quinta-feira, 9 de junho de 2016

Idolatria, artilharia e história eternizada: Por que Fred trocou o Fluminense?


Fred troca o Fluminense (e um salário de R$ 800 mil por mês) para assinar com o Atlético-MG (para receber um salário inferior, de R$ 500 mil/mês). Por que o camisa 9, que é ídolo nas Laranjeiras, faria essa troca após passar sete anos e três meses no tricolor?

O terceiro maior artilheiro do Fluminense ainda tinha mais dois anos e meio de contrato (que lhe renderia, até o término, R$ 33 milhões). Tendo em vista que o jogador já possui 32 anos e o seu padrão salarial dificulta uma possível negociação no mercado brasileiro, Fred tinha tudo para permanecer, pensando apenas pelo lado financeiro. Mas Fred não pensou desta maneira.

Após assinar a renovação de contrato por mais quatro temporadas com o tricolor, em 2015, Fred aceitou uma redução salarial de R$ 150 mil por mês, enxergando seu salário de R$ 950 mil cair para R$ 800 mil.

Um pequeno atrito ocorreu na temporada seguinte, em 2016, quando Fred pediu um aumento de salário para cerca de R$ 900 mil, que em 2017 seria reajustado para R$ 1 milhão. O Fluminense negou diante da crise financeira que o clube se encontrava, tendo em vista que o tricolor ainda estava em busca de um patrocinador máster, após a perda da UNIMED.

A negativa gerou um clima ruim principalmente após o Fluminense abrir seus cofres para contratar jogadores para o elenco, como o zagueiro Henrique, por exemplo.

Com a chegada de Levir Culpi, em abril deste ano, o desgaste de Fred ocorreu de forma mais insinuante. O camisa 9 chegou a dizer que não jogaria mais pelo Fluminense enquanto o treinador estivesse por lá. A crise foi gerida, mas não foi digerida.

Pouco antes de realizar sua sétima partida, o que o impossibilitaria de negociar com qualquer outro clube do Campeonato Brasileiro, Fred pediu para ser negociado e viu no Atlético-MG a oportunidade de retornar ao seu local predileto: Minas Gerais.

A saída de Fred, para o Fluminense, representa um alívio financeiro. A saída de Fred, para o Fred, representa uma busca por novos ideais e objetivos. Ele fez tudo o que podia e não podia pelo Fluminense. Venceu, sendo protagonista, os títulos brasileiros de 2010 e 2012. Tornou-se o terceiro maior artilheiro do clube das Laranjeiras após marcar 172 gols em 288 partidas. Conquistou inúmeros prêmios individuais vivendo umas das suas melhores fases na carreira no Fluminense.


O Fred pode estar se despedindo, mas sempre estará na história tricolor (quiçá como o maior).  

Um grande abraço,
Arthur Guedes.

sábado, 4 de junho de 2016

Qual é o melhor Brasil para a Copa América?

Seleção Brasileira no amistoso contra o Panamá
A Copa América Centenário, realizada nos Estados Unidos, já começou nesta sexta-feira com a derrota dos donos da casa para a Colômbia, por 2 a 0 (gols de Zapata e James Rodríguez). E neste sábado, às 23h, teremos a estreia da nossa seleção brasileira nesta competição. A convocação feita por Dunga sofreu diversas alterações até chegar aos 23 jogadores que disputarão o campeonato.

Não teremos o Neymar, craque do Barcelona e única peça que poderíamos contar como "decisivo". Em troca, teremos ele nos Jogos Olímpicos. Mas será que a falta dele, mediante as peças que temos atualmente, será duramente sentida?

Para a partida contra o Equador, neste sábado, Dunga deverá escalar a seleção brasileira da seguinte maneira (foto ao lado). Alisson, por outras atuações, começa no gol. Na defesa, a escolha de Gil me intriga bastante. Mediante disso, dentro das opções possíveis, escalaria o Marquinhos, do Paris Saint-Germain, por ser um zagueiro com enorme potencial e jovem, 22 anos. Daniel Alves (no momento, é incontestável), enquanto Filipe Luís chega como titular por falta de opção. Marcelo, apesar do desafeto com Dunga, ainda é a melhor escolha. 

No meia, a aparição de Casemiro, do Real Madrid, foi a coisa mais aprazível neste momento. Foi o ponto de equilíbrio da equipe merengue, tão elogiado por diversos treinadores europeus, como por exemplo, Diego Simeone, antes de enfrentá-lo na final da Uefa Champions League. Renato Augusto, jogando no futebol chinês, ainda não me passou confiança. Joga de forma mais recuada ao lado de Elias para tentar trazer uma nova forma de pensar de meio-campista, que ataca e defende. Acho a ideia incrível e plausível desde sempre. Só não sei se é a melhor opção. Vou montar a seleção com outra formação e, diante disso, explicar o porquê.

Philippe Coutinho vem fazendo um bom trabalho no Liverpool há algumas temporadas. Foi bem nos amistosos e merece ser titular. Vai, no momento, jogar na posição do Neymar. Mas dentro do campo, vai fazer uma outra função. É um meia armador, que sem a bola, juntamente com o Willian, vai recompor e fazer um linha com cinco jogadores, tendo apenas o Jonas mais à frente. 

É uma seleção aguerrida, com uma proposta bem perceptível que, diferentemente de outras gerações que já tivemos, joga para vencer, e não para encantar. Gosto disso. Mas gostaria de trazer um pouco mais de qualidade. 

A minha mudança começa na meta brasileira: Diego Alves. Fez mais uma boa temporada no Valencia, é seguro, tem 30 anos, e merece a oportunidade. Embora o Alisson seja uma escolha pensando no futuro, no momento, sinto que o goleiro, ex-Internacional, precisa evoluir em alguns pontos ainda antes de figurar na camisa número um. 

Na defesa, como disse, Marquinhos seria meu titular. Fora isso, dentro das opções possíveis (E Thiago Silva e Marcelo não estão) não tem muito o que mudar. No meio, sim. Embora a formação não mude tanto, as peças precisam ser mudadas.

Elias e Casemiro permanecem. Fiz a mudança do Renato Augusto porque, como disse acima, ele não me passa a segurança ainda. Tanto o Elias, quanto do Casemiro vão atacar e defender. Ambos têm qualidade para essa tarefa, prevalecendo, desta maneira, a ideia que tanto prezo no futebol: volantes modernos. 

Há muito tempo eu peço a titularidade de Paulo Henrique Ganso. O mesmo, entretanto, não vinha jogando nem pra ser convocado. Esta temporada, sim. Jogou, está sendo o cara decisivo no São Paulo, e está se comprometendo novamente com o futebol. Este é o momento certo para darmos a oportunidade do Ganso crescer de vez no futebol. O talento dele sempre foi indiscutível. Ele é o camisa 10 que precisamos. E gostaria que ele fosse nosso protagonista, na ausência de Neymar. 

Outra mudança é a presença de Gabriel Barbosa, ou "Gabigol". O jogador do Santos tem MUITA bola, tem apenas 19 anos e, a meu ver, está na frente de Willian, do Chelsea. Lucas Moura, do PSG, também poderia lutar pela vaga. A recomposição permanece a mesma: Philippe Coutinho e Gabriel voltam para montar uma linha de cinco jogadores no meio, tendo o Jonas como a única referência na frente.

Fica a menção honrosa para a vinda de Walace, do Grêmio, no lugar de Luiz Gustavo, que pediu dispensa. Mais uma prova que não há mais espaço para volantes que só sabem defender. 

E você?
Como escalaria a seleção com os 23 jogadores disponíveis?

Grande abraço,
Arthur Guedes.