sábado, 15 de junho de 2013

Vitória que dá confiança. Mas ainda falta...

Foto: André Penner/ Ap
É inegável que estrear numa competição em casa vencendo por 3 a 0 é muito bom e dá uma enorme moral. Creio, que melhor do que isso, só se fosse contra a Argentina. Mas temos de manter os pés no chão, afinal não vimos nenhuma atuação brilhante, muito pelo contrário. Foram notórios os diversos pontos em que a seleção ainda peca. Mas fica tranquilo, que prometo não ser ranzinza.

O gol do Neymar foi tão rápido quanto o aumento dos preços por aqui (ops). A partida mal começara e numa dominada ( na sorte, creio eu) do Fred, Neymar mandou o balaço e chutou para fora do lindo Mané Garrincha toda a zica de ficar 8 partida sem marcar. Números, na minha opinião, inúteis. Mas eles existem e os "sabichões" adoram usá-los.

Rapaz, por mais que o gol do Neymar tenha sido bonito e já começara a empolgar-nos desde o início, ele não foi mais bacana do que ver a cara de bunda que a nossa excelentíssima presidenta, Dilma Rousself fez após ser extremamente vaiada à frente de todos. Meus parabéns aos envolvidos, afinal este sim pode ser chamado e tratado como protesto. Quiçá o melhor deles.

Por mais que seja bacana falarmos ainda mais dessas vaias, vamos ao que interessa. Após o gol relâmpago do Brasil, a explosão que vinha das arquibancadas só aumentou e o Brasil foi na empolgação. Mas ela durou apenas um pouco, afinal a seleção começou a tocar a bola defensivamente. É inegável que nós tivemos a maior posse de bola na partida, mas tocando antes do meio campo ela vale de algo? Sim, é bem verdade que o Japão fazia uma marcação bem avançada, mas me parecia que os jogadores ainda estavam meio receosos. Seja por nervosismo ou não. Mas é bem verdade também, que este nervosismo não deveria existir afinal a seleção não é composta apenas por garotos inexperientes.

Além da forte marcação japonesa e/ou possível nervosismo, o pessoal da meiuca, Paulinho e Oscar, pouco apareceram no primeiro tempo. Principalmente o Oscar, que era o nosso articulador. Notou a falta de um? Sim, o Luiz Gustavo mais fazia um papel de terceiro zagueiro do que primeiro volante. Errado? Não. Foi uma alternativa do Felipão, que a meu ver foi boa. O Luiz Gustavo jogava entre o David Luiz e Thiago Silva, resultando assim nas constantes subidas dos laterais que foram alas, Daniel Alves e Marcelo. E se ainda continuarmos nesse papo tático, era perceptível que a seleção com a posse de bola, aplicando essa movimentação que citei, jogava no 3-4-3. Portanto, bola dentro do Felipão, afinal tanto o Daniel quanto o Marcelo são bastante ofensivos e consequentemente tornam-se ótimas alternativas ofensivas.

Vale destacar as constantes movimentações do Hulk, que é bastante criticado por muitos, inclusive eu, por ser titular. Ele foi o cara que mais buscou o jogo, mas pecava no último toque com a mesma constância que procurava o jogo. Uma pena.

E foi nesse ritmo, de posse de bola inútil brasileira e tentativas ofensivas fracassadas dos japoneses, que passamos do primeiro para o segundo tempo.

Na segunda etapa o Brasil voltou um pouco mais acordado. E logo no início novamente marcou o gol. Desta vez com o volante artilheiro, Paulinho. Com cobertura para subir, o Daniel Alves foi à frente e cruzou para o volante do Corinthians dominar e marcar. Mais uma explosão no Mané Garrincha, que possivelmente deve tê-lo feito revirar-se no túmulo.

Mas a seleção teve um replay. Fez o gol também aos 3 minutos e parou de jogar, igualmente como aconteceu no primeiro tempo. Tivemos a mesma posse de bola chata que se limitava a ficar antes do meio campo e o relógio corria. Fred teve poucas oportunidades novamente.

Entraram Lucas, Hernanes e Jô. O último foi feliz e marcou o gol para fechar o caixão e pedir a conta, após belíssima jogada do então articulador, Oscar.

A conta foi fechada, o grupo está fechado, é um início animador e nós queremos mais. Queremos ver a seleção atropelando e vencendo. Ainda não está a maravilha que queremos ver, mas é um início que promete.

Um grande abraço,

Arthur Guedes.