quinta-feira, 18 de abril de 2013

Dedé: mais que um zagueiro, um ídolo!


Dedé! Mito! Dedéckenbauer! Todos esses apelidos criados pela torcida, tentam representar e repassar toda a alegria que Anderson Vital da Silva os deu. Um zagueiro completo, tanto de personalidade quanto de futebol, que venceu todo e qualquer drible na sua simplicidade característica. E assim conquistou não somente os vascaínos, mas inclusive os rivais.

Dedé chegara ao Vasco em 2009, e foi mero coadjuvante na conquista da série B após receber pouquíssimas chances. E quem diria que em 4 anos tornar-se-ia o ídolo que é hoje? Ele! Ele diria e disse. Qual torcedor vascaíno não se lembra da atuação do Dedé contra o Vitória pelas quartas-de-finais da Copa do Brasil de 2010? E se bem se lembra, se não fosse essa partida, Dedé seria dispensado, pois estava à 1 mês do término de seu contrato. Mas parecia que era a vez do Vasco revelar um super craque. Parecia que era a vez do Dedé começar a encantar essa torcida. Ali nascera Dedé, o mito cruzmaltino!

Dedé, de atuações magníficas, desarmes estrondosos e ao mesmo tempo simples.Dedé, de gols inesperados e de artilheiro, de queda de produção e volta por cima. Dedé de... Dedé! 

Assim como muitos, foi ao céu com excelentes atuações, mas ao inferno após lesões e queda de produção. Dedé ganhou diversos títulos individuais, como o melhor zagueiro do campeonato Brasileiro em 2010, mas isso realmente não era o que mais importava ao mito. Dedé foi sondado por diversos clubes europeus. Dinheiro e mais dinheiro foi oferecido, mas não era isso o que mais importava ao mito. Dedé queria mesmo é dar alegria ao torcedor, com cada desarme, cada carrinho na bola, cada gol que fizera e tirava. O torcedor, por sua vez, queria mesmo é poder gritar toda partida: "Dedé!"

Mas a passagem do Dedé não foi apenas de louros. Dedé sofreu e muito. Quem não lembra da lesão de Dedé que parecera uma eternidade? Quem não contava os dias para ver o mito de volta aos gramados? Quem?

Com a sua volta vieram as atuações não tão vangloriadas como as de antes. O mito começara a ser questionado. Questionado pelos rivais, claro. Seu torcedor sempre o apoiou e confiou no seu futebol. E foi nisso em que Dedé se apoiou para dar a volta por cima, e isso ele agradece até então. Dedé nunca deixou de ser Dedé, enquanto detinha por trás de si mesmo, a torcida vascaína.

Foi pelo Vasco e nele, que ele deixou de ser Anderson para ser Dedé/mito/Dedéckenbauer. Foi no Vasco que Dedé chegou a Seleção Brasileira. Foi no Vasco que ele conquistou a todos!

O Dedé, mesmo recebendo inúmeras propostas, sendo convocado e estando na mídia, nunca deixou de ser o simples, Dedé. Aquele que enfrentara craques europeus com raça em partidas pela seleção, enfrentara atacantes nada craques no estadual. E se doou sempre pelo Vasco da Gama, e isso -pode ter certeza- que o torcedor vascaíno nunca se esquecerá!

Qual cruzmaltino não ficava tranquilo ao ver o Dedé jogando? Qual torcedor cruzmaltino não tinha certeza de que Dedé iria desarmar? Qual torcedor cruzmaltino não pulava com o Dedé em cada bola?

Simples, Dedé! Rapaz de 1,93m de altura, mas com 3 metros de futebol! Dedé diante ao adversário parecera ter 6,8, quiçá 10 pernas. Ah, Dedé...

Dedé se vai, mas seu legado ficou. Cada desarme, cada rosto alegre por sua conta, cada grito! Isso tudo fica, e pode ter certeza que ficará guardado até a sua certa volta. Porque você, Dedé, entrou para história! Por esse seu jeito simples, atabalhoado as vezes, mas sempre correto! Torcedor, hoje, dá tchau à Dedé, mas Anderson Vital da Silva, fica. Ah, mas para sempre! 




PS: Essa é uma mera homenagem do blogueiro para o zagueiro que eu tanto admirei e admiro. Quero ver mais Dedés por aí! 

Forte abraço,

Arthur Guedes.