de 2010 e 2012. Tornou-se o terceiro maior artilheiro do clube das Laranjeiras após marcar 172 gols em 288 partidas. Conquistou inúmeros prêmios individuais vivendo umas das suas melhores fases na carreira no Fluminense.


O Fred pode estar se despedindo, mas sempre estará na história tricolor (quiçá como o maior).  

Um grande abraço,
Arthur Guedes.

sábado, 4 de junho de 2016

Qual é o melhor Brasil para a Copa América?

Seleção Brasileira no amistoso contra o Panamá
A Copa América Centenário, realizada nos Estados Unidos, já começou nesta sexta-feira com a derrota dos donos da casa para a Colômbia, por 2 a 0 (gols de Zapata e James Rodríguez). E neste sábado, às 23h, teremos a estreia da nossa seleção brasileira nesta competição. A convocação feita por Dunga sofreu diversas alterações até chegar aos 23 jogadores que disputarão o campeonato.

Não teremos o Neymar, craque do Barcelona e única peça que poderíamos contar como "decisivo". Em troca, teremos ele nos Jogos Olímpicos. Mas será que a falta dele, mediante as peças que temos atualmente, será duramente sentida?

Para a partida contra o Equador, neste sábado, Dunga deverá escalar a seleção brasileira da seguinte maneira (foto ao lado). Alisson, por outras atuações, começa no gol. Na defesa, a escolha de Gil me intriga bastante. Mediante disso, dentro das opções possíveis, escalaria o Marquinhos, do Paris Saint-Germain, por ser um zagueiro com enorme potencial e jovem, 22 anos. Daniel Alves (no momento, é incontestável), enquanto Filipe Luís chega como titular por falta de opção. Marcelo, apesar do desafeto com Dunga, ainda é a melhor escolha. 

No meia, a aparição de Casemiro, do Real Madrid, foi a coisa mais aprazível neste momento. Foi o ponto de equilíbrio da equipe merengue, tão elogiado por diversos treinadores europeus, como por exemplo, Diego Simeone, antes de enfrentá-lo na final da Uefa Champions League. Renato Augusto, jogando no futebol chinês, ainda não me passou confiança. Joga de forma mais recuada ao lado de Elias para tentar trazer uma nova forma de pensar de meio-campista, que ataca e defende. Acho a ideia incrível e plausível desde sempre. Só não sei se é a melhor opção. Vou montar a seleção com outra formação e, diante disso, explicar o porquê.

Philippe Coutinho vem fazendo um bom trabalho no Liverpool há algumas temporadas. Foi bem nos amistosos e merece ser titular. Vai, no momento, jogar na posição do Neymar. Mas dentro do campo, vai fazer uma outra função. É um meia armador, que sem a bola, juntamente com o Willian, vai recompor e fazer um linha com cinco jogadores, tendo apenas o Jonas mais à frente. 

É uma seleção aguerrida, com uma proposta bem perceptível que, diferentemente de outras gerações que já tivemos, joga para vencer, e não para encantar. Gosto disso. Mas gostaria de trazer um pouco mais de qualidade. 

A minha mudança começa na meta brasileira: Diego Alves. Fez mais uma boa temporada no Valencia, é seguro, tem 30 anos, e merece a oportunidade. Embora o Alisson seja uma escolha pensando no futuro, no momento, sinto que o goleiro, ex-Internacional, precisa evoluir em alguns pontos ainda antes de figurar na camisa número um. 

Na defesa, como disse, Marquinhos seria meu titular. Fora isso, dentro das opções possíveis (E Thiago Silva e Marcelo não estão) não tem muito o que mudar. No meio, sim. Embora a formação não mude tanto, as peças precisam ser mudadas.

Elias e Casemiro permanecem. Fiz a mudança do Renato Augusto porque, como disse acima, ele não me passa a segurança ainda. Tanto o Elias, quanto do Casemiro vão atacar e defender. Ambos têm qualidade para essa tarefa, prevalecendo, desta maneira, a ideia que tanto prezo no futebol: volantes modernos. 

Há muito tempo eu peço a titularidade de Paulo Henrique Ganso. O mesmo, entretanto, não vinha jogando nem pra ser convocado. Esta temporada, sim. Jogou, está sendo o cara decisivo no São Paulo, e está se comprometendo novamente com o futebol. Este é o momento certo para darmos a oportunidade do Ganso crescer de vez no futebol. O talento dele sempre foi indiscutível. Ele é o camisa 10 que precisamos. E gostaria que ele fosse nosso protagonista, na ausência de Neymar. 

Outra mudança é a presença de Gabriel Barbosa, ou "Gabigol". O jogador do Santos tem MUITA bola, tem apenas 19 anos e, a meu ver, está na frente de Willian, do Chelsea. Lucas Moura, do PSG, também poderia lutar pela vaga. A recomposição permanece a mesma: Philippe Coutinho e Gabriel voltam para montar uma linha de cinco jogadores no meio, tendo o Jonas como a única referência na frente.

Fica a menção honrosa para a vinda de Walace, do Grêmio, no lugar de Luiz Gustavo, que pediu dispensa. Mais uma prova que não há mais espaço para volantes que só sabem defender. 

E você?
Como escalaria a seleção com os 23 jogadores disponíveis?

Grande abraço,
Arthur Guedes.

domingo, 13 de março de 2016

O primeiro Levir Culpi x Ricardo Gomes


Neste domingo, logo mais, Fluminense e Botafogo estreiam pela Taça Guanabara disputando um clássico que será marcado por ser a primeira vez que Levir Culpi e Ricardo Gomes se enfrentam no futebol.

Como jogadores, foram zagueiros. Hoje, como treinadores, terão que usar suas peças para atacar e, com isso, conquistar os três pontos importantíssimos, já que o clube que tiver a maior regularidade, ou seja, terminar em primeiro colocado no grupo, conquistará o título. A ligação entre Levir e Ricardo vão além deste clássico e de terem jogado na mesma posição quando jogadores. 

O ex-treinador do Atlético-MG, que passou por quatro oportunidades no clube mineiro, já teve passagem pelo Botafogo nas temporadas 2003-04. Na época, Levir conquistou o vice-campeonato da Série B do Campeonato Brasileiro, ficando atrás apenas do Palmeiras, campeão daquele ano. Ao todo, Levir comandou o alvinegro carioca em 67 partidas, com 31 vitórias, 17 empates e 19 derrotas.

Por outro lado, Ricardo Gomes é um dos nove treinadores do Mundo que já tiveram a oportunidade de comandar os quatro grandes clubes do Rio de Janeiro. Passou pelo Flamengo e Fluminense na temporada 2004, o Vasco da Gama em 2011 e, agora, pelo Botafogo em 2015-16. Os números atuais do Ricardo Gomes pelo alvinegro são bons: 31 jogos (20 vitórias – 5 empates – 6 derrotas).

Fazendo essa inversão com o Levir Culpi, o Ricardo Gomes também já esteve nas Laranjeiras, mas acabou tendo uma passagem bastante razoável: em 33 partidas, foram 12 vitórias, 11 empates e 10 derrotas. Gomes, na época, havia assumido o cargo após a demissão de Valdir Espinosa, no dia 05 de março de 2004. Mas após empatar em 1 a 1 com o Paysandu pelo Campeonato Brasileiro, acabou sofrendo do mesmo mal que seu antecessor e foi demitido do cargo. 

Levir Culpi e Ricardo Gomes, embora tenham tantas ligações, nunca se enfrentaram. Neste domingo, no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, terão essa oportunidade de terem mais uma ligação. 

O invicto Botafogo deve vir à campo com: Jefferson; Luis Ricardo, Carli, Emerson (Renan Fonseca) e Diogo Barbosa; Airton, Bruno Silva, Rodrigo Lindoso e Gegê; Salgueiro e Ribamar.

Já o Fluminense, comandado por Levir, deve vir com: Diego Cavalieri, Wellington Silva, Renato Chaves, Marlon e Giovanni; Edson, Cícero; Marcos Junior, Diego Souza e Gustavo Scarpa; Osvaldo. 

O domingo, desde o início, fora sido marcado pelas diversas manifestações pelo país contra o governo Dilma (PT). Mas, à tarde, o que vai marcar, de fato, é o embate entre Levir e Ricardo Gomes.

quinta-feira, 10 de março de 2016

Após derrota, Marcelo Oliveira é demitido e se despede por carta

Marcelo Oliveira deixa o comando do verdão após oito meses de trabalho
Após a derrota por 2 a 1 diante do Nacional-URU pela Copa Bridgestone Libertadores, o técnico Marcelo Oliveira não resistiu à pressão e acabou sendo demitido do cargo. Embora o Alexandre Mattos, diretor de futebol do clube, negar, Cuca segue sendo o principal nome para suceder o Marcelo Oliveira.

Diferentemente da saída do Oswaldo de Oliveira no verdão, Marcelo Oliveira não teve, sequer, uma entrevista coletiva para se despedir do cargo. Com isso, através da sua assessoria de imprensa, decidiu fazer uma carta de despedida. Confira na íntegra:

"Geralmente, quando um treinador deixa um clube, publicar uma nota de despedida é quase um padrão, mesmo que não esteja sendo sincero naquele momento. Porém, quero aqui enfatizar que as palavras que direi agora são sem hipocrisia alguma.

Realmente, gostaria de deixar meu muito obrigado a toda a diretoria da Sociedade Esportiva Palmeiras, desde o Paulo Nobre e o Alexandre Mattos até os demais integrantes da direção. Eles estiveram ao lado da comissão técnica do início ao fim da minha passagem, tanto nos bons quanto nos maus momentos, mesmo que isso muitas vezes não tenha sido percebido pelos olhos da imprensa. Na verdade, esse fato demonstra que nem tudo de bom que acontece em um trabalho chega aos holofotes, tampouco tem a necessidade de ser exposto. 

Quero expressar também minha gratidão aos funcionários do clube, pessoas competentes e dedicadas, que sempre tiveram atenção, carinho e respeito conosco, na fase de críticas ou na de glórias; ao grupo de jogadores, que sempre se doou ao máximo, independentemente de certos rumores externos que ocorreram, sobretudo preservando o bom ambiente ao longo desses mais de oito meses. De fato, foram muitas as dificuldades enfrentadas, mas conquistamos um título de expressão para o clube quando ninguém acreditava que seria possível. Conseguimos porque a consciência de que tínhamos uma responsabilidade compartilhada em cada partida falou mais alto, e a individualidade foi deixada de lado em benefício do mérito coletivo nos triunfos, sempre com o pensamento de que todos devem reagir depois dos tropeços. 

Já havia alguns anos que um título não era conquistado pelo Palmeiras, e a pressão por campanhas vitoriosas era nítida, assim como acontece em qualquer outra agremiação da grandeza deste clube. Justamente por isso, a Copa do Brasil me traz um alento muito grande, pois, como disse em algumas ocasiões, no futebol não se conquista nada em sorteio de loteria, então, uma parte dos nossos objetivos foi alcançada. Além disso, não teríamos tido êxito algum, especialmente no caso de um torneio mata-mata, caso o plantel não tivesse unido forças com a comissão técnica, com a diretoria e com a torcida em prol do mesmo objetivo.

Por isso, sem dúvida, saio com uma enorme satisfação por ter feito parte de um momento especial da história do Palmeiras. Todavia, deixo o clube com o sonho interrompido. Assim como era meu pensamento em outros trabalhos, prezo sempre por cumprir o contrato até o fim. Além disso, ser campeão da Libertadores é também um desejo meu e compartilhava desse sentimento com cada palmeirense que conversei. Quero deixar um recado muito honesto a essa torcida fanática e gigante: ficarei na torcida para que vocês possam celebrar a conquista da América, ainda este ano, com o novo comandante. Na maioria maciça dos nossos jogos no Allianz Parque, o apoio vindo das arquibancadas foi notório e incondicional, mesmo em momentos complicados do jogo. Esse incentivo nos fez ter vitórias épicas dentro de casa nos últimos meses. Dessa forma, sei que a equipe jamais caminhará sozinha e se manterá viva com possibilidades de seguir adiante e realizar o sonho de uma nova Libertadores.
 
Meus mais sinceros agradecimentos,

Marcelo Oliveira"

Contratado pelo clube alviverde em junho do ano passado, Marcelo Oliveira encerra a passagem com 53 jogos no currículo. Foram 24 vitórias, 11 empates e 18 derrotas no comando da equipe de Palestra Itália, números que tornaram o trabalho do treinador questionável, apesar da Copa do Brasil conquistada no fim de 2015.

Em um rápido comparativo, Oswaldo de Oliveira teve 60% de aproveitamento, resultado melhor do que o de Marcelo. Ambos foram demitidos. 

quinta-feira, 3 de março de 2016

A lista de Dunga

Neymar permanece sendo o nome de maior peso da Seleção Brasileira
Dunga convocou as suas 23 peças para disputar as duas próximas partidas pela Eliminatória para a Copa do Mundo de 2018, contra o Uruguai e Paraguai. A lista é formada por:

Goleiros: Alisson, Marcelo Grohe e Diego Alves;
Laterais: Danilo, Daniel Alves, Filipe Luis e Alex Sandro;
Zagueiros: David Luiz, Marquinhos, Miranda e Gil;
Volantes: Luiz Gustavo e Fernandinho;
Meias: Phillipe Coutinho, Kaká, Lucas Lima, Renato Augusto, Oscar, Willian e Douglas Costa;
Atacantes: Neymar, Hulk e Ricardo Oliveira;

Alguns bons nomes, outros não deveriam estar mais presentes e, por fim, nomes que não foram lembrados, mas que deveriam ser convocados. Vamos por parte. 

Na meta da Seleção Brasileira podemos perceber as ausências de Cássio e Jefferson, nomes testados anteriormente. Não tenho nada contra os três nomes chamados por Dunga hoje, caso de Alisson, Marcelo Grohe e Diego Alves. São bons nomes. Mas não formam o trio ideal. Alisson tem um potencial enorme a ser explorado. O goleiro do Grêmio, Grohe, vive talvez o seu auge. E Diego Alves vai voltando a sua boa forma. Mas Jefferson vem sendo o melhor goleiro do país há um bom tempo, mesmo quando atuou na Série B. Foi culpado por erros em conjunto. Dunga foi injusto. E mostra que justiça nunca foi seu forte. 

Outro que sofre com injustiças do ex-volante do Internacional é o Thiago Silva. Não dá para aceitar que um dos melhores zagueiros do Mundo – fato constatado pela FIFA, ao estar presente na Seleção do ano da FIFA – esteja fora da Seleção. O que aconteceu em 2014, o tal 7 x 1, precisa ficar lá. Não pode haver birra ainda por alguns atletas que viveram aquilo. 

Nas laterais, só faço uma menção ao Marcelo, do Real Madrid. Dunga explicou que ele passa por constantes lesões e, no momento, está tratando uma. Nesse momento, de fato, é compreensível a sua ausência. Apesar de não ter muito comprometimento defensivo, Marcelo ainda é o melhor nome que temos para a posição.

Na “volância”, Luiz Gustavo foi acertadamente convocado. Mas Fernandinho não tem mais espaço. Não merece. Se Dunga quer testar, que teste nessa posição. Temos bons nomes, como o Allan, do Napoli-ITA, que faz boa temporada juntamente com a equipe italiana que briga nas cabeças pelo título. 

Dunga acertou ao convocar os meias Lucas Lima, Renato Augusto e Willian. O santista é o principal nome de esperança que temos para 2018 no setor. O ex-corintiano merece pela temporada passada. E o jogador do Chelsea vive grande momento nos blues. As presenças de Kaká e Oscar são bastante contestáveis. O meia do Orlando City, aos 33 anos, serve apenas como referência para os nomes mais novos. Não está jogando em alto nível há algum tempo. Já Oscar, desde a temporada passada, não vem correspondendo tamanha paciência e confiança de Dunga. Já era para ter perdido essa vaga, por exemplo, para o Lucas, do PSG. Outro nome que poderia ganhar o espaço de Kaká é Nenê, do Vasco da Gama. Que desde o ano passado vem ‘gastando a bola’. 

No ataque não tem muito a ser feito. Neymar é nome certo, único titular absoluto. Hulk tem seus momentos, mas não me convence há algum tempo. Ricardo Oliveira, apesar da idade avançada, ainda é o melhor centroavante que temos. Fred poderia voltar a ser pensado novamente, vide as aparições do camisa 9 do Santos. É uma boa discussão. Um nome que poderia aparecer é o de Jonas, do Benfica, que vive, desde a temporada passada, uma fase muito boa. Somando as temporadas 2014/15 e 2015/16, o ex-atacante do Grêmio soma 59 gols em 69 partidas. Será que está bom?

Portanto, a minha convocação seria:

Goleiros: Jefferson, Marcelo Grohe e Alisson;
Laterais: Danilo, Daniel Alves, Filipe Luis e Alex Sandro (Marcelo*);
Zagueiros: Thiago Silva, Miranda, David Luiz e Marquinhos;
Volantes: Luiz Gustavo e Allan;
Meias: Philippe Coutinho, Willian, Renato Augusto, Lucas Lima, Douglas Costa e Nenê;
Atacantes: Lucas, Neymar, Jonas e Ricardo Oliveira

*Sem lesão, Marcelo seria convocado.

domingo, 28 de fevereiro de 2016

A prepotência e potência não são mais as mesmas


Anderson Silva, na noite deste sábado (27), enfrentou e foi derrotado pelo americano Michael Bisping, no UFC Londres, realizado na Inglaterra. Após cinco rounds envoltos por muitas polêmicas, o brasileiro acabou não convencendo aos árbitros, que deram vitória a Bisping de forma unânime.

Desde o início da luta, Silva mostrava que estava em um nível abaixo da época da qual marcou história no UFC. Era de se esperar, tendo em vista que já alcançara a casa dos 40 anos de idade. Mas para a nossa surpresa, seus reflexos ainda estavam bem aguçados, e podemos perceber isso em suas rápidas esquivas, nos constantes ataques de Bisping nos dois primeiros rounds. Foi justamente por se esquivar demais, ao invés de lutar, que Anderson perdeu pontos importantes, que acabaram fazendo a diferença para os jurados.

Anderson Silva entrou no octógono confiante no seu estilo de luta, mas nós, brasileiros que já o assistimos inúmeras vezes, não. Sua lesão e grande derrota mais recente ocorreu, principalmente, por tentar "brincar" demais com o adversário. E Anderson pecou novamente por isso. Brincou, dançou, esquivou, mas não lutou. Foi querer lutar nos dois últimos rounds, onde, por pontos, não teria mais a possibilidade de vencer. Só restava a Anderson, bater. Mas bater muito, até apagar o americano.

O brasileiro até que tentou. Começou a encaixar alguns bons golpes no Bisping, mas não conseguia dar sequência a esses golpes, algo bem constante no seu auge. Anderson perdeu sua explosão. Não tinha mais a mesma potência de "partir para cima" do adversário atordoado. O americano acusou por diversas vezes os golpes de Anderson, mas teve tempo sempre de se recuperar. 

Anderson Silva aplica joelhada em Michael Bisping
Até que chega o momento, no fim do terceiro round, em que Michael Bisping reclama com o árbitro da luta, Herb Dean, que seu protetor bocal havia caído no chão e que precisaria pegá-lo. Anderson Silva, então, aproveitou e o aplicou uma joelhad
a que acabou derrubando o americano. O brasileiro comemorou, mas Dean não havia dado vitória para o Anderson Silva. O árbitro explicou o motivo:

"No momento em que o round foi encerrado, Bisping não estava inconsciente. Ele estava caído e machucado, mas estava olhando para Anderson em postura defensiva e, vendo isso, eu não poderia parar a luta. Se, ao invés de comemorar, Anderson tivesse continuado a atacar, aí sim, seria uma outra história. Mas ele estava festejando quando o gongo soou, e só ali o round acabou".

Após a polêmica, ainda ocorreram dois rounds. Vencidos por Anderson Silva, no meu entendimento. O brasileiro aproveitou que os muitos sangramentos no rosto do adversário e cresceu na luta. Mas sem a velha potência e explosão, não conseguia emplacar uma sequência de golpes que, consequentemente, lhe daria a vitória. 

No fim, Anderson perdeu por pontos. Perdeu por não ter a mesma potência de antes e a prepotência que tinha objetivo. Ontem, em Londres, Anderson não lutou e foi disparar contra o UFC, afirmando ter corrupção, assim como no Brasil. Depois de tantos anos defendendo essa competição, ganhando dinheiro em cima disso, fica muito feio atacar o evento. Ninguém no Brasil esquecerá sua história, Anderson. Nada será apagado por derrotas. Mas não dê uma de Ronaldinho Gaúcho e não manche suas glórias com polêmicas no fim de carreira. 

Abraço,

Arthur Guedes.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Renovação no mercado de treinadores: sem paciência, sem resultados

Deivid, novo comandante do Cruzeiro
Comandante. Chefe. Professor. Você pode chamar de diversas formas aquele senhor que, por vezes, senta no banco de reserva ou, por outras vezes, vai até na beirada do campo gritar com seus jogadores. Ser treinador de futebol está longe de ser uma profissão fácil e talvez por isso vejamos quase sempre os mesmos nomes perambulando pelos clubes tantas vezes. Essa pouca renovação no mercado de técnicos está começando a mudar, felizmente, com aparições de nomes como o Roger Machado, do Grêmio, por exemplo, ou até mesmo o Deivid, ex-atacante e hoje treinador do Cruzeiro.

O futebol brasileiro tem como uma característica bastante evidente a pouca paciência e, desta forma, preza sempre pelo bom resultado de forma imediata, rápida. Nós, brasileiros, sempre queremos que as coisas mudem de forma instantânea, da água para o vinho. Mas, na verdade, sabemos que isso não acontece, a menos que Jesus queira voltar para a Terra e escolha ser técnico de futebol.

O futebol, acima de qualquer coisa, é planejamento. Existem exceções? Claro que sim. O Flamengo em 2009 talvez tenha sido o mais recente. Mas não podemos nos basear por isso. É cansativo sempre vermos nomes como o de Celso Roth, Luxemburgo, Joel Santana, Mano Menezes e tantos outros que já tiveram outras chances (e tantas outras!), mas que não vingaram tanto (com exceção do Luxa e do Joel, que já conquistaram títulos expressivos). Mas que tal mudar? Que tal darmos espaços para aqueles que estão aparecendo? Para aqueles que se destacam em divisões inferiores, que passam por maiores dificuldades e que mesmo assim obtiveram êxito?

O que pode parecer estranho aqui no Brasil, na Europa não é. Basta lembrarmos, por exemplo, do Jurgen Klopp, que fez um excelente trabalho no Borussia Dortmund, em 2001, época que tinha 43 anos apenas. Rafa Benítez conduziu o Liverpool à glória em 2005, quando tinha 45 anos. Frank Rijkaard tinha 43 anos quando conduziu o Barcelona ao seu primeiro título europeu desde 1992. Com 47 anos de idade, Carlo Ancelotti conquistou a sua segunda coroa europeia como treinador do Milan em 2007. André Villas-Boas, aos 33 anos, tornou-se o mais jovem treinador a vencer uma competição europeia quando o FC Porto triunfou na final da UEFA Europa League de 2011. Mais recentemente, Zidane se tornou o novo técnico do Real Madrid, aos 43 anos.

Exemplos não faltam. Até aqui perto. Na Argentina, Marcelo Gallardo venceu a Copa Libertadores da América pelo River Plate aos 39 anos de idade. O treinador do Huracan, Eduardo Domínguez, foi vice-campeão da Copa Sul-Americana. Ele possui 37 anos de idade. Por que não apostamos aqui no Brasil? É essa a pergunta que temos que nos fazer.

Deivid, aos 36 anos, ao lado do Pedrinho, 38 anos, formam a comissão técnica do Cruzeiro para a temporada de 2016 (técnico e auxiliar técnico, respectivamente). O que mais torço é para que ambos tenham tempo necessário para poderem desempenhar um bom papel. Não existe treinador que chega para resolver. O treinador resolve um problema com trabalho, com tempo. Que eles tenham tempo e confiança, assim como teve o Roger Machado no Grêmio que teve seu contrato renovado, após suceder o Luis Felipe Scolari (treinador renomado, com títulos expressivos, mas que fez um péssimo trabalho).

Nós temos exemplos de bons trabalhos. Agora teremos que ter bons exemplos de paciência. Será?

Um grande abraço,

Arthur Guedes.