quinta-feira, 25 de julho de 2013

É o Galo mais doido deste mundo!

Foto: Marcus Desimoni/UOL
Quem acompanhou o blog nas últimas semanas saberá que eu chamei este Atlético de Galo mais doido deste mundo. E por que eu não mudei o nome? Porque eles me confirmaram novamente que é o Galo mais doido deste mundo mesmo. Antes de tudo, os meus sinceros parabéns, Clube Atlético Mineiro!

Eu falo do Atlético com um sentimento a mais que muitos outros cariocas. O Atlético me ganhou nessa Libertadores. Mas não por ser "modinha". Eu vibrei com cada gol. Com cada defesa do Victor. E nesta final, vocês ainda ganharam mais dois outros torcedores: meu avô e meu tio. Um botafoguense e o outro tricolor. No fim, ver o meu avô emocionado com o título do Atlético foi algo único. Sabe por quê? Ele deixou de assistir o seu clube jogar para ver e se emocionar com o Atlético. 

Meus camaradas, sinceramente, eu não sei explicar como, mas eles viraram Atlético nesta final. Ambos reclamavam com erros bobos, vibravam com os acertos e ficaram tão aflitos quanto vocês quando virou a primeira etapa 0 a 0. 

Eu, como escrevi nas redes sociais, não irei negar que desanimei/desacreditei um bocado quando terminou o primeiro tempo. Me perdoe por duvidar da loucura deste Atlético. Mas o Atlético não jogava bem e eu não estava vendo aquele espírito de antes. Talvez para que fosse histórico. Talvez para que fosse uma conquista ímpar. Mas, deixemos de talvez. Foi exatamente para isto. A conquista tinha que vir no estilo Atlético: sofrida, intensa e, por fim, histórica.

Naquele segundo tempo nós vimos o verdadeiro Clube Atlético Mineiro. Aquele que pressiona, se impõe e faz o gol logo de início. O Jô fez eu, você e todos os outros atleticanos (seja torcedor ou admirador como eu) voltarmos a acreditar neste Galo, que é forte e vingador.

Naquele momento aqueles 70 mil, que apoiaram o clube desde o início, explodiram de vez e fizeram uma festa inacreditável. Essa festa me fez lembrar a festa da torcida brasileira na final da Copa das Confederações. Na verdade, era bastante parecido. A torcida brasileira estava com o Galo, assim como estavam com o Brasil. Com exceção, claro, de alguns "anti-Brasil". O Olímpia cairia de quatro assim como a Espanha. O destino era perfeito, mas ninguém cravaria. Ninguém que não conhecesse o Atlético, é claro.

Mas em meio a toda pressão do Atlético, quem não congelou quando Ferreyra limpou o Victor e ficou com o gol aberto para fazer e "acabar" com o sonho atleticano? Mas lembra a velha justiça, que por diversas vezes cisma de tardar? Ontem ela estava com o Atlético. Pode falar o que quiser, mas aquele escorregão do Ferreyra com o gol escancarado foi ocasionado por Deus, meu camarada. Naquele momento eu gritei: "O Atlético é o campeão da Libertadores!". 

Eu podia estar precipitado, assim como muito falaram para mim. Mas foi o sentimento que saiu inconscientemente. Sabe aquela certeza de título que você teve após o Victor defender o pênalti contra o Tijuana? Então, é a mesma certeza!

Nós por aqui gritamos com cada bola na trave. Ora com Réver, ora com Leonardo Silva. E por falar em Leonardo Silva, ele foi um gigante também. Como zagueiro, mas principalmente como atacante. O seu gol no fim foi incrível. A arquibancada explodiu de vez. O Brasil explodiu junto com você, Atleticano. 

Na arquibancada um certo senhor me marcou. Ele era "filmado" constantemente. Mas a imagem era a mesma: sempre aos prantos. Seja por já ter passado por inúmeras dificuldades, e hoje está finalmente colhendo os bons frutos, ou seja por apenas estar vendo o seu atlético jogar e emocioná-lo novamente. Talvez ele próprio não saiba o porquê do choro. Talvez fosse apenas uma loucura dele. Ah, mas essa loucura não tem cura, meu camarada!

A prorrogação poderia não ter existido, afinal o Atlético queria mesmo é ser campeão historicamente. E tinha que ser nos pênaltis. Tinha que ser batida por batida. Afinal, é ou não o Galo mais doido deste mundo?

E foi. O São Victor novamente foi herói. Talvez tenha adiantado um bocado, mas não foi por livre e espontânea vontade. Ele foi empurrado por toda a massa atleticana e brasileira. Entretanto, a superioridade do Atlético foi novamente fator decisivo. O melhor tinha que vencer. E venceu. O Gênio, que não foi bem, nem precisou bater o último.

O clube Atlético Mineiro,de forma heroica e única, é o novo campeão da Libertadores! O Cuca, que sempre foi tão injustiçado, é o novo campeão da Libertadores. O Ronaldinho, tão escorraçado, é o novo campeão da Libertadores. O Kalil, presidente que tem mais amor ao clube, é o novo campeão da Libertadores. O Galo mais doido deste mundo é o novo campeão! Parabéns, Atlético!

Ah, Marrocos irá ficar pequena para a massa!

Grande abraço,

Arthur Guedes.