domingo, 13 de março de 2016

O primeiro Levir Culpi x Ricardo Gomes


Neste domingo, logo mais, Fluminense e Botafogo estreiam pela Taça Guanabara disputando um clássico que será marcado por ser a primeira vez que Levir Culpi e Ricardo Gomes se enfrentam no futebol.

Como jogadores, foram zagueiros. Hoje, como treinadores, terão que usar suas peças para atacar e, com isso, conquistar os três pontos importantíssimos, já que o clube que tiver a maior regularidade, ou seja, terminar em primeiro colocado no grupo, conquistará o título. A ligação entre Levir e Ricardo vão além deste clássico e de terem jogado na mesma posição quando jogadores. 

O ex-treinador do Atlético-MG, que passou por quatro oportunidades no clube mineiro, já teve passagem pelo Botafogo nas temporadas 2003-04. Na época, Levir conquistou o vice-campeonato da Série B do Campeonato Brasileiro, ficando atrás apenas do Palmeiras, campeão daquele ano. Ao todo, Levir comandou o alvinegro carioca em 67 partidas, com 31 vitórias, 17 empates e 19 derrotas.

Por outro lado, Ricardo Gomes é um dos nove treinadores do Mundo que já tiveram a oportunidade de comandar os quatro grandes clubes do Rio de Janeiro. Passou pelo Flamengo e Fluminense na temporada 2004, o Vasco da Gama em 2011 e, agora, pelo Botafogo em 2015-16. Os números atuais do Ricardo Gomes pelo alvinegro são bons: 31 jogos (20 vitórias – 5 empates – 6 derrotas).

Fazendo essa inversão com o Levir Culpi, o Ricardo Gomes também já esteve nas Laranjeiras, mas acabou tendo uma passagem bastante razoável: em 33 partidas, foram 12 vitórias, 11 empates e 10 derrotas. Gomes, na época, havia assumido o cargo após a demissão de Valdir Espinosa, no dia 05 de março de 2004. Mas após empatar em 1 a 1 com o Paysandu pelo Campeonato Brasileiro, acabou sofrendo do mesmo mal que seu antecessor e foi demitido do cargo. 

Levir Culpi e Ricardo Gomes, embora tenham tantas ligações, nunca se enfrentaram. Neste domingo, no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, terão essa oportunidade de terem mais uma ligação. 

O invicto Botafogo deve vir à campo com: Jefferson; Luis Ricardo, Carli, Emerson (Renan Fonseca) e Diogo Barbosa; Airton, Bruno Silva, Rodrigo Lindoso e Gegê; Salgueiro e Ribamar.

Já o Fluminense, comandado por Levir, deve vir com: Diego Cavalieri, Wellington Silva, Renato Chaves, Marlon e Giovanni; Edson, Cícero; Marcos Junior, Diego Souza e Gustavo Scarpa; Osvaldo. 

O domingo, desde o início, fora sido marcado pelas diversas manifestações pelo país contra o governo Dilma (PT). Mas, à tarde, o que vai marcar, de fato, é o embate entre Levir e Ricardo Gomes.

quinta-feira, 10 de março de 2016

Após derrota, Marcelo Oliveira é demitido e se despede por carta

Marcelo Oliveira deixa o comando do verdão após oito meses de trabalho
Após a derrota por 2 a 1 diante do Nacional-URU pela Copa Bridgestone Libertadores, o técnico Marcelo Oliveira não resistiu à pressão e acabou sendo demitido do cargo. Embora o Alexandre Mattos, diretor de futebol do clube, negar, Cuca segue sendo o principal nome para suceder o Marcelo Oliveira.

Diferentemente da saída do Oswaldo de Oliveira no verdão, Marcelo Oliveira não teve, sequer, uma entrevista coletiva para se despedir do cargo. Com isso, através da sua assessoria de imprensa, decidiu fazer uma carta de despedida. Confira na íntegra:

"Geralmente, quando um treinador deixa um clube, publicar uma nota de despedida é quase um padrão, mesmo que não esteja sendo sincero naquele momento. Porém, quero aqui enfatizar que as palavras que direi agora são sem hipocrisia alguma.

Realmente, gostaria de deixar meu muito obrigado a toda a diretoria da Sociedade Esportiva Palmeiras, desde o Paulo Nobre e o Alexandre Mattos até os demais integrantes da direção. Eles estiveram ao lado da comissão técnica do início ao fim da minha passagem, tanto nos bons quanto nos maus momentos, mesmo que isso muitas vezes não tenha sido percebido pelos olhos da imprensa. Na verdade, esse fato demonstra que nem tudo de bom que acontece em um trabalho chega aos holofotes, tampouco tem a necessidade de ser exposto. 

Quero expressar também minha gratidão aos funcionários do clube, pessoas competentes e dedicadas, que sempre tiveram atenção, carinho e respeito conosco, na fase de críticas ou na de glórias; ao grupo de jogadores, que sempre se doou ao máximo, independentemente de certos rumores externos que ocorreram, sobretudo preservando o bom ambiente ao longo desses mais de oito meses. De fato, foram muitas as dificuldades enfrentadas, mas conquistamos um título de expressão para o clube quando ninguém acreditava que seria possível. Conseguimos porque a consciência de que tínhamos uma responsabilidade compartilhada em cada partida falou mais alto, e a individualidade foi deixada de lado em benefício do mérito coletivo nos triunfos, sempre com o pensamento de que todos devem reagir depois dos tropeços. 

Já havia alguns anos que um título não era conquistado pelo Palmeiras, e a pressão por campanhas vitoriosas era nítida, assim como acontece em qualquer outra agremiação da grandeza deste clube. Justamente por isso, a Copa do Brasil me traz um alento muito grande, pois, como disse em algumas ocasiões, no futebol não se conquista nada em sorteio de loteria, então, uma parte dos nossos objetivos foi alcançada. Além disso, não teríamos tido êxito algum, especialmente no caso de um torneio mata-mata, caso o plantel não tivesse unido forças com a comissão técnica, com a diretoria e com a torcida em prol do mesmo objetivo.

Por isso, sem dúvida, saio com uma enorme satisfação por ter feito parte de um momento especial da história do Palmeiras. Todavia, deixo o clube com o sonho interrompido. Assim como era meu pensamento em outros trabalhos, prezo sempre por cumprir o contrato até o fim. Além disso, ser campeão da Libertadores é também um desejo meu e compartilhava desse sentimento com cada palmeirense que conversei. Quero deixar um recado muito honesto a essa torcida fanática e gigante: ficarei na torcida para que vocês possam celebrar a conquista da América, ainda este ano, com o novo comandante. Na maioria maciça dos nossos jogos no Allianz Parque, o apoio vindo das arquibancadas foi notório e incondicional, mesmo em momentos complicados do jogo. Esse incentivo nos fez ter vitórias épicas dentro de casa nos últimos meses. Dessa forma, sei que a equipe jamais caminhará sozinha e se manterá viva com possibilidades de seguir adiante e realizar o sonho de uma nova Libertadores.
 
Meus mais sinceros agradecimentos,

Marcelo Oliveira"

Contratado pelo clube alviverde em junho do ano passado, Marcelo Oliveira encerra a passagem com 53 jogos no currículo. Foram 24 vitórias, 11 empates e 18 derrotas no comando da equipe de Palestra Itália, números que tornaram o trabalho do treinador questionável, apesar da Copa do Brasil conquistada no fim de 2015.

Em um rápido comparativo, Oswaldo de Oliveira teve 60% de aproveitamento, resultado melhor do que o de Marcelo. Ambos foram demitidos. 

quinta-feira, 3 de março de 2016

A lista de Dunga

Neymar permanece sendo o nome de maior peso da Seleção Brasileira
Dunga convocou as suas 23 peças para disputar as duas próximas partidas pela Eliminatória para a Copa do Mundo de 2018, contra o Uruguai e Paraguai. A lista é formada por:

Goleiros: Alisson, Marcelo Grohe e Diego Alves;
Laterais: Danilo, Daniel Alves, Filipe Luis e Alex Sandro;
Zagueiros: David Luiz, Marquinhos, Miranda e Gil;
Volantes: Luiz Gustavo e Fernandinho;
Meias: Phillipe Coutinho, Kaká, Lucas Lima, Renato Augusto, Oscar, Willian e Douglas Costa;
Atacantes: Neymar, Hulk e Ricardo Oliveira;

Alguns bons nomes, outros não deveriam estar mais presentes e, por fim, nomes que não foram lembrados, mas que deveriam ser convocados. Vamos por parte. 

Na meta da Seleção Brasileira podemos perceber as ausências de Cássio e Jefferson, nomes testados anteriormente. Não tenho nada contra os três nomes chamados por Dunga hoje, caso de Alisson, Marcelo Grohe e Diego Alves. São bons nomes. Mas não formam o trio ideal. Alisson tem um potencial enorme a ser explorado. O goleiro do Grêmio, Grohe, vive talvez o seu auge. E Diego Alves vai voltando a sua boa forma. Mas Jefferson vem sendo o melhor goleiro do país há um bom tempo, mesmo quando atuou na Série B. Foi culpado por erros em conjunto. Dunga foi injusto. E mostra que justiça nunca foi seu forte. 

Outro que sofre com injustiças do ex-volante do Internacional é o Thiago Silva. Não dá para aceitar que um dos melhores zagueiros do Mundo – fato constatado pela FIFA, ao estar presente na Seleção do ano da FIFA – esteja fora da Seleção. O que aconteceu em 2014, o tal 7 x 1, precisa ficar lá. Não pode haver birra ainda por alguns atletas que viveram aquilo. 

Nas laterais, só faço uma menção ao Marcelo, do Real Madrid. Dunga explicou que ele passa por constantes lesões e, no momento, está tratando uma. Nesse momento, de fato, é compreensível a sua ausência. Apesar de não ter muito comprometimento defensivo, Marcelo ainda é o melhor nome que temos para a posição.

Na “volância”, Luiz Gustavo foi acertadamente convocado. Mas Fernandinho não tem mais espaço. Não merece. Se Dunga quer testar, que teste nessa posição. Temos bons nomes, como o Allan, do Napoli-ITA, que faz boa temporada juntamente com a equipe italiana que briga nas cabeças pelo título. 

Dunga acertou ao convocar os meias Lucas Lima, Renato Augusto e Willian. O santista é o principal nome de esperança que temos para 2018 no setor. O ex-corintiano merece pela temporada passada. E o jogador do Chelsea vive grande momento nos blues. As presenças de Kaká e Oscar são bastante contestáveis. O meia do Orlando City, aos 33 anos, serve apenas como referência para os nomes mais novos. Não está jogando em alto nível há algum tempo. Já Oscar, desde a temporada passada, não vem correspondendo tamanha paciência e confiança de Dunga. Já era para ter perdido essa vaga, por exemplo, para o Lucas, do PSG. Outro nome que poderia ganhar o espaço de Kaká é Nenê, do Vasco da Gama. Que desde o ano passado vem ‘gastando a bola’. 

No ataque não tem muito a ser feito. Neymar é nome certo, único titular absoluto. Hulk tem seus momentos, mas não me convence há algum tempo. Ricardo Oliveira, apesar da idade avançada, ainda é o melhor centroavante que temos. Fred poderia voltar a ser pensado novamente, vide as aparições do camisa 9 do Santos. É uma boa discussão. Um nome que poderia aparecer é o de Jonas, do Benfica, que vive, desde a temporada passada, uma fase muito boa. Somando as temporadas 2014/15 e 2015/16, o ex-atacante do Grêmio soma 59 gols em 69 partidas. Será que está bom?

Portanto, a minha convocação seria:

Goleiros: Jefferson, Marcelo Grohe e Alisson;
Laterais: Danilo, Daniel Alves, Filipe Luis e Alex Sandro (Marcelo*);
Zagueiros: Thiago Silva, Miranda, David Luiz e Marquinhos;
Volantes: Luiz Gustavo e Allan;
Meias: Philippe Coutinho, Willian, Renato Augusto, Lucas Lima, Douglas Costa e Nenê;
Atacantes: Lucas, Neymar, Jonas e Ricardo Oliveira

*Sem lesão, Marcelo seria convocado.