quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

"Mengão rumo a Tóquio!"


Que levante a mão o flamenguista que não se empolgou com essa belíssima vitória sobre o Vasco e não disse: " Agora é mengão rumo a Tóquio!" E tinha como não dizer? Pegou o único "grande" 100% na competição, meteu 4 e esbanjou um bom futebol. O Flamengo embala duas vitórias seguidas para dar um basta as críticas.

Teoricamente o Vasco entraria na partida melhor, pois era o time 100%, ou seja, o time à ser batido. Teoricamente! Quando se trata de clássico fica difícil falar em favorito, e principalmente um clássico entre Vasco e Flamengo. Mas, pelo ritmo que vinha o Vasco, com um time montado, mesmo com a ausência de Carlos Alberto, um dos destaques do time, não tinha como negar: O Vasco era o favorito. Mas, clássico é isso, como sempre queimando as línguas e dando uma bofetada na cara dos que tentam prever pela lógica.

Como disse, o Vasco tinha apenas a ausência de Carlos Alberto. Se é que dá para dizermos "apenas", pois vinha sendo destaque. Já no Flamengo, havia apenas a dúvida entre Cleber Santana e Ibson. Mas, a noite estava tão inspirada para o Flamengo, que os dois decidiram. O Flamengo veio com Ibson à campo, e ele mostrou que pode apresentar um futebol muito melhor do que vem apresentando. Bons toques, posicionamento e,principalmente, entrega na marcação. Ibson encantou no primeiro tempo, dando a boníssima enfiada de bola para no fim sair o gol do Hernane, outro iluminado. Iluminado sim, pois vem mostrando que cada vez mais merece ser o 9 do Flamengo. E depois, num contra-ataque iniciado pelo Ibson, troca de passes envolventes do Flamengo, até o gol de peito do garoto Nixon. Até então, pelos eufóricos flamenguistas, um banho de futebol do "Flabarça".

Mas, eis que aparece novamente na partida o Gigante da Colina! Sim, aquele que se escondeu até agora. E num lance que era mais perigoso para a zaga flamenguista, a bola alçada na área, o jogador que todos fazem o velho trocadilho: Quem? Pedro Ken, de cabeça traz o Vasco de volta à partida! A partir do gol, parecia mesmo que aquele da Colina voltou à se agigantar, e o Vasco juntamente com a sua torcida pressionou o Flamengo, e criou inúmeras chances de gol, que por falta de destreza( diria eu, técnica) não conseguiu concretizar em gols. Viraria o primeiro tempo o time que menos apostaram, mas o que mais encantou.

Segunda etapa, e lembra daquele que ficou de fora mais que eu disse que brilharia? Sim, Cléber Santana entrou, e num lance magistral, lembrando o seu bom futebol, acertou um CHUTAÇO de trivela de primeira na gaveta. Sim, esse lance merecia diversos adjetivos. Essa indefensável para qualquer goleiro, muito mais para o Alessandro, que não entrou bem na partida. Bolas fácies ele jogava pra escanteio bizarramente.Mas, os gols não foram culpa sua.

Substituições pintaram em ambas as equipes, mas nada para mudar o ritmo da partida. O Vasco, continuava, criando e muito, mas por falta de sorte,destreza ou técnica não marcava. Já para o Flamengo, faltava ainda alguém brilhar, na verdade um garoto: Rafinha. E eis que surge ele, numa velocidade impressionante, André Ribeiro que o diga, levou da intermediária até à área e de lá, vocês já sabem aonde a bola foi parar. No fundo das redes. Flamengo inapelável 4 x 1 Vasco.

Mas, se há justiça para o gol do garoto, Rafinha, há também para o meia Dakson do Vasco. Meia tímido mas, que num chute improvável, acertou o ângulo de Felipe. Se do Cléber Santana foi indefensável, o que dizer deste? Vasco de volta à partida? Não, não há mais tempo. Na sua melhor partida, o Flamengo vence e embala, a si mesmo e aos torcedores, que de desconfiados passaram para confiantes!

Belíssima vitória e espetáculo, que mesmo com o ingresso à R$60, para quem deu valeu e muito. E esse jogo sim, honrou o clássico Flamengo e Vasco!