quinta-feira, 27 de junho de 2013

E que venha a fúria!

Foto:AFP/Reuters
E que venha a fúria. A fúria das nossas arquibancadas, que reinou em todas as partidas da Copa das Confederações. Ora torcíamos pelo Taiti. Ora pela Itália. Mas, meu caro, pode ter a certeza, que a torcida mais genuína e verdadeira será domingo para o nosso Brasil.

A Espanha passou pela Itália num jogo em que não podemos dizer que o desfecho foi injusto. A partida foi bastante equilibrada e ambos tiveram o seu clímax na partida.

A Itália, sem sombra de dúvidas, surpreendeu todos com a sua postura. Defendeu-se bastante, afinal é sua maior característica. Mas quando deteve a bola, mostrava algo que a Espanha não conseguia demonstrar: a objetividade ofensiva.

Giaccherini pela esquerda e a dupla, Candreva e Maggio, pela direita, eram as maiores armas ofensivas italianas. E por isso, a Itália recorreu bastante aos cruzamentos. Foram desperdiçados na maior parte deles.

Por parte espanhola, o velho e conhecido 'tick-tack' continuara à reinar, mas o último passe não saía, afinal a defesa e marcação italiana estava quase impecável. Os articuladores, Xavi e Iniesta, pouco apareceram por conta disso.

Quando a Itália partia rumo ao ataque, quem aparecia era o competente, Casillas. Aliás, como defendeu!

Na segunda etapa o 0 a 0 continuou. Mas tinha uma diferença: o jogo me pareceu mais chato. Os times estavam conseguindo criar menos, principalmente a Itália. Mas com o passar do tempo, ambos foram se soltando. E nesse tempo a Espanha foi superior. Apesar de a Itália ter colocado uma bola na trave com Giaccherini.

Nos últimos minutos a Espanha deu um calor para tentar evitar a prorrogação, mas esta aconteceu. Haveria mais 30 minutos.

Até por conta do cansaço, a prorrogação foi mais lenta que o esperado. Parecia aquela última pelada, em que seu sobrinho de 10 anos faz jogadas de Messi nos mais velhos. Então, os que ainda estavam com o "sangue novo", Navas, Martínez e Mata, pela Espanha e Giovinco, Aquilani pela Itália eram os "sobrinhos" do "churrasco". Para eles não tinham bolas perdidas. Mas só para eles.

Enquanto isso, os outros se arrastavam até o fim da prorrogação.

Nos pênaltis deu Espanha, após o zagueiro, Bonucci isolar a sua cobrança e a classificação da Itália.

Veremos a final que queríamos. E não torça seu nariz, pois eu sei que você queria ver essa final. Não seja hipócrita. O Maracanã irá tremer. A Espanha irá tremer. Sabe o motivo? Porque nós temos um jogador a mais, meu caro. Vamos, Brasil!

Forte abraço,

Arthur Guedes.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Isso aqui é Brasil, meu camarada!

Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Respeita, meu camarada. Respeita, pois aqui são cinco títulos mundiais. Respeita, pois aqui é a nossa casa e você é um mero convidado. Respeita, porque aqui é Brasil!

Vai com calma, amigo. Tira o chinelo. Senta na cadeira e esqueça a poltrona e o controle da tevê. Geladeira? Nem pensar! Meu amigo, isso aqui é a minha casa, portanto, vá com calma!

Sim, a atuação do Uruguai fora de campo, falando as asneiras que falaram foram dignas de um cuspe no gramado. Não serei ingênuo em dizer que não esperava isso deles. Ainda mais do Lugano. Isso é rivalidade. É bom. Movimenta os ânimos e a partida. Mas, Lugano e Cia., não sei se lhes contaram, mas futebol não se vence com palavras. O que dirá das suas sujas.

Futebol se vence jogando bola. Por vezes, mesmo não indo bem, mas se entregando, se vence. Por vezes aquele 12° jogador se torna decisivo na vitória. E durante toda essa competição, esse 12° jogador foi decisivo. Talvez esteja sendo nosso maior craque. Aquele que defende, cadência, explode e ataca. Um tremendo jogador completo. O nome dele, meu caro? Torcedor!

Sim, aquele que lhe assustou do início ao fim, Uruguai. Aquele que sorriu quando você entristeceu. Aquele que desconcentrou o Forlán na hora do pênalti e deu força ao Júlio Cesar. É esse, meu caro.


Mas, calma. Não serei hipócrita em dizer que o Brasil jogou bem, ou até mesmo, que foi a melhor partida até então. A partida foi boa por todo o enredo. Mas o Brasil não. Esteve bastante afoito e a bola mais parecera estar pegando fogo nos pés dos brasileiros.

A equipe, por ter bastantes jovens, perde bastante naquela cadência. Falta um cara para pegar a bola e dizer: calma! Sim, eu sei em quem você pensou nesse momento, mas ele precisa querer jogar sempre, e não quando quer.

O meia, Oscar, mais uma vez não foi bem. Não conseguiu chamar a responsa e ditar o ritmo da partida. Esteve bastante escondido entre a forte marcação celeste. Marcação boa e bastante compacta, diga-se de passagem.

Outro que não vem convencendo é o Hulk. Este, por mim, seria um bom reserva do Lucas. E não ao contrário, caro Felipão. Mais uma vez foi presa fácil para a marcação e apenas destacou-se em uma cobrança de falta. Repito: Lucas tem muito mais recursos.

Agora, com o maior respeito possível, gostaria de ouvir aqueles que tanto judiaram e disseram asneiras em relação ao melhor centro-avante que temos e da competição, Fred. Rapaz, o 'cara' ficou duas partida sem marcar, pois não recebeu chances de marcar. A bola não chegava. E quando chegava alguém tentava a jogada individual. O 'cara' é decisivo. O mais decisivo, a meu ver. Naquelas bolas rebotadas, como ocorreu contra a Itália, ele sempre está lá. É bola de centro-avante. Parabéns, Fred. Você merece e será o artilheiro da competição!

Em relação a defesa, gostaria apenas de ressaltar a bobeira que demos ao "dar" o gol para o Cavani. Complicamos a partida num lance bobo. Por mais técnico que seja o zagueiro, como é o caso dos nossos, lembre-se sempre: você é zagueiro. Chuta pro lado que o jogo é de campeonato, meu caro. Bobeiras que o Felipão não admite e que terão de ser corrigidas.

Mas a seleção está de parabéns pela superação. As coisas não estão belíssimas. A seleção está evoluindo e começa a ter uma cara. Méritos para o Felipão. Estou confiante no título. Não por considerar que somos a melhor equipe. Mas por termos sempre um jogador a mais que todos os outros. E que venha quem vier.

Um forte abraço,

Arthur Guedes.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Da rejeição ao sucesso. Parabéns, Lionel Messi!

Foto: Divulgação
Há 26 anos nascera aquele que nos encantaria até hoje. Aquele baixinho que desde os seus 4 anos de vida já encantava com a bola nos pés. Mas é também aquele que ao descobrir seu problema hormonal que atrapalha no seu crescimento ósseo acabara sendo rejeitado. Sim, aquilo tudo poderia nunca ter passado de um sonho. Talvez nem o maior deles esperasse uma volta por cima dessas. Mas aconteceu! E hoje ele é o melhor jogador do mundo. Parabéns, Lionel Messi!

Falar de Messi é falar de títulos, fama, excepcionais lances, passes e gols. Ele se tornou um inconfundível e indiscutível melhor do mundo. Sim. Mesmo contando com a constante sombra do também craque, Cristiano Ronaldo. Mas como um cara baixinho e um tanto franzino consegue/conseguiu tanta coisa? Meu amigo, porque o cara é fera!

Quisera Deus que os argentinos tivessem mais um gênio. Quisera Deus que ele passasse por desconfianças, para que no fim mostrasse à todos que era capaz. Quisera Deus que este fosse humilde. E é, pois nunca esqueceu por tudo que passou até, por fim, chegar aonde todos os jogadores cobiçam estar. Este é Messi: craque dentro e fora de campo.

Mas este texto não é para promovê-lo ou até mesmo fazer você, que não o considera melhor jogador do mundo, passar a considerar. Este texto é uma mera homenagem à este craque que encantou e nos encanta até hoje.

Agora, bem que Deus poderia ter feito uma forcinha para ele ter nascido no Brasil, não?

A infância do Messi foi como a de muitos outros tantos que sonham todos os dias com a mesma coisa: tornar-se jogador de futebol. Foi uma infância difícil, onde ele, Messi, sonhava em ser jogador e vivia com a bola nos pés, e seus pais não podiam "bancar" esse sonho. Porque eles não queriam? Não. Porque eles não tinham condições para tal.

Mas eu me esqueci de dizer que ele era predestinado? Pois bem. Mesmo sem os seus pais terem condições, os mesmos com esforços  conseguiram um "teste" no Barcelona onde, posteriormente, ele passaria. E daí para frente vocês o acompanharam tão bem quanto eu.

Messi ia encaixando-se em meio aos tantos craques catalães. Era o xodó de Ronaldinho Gaúcho. E seguiu, de fato, os passos do brasileiro. Desde que entrou nesse time, não saiu mais. Por quê? Porque seus gols, passes, dribles e genialidade em simples lances não deixaram.

O gênio argentino, aos 26 anos, já é comparado ao Maradona e Pelé. Comparações que, a meu ver, devem ser feitas apenas após seu término de carreira. Por agora, ele tem ainda muito à fazer e encantar.

Ele é o dono da camisa 10 do melhor (ou ex-melhor) clube do mundo. Ele é o camisa 10 da seleção argentina. Ele é Messi. Parabéns, Lionel Messi! Este foi apenas uma rápida lembrança à este craque, no qual nunca esqueceremos.



Um abraço, meu caro.

Arthur Guedes.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Lar, doce lar!

Foto: EFE
O povo estava distante, desacreditado, porém estava com uma pontinha de pólvora, na qual sempre torceu para que se acendesse novamente. Era um amor bandido. Viviam brigados, mas sempre torciam pela volta. Essa era a relação entre a seleção brasileira e seus torcedores.

A seleção brasileira não convencia há tempos. O torcedor, por sua vez, não se rendia até que uma boa atuação viesse. Entraram e saíram treinadores. A esperança do torcedor por uma boa atuação e, consequentemente, a reconciliação só aumentara. Mas essa história se arrastou até os tempos atuais. Ou melhor, se arrastou até hoje.

Mas quisera Deus que essa relação, que vivera entre tapas e beijos desde 2010, tivesse um fim em Pernambuco. E teve. Sabe aquela mínima atuação boa que a torcida sempre esperou para entregar-se aos braços do Brasil novamente? Sim. Ela veio. Sabe aquela vontade de defender a pátria tão amada? Sim. Ela estava com os jogadores. Amigos, o Brasil voltou!

Mas calma, meu caro. Eu não digo isso me referindo ao resultado, ou até mesmo às atuações. Não foi nada de incrível, tirando a bela pressão que demos durantes uns 25 minutos. Eu digo isso, pois vi onze jogadores lutando com unhas e dentes por cada bola. Eu vi naquele elenco o velho companheirismo que sempre reinara nessa seleção brasileira. Aliás, que sempre reinou nesse nosso país. Em cada roubada de bola víamos um aperto de mão, um abraço. Ali cada um cuidara do outro. E todos cuidavam da seleção.

Sim, isso era para ser uma coisa natural e nem tanto valorizada. Mas eu não via isso há tempos e estou extremamente contente por assistir à isso novamente.

Desde o início nós vencíamos a partida. Desde aquela versão do hino nacional cantada por toda aquela nação. Aliás, esta que é a melhor e mais completa versão do hino. Como foi lindo e emocionante ouvir todos aqueles que lutavam por um país melhor, cantar de peito aberto. Como foi lindo assistir os jogadores acompanharem. Isso é o Brasil! E eles estão lutando por nós!

E essa força vinda das arquibancadas, serviu de munição para os nossos "guerreiros" da pátria amada. Eles estavam jogando leves. E quando um craque joga leve, meu caro, complica para os adversários. Neymar, o guerreiro que vivia a mesma situação da seleção anteriormente quanto à torcida, acertou uma bomba de primeira e nos fez pular, chorar e sorrir novamente pela seleção canarinho.

Nós continuávamos na pressão, que inicialmente provinha das arquibancadas. A cada grito da torcida, víamos mais vontade nos jogadores. Mais parecera um sonho.

Mas o ritmo foi diminuindo aos poucos. Porém ainda sim mandávamos na partida. Durante todo o primeiro tempo o nosso articulador, Oscar, pouco apareceu. De certa forma, não sentimos tanto, afinal jogadores como Marcelo, Neymar e Hulk sobressaiam.

Na segunda etapa ainda mandávamos na partida, mas o ritmo se mantera o mesmo: lento. As jogadas apenas ganhavam velocidade quando caíam nos pés do Neymar.

Aos poucos o México ia crescendo na partida. Entre cruzamentos e escanteios, o México tentava o seu gol, para evitar uma possível eliminação precoce. Mas não deu. A zaga brasileira mais uma vez se mostrou forte, tendo como ápice o David Luiz. Este desarmou sangrando, com algodão no nariz ou, simplesmente, 100%. O David mais uma vez mostrou o porquê de ser a dupla do Thiago Silva.

No fim, nosso guerreiro, Neymar, nos deu mais uma amostra da sua genialidade. Passou com um drible espetacular por dois marcadores e cruzou para Jô, o artilheiro do segundo tempo, marcar e fechar a conta.

O Brasil não foi mágico. Ele está longe de ser perfeito. Mas, meu caro, ele reconquistou aqueles que estavam apenas à espera de uma simples amostra de amor pela pátria tão amada. E ele nos mostrou que está junto conosco nessa briga por um país melhor, e por um título da Copa das Confederações e Mundo. O Brasil voltou para nós. E nós voltamos para o Brasil.

Um abraço,

Arthur Guedes.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Manifestações: a culpa é da Copa?

Foto: Christophe Simon/AFP
Se você é brasileiro e tem acesso ao mínimo de informações possíveis, saberás que as manifestações estão tomando conta do país. Os motivos? Ah, seja pelo aumento da tarifa do transporte público, o constante desleixo com a saúde, educação e outros servições públicos. Bem, os motivos nós conhecemos de antemão. Mas eu percebo uma quantidade de pessoas bastante desgostosas com a Copa do Mundo. E será sobre isso que conversarei agora. A culpa disso tudo é da Copa?

É do conhecimento de todos que a Copa do Mundo é um evento que atrai a atenção de todos. Sendo assim, é claro que todos os holofotes estão direcionados a nós, realizadores desse evento. Mais claro ainda, é a baita oportunidade de aproveitar todos estes holofotes para demonstrar toda a nossa indignação referentes a todos esses problemas e, claro,  nos fazermos aparecer.

É indiscutível que o dinheiro gasto nestas "arenas" para serem palcos da Copa do Mundo são  superfaturados e exorbitantes. Este mesmo dinheiro exorbitante torna-se também desnecessário quando temos problemas "maiores" a serem resolvidos. É evidente que nós temos. É revoltante ver bastante dinheiro sendo gasto e roubado em elefantes brancos, quando temos saúde e educação para serem "investidas". Mas porque desgostar, banalizar ou até mesmo manchar a Copa do Mundo? Por que este "ódio"? A Copa do Mundo é realmente o maior culpado e o nosso algoz?

Os elefantes brancos sempre existiram em todos os países que sediaram a Copa do Mundo. E eles foram motivos para revoltas? Não. Sabe por que, meu caro? Porque lá não teve a ladroagem que está tendo aqui. Porque lá as coisas são sérias e as condições de vida, ao menos, é digna. Não serei hipócrita em dizer que as coisas "lá fora" são sempre melhores. Não. Não são. Lá também acontecem protestos. Talvez eles estejam um bocado "à frente" de nós. Talvez eles tenham "despertado" um bocado mais cedo. Bem, fato é que lá as coisas funcionam.

Agora, meu caro, o que eu gostaria de entender é o porquê de comprarmos uma briga com a Copa? Assim como eu gostaria de entender o porquê de comprarem uma guerra contra os policiais. Estes são apenas "paus-mandados" do poder que vigora "lá em cima". É com o pessoal engravatado que vigora, rouba e faz de tudo com o nosso dinheiro "lá em cima", que nós precisamos "comprar" essa briga. É com o poder, meu caro!

Se houve roubos, ladroagem e afins nessas "construções", a culpa não é da Copa, mas sim do poder. Aliás, como bem sabemos, esses roubos e ladroagens que aconteceram nessas "obras", acontecem em diversos meios. Estamos rodeados por isto, e é contra isto que estamos lutando. Não é contra a Copa, meu caro.

E por fim, gostaria que você refletisse. Realmente a culpa é da Copa?

Um abraço,

Arthur Guedes.

sábado, 15 de junho de 2013

Vitória que dá confiança. Mas ainda falta...

Foto: André Penner/ Ap
É inegável que estrear numa competição em casa vencendo por 3 a 0 é muito bom e dá uma enorme moral. Creio, que melhor do que isso, só se fosse contra a Argentina. Mas temos de manter os pés no chão, afinal não vimos nenhuma atuação brilhante, muito pelo contrário. Foram notórios os diversos pontos em que a seleção ainda peca. Mas fica tranquilo, que prometo não ser ranzinza.

O gol do Neymar foi tão rápido quanto o aumento dos preços por aqui (ops). A partida mal começara e numa dominada ( na sorte, creio eu) do Fred, Neymar mandou o balaço e chutou para fora do lindo Mané Garrincha toda a zica de ficar 8 partida sem marcar. Números, na minha opinião, inúteis. Mas eles existem e os "sabichões" adoram usá-los.

Rapaz, por mais que o gol do Neymar tenha sido bonito e já começara a empolgar-nos desde o início, ele não foi mais bacana do que ver a cara de bunda que a nossa excelentíssima presidenta, Dilma Rousself fez após ser extremamente vaiada à frente de todos. Meus parabéns aos envolvidos, afinal este sim pode ser chamado e tratado como protesto. Quiçá o melhor deles.

Por mais que seja bacana falarmos ainda mais dessas vaias, vamos ao que interessa. Após o gol relâmpago do Brasil, a explosão que vinha das arquibancadas só aumentou e o Brasil foi na empolgação. Mas ela durou apenas um pouco, afinal a seleção começou a tocar a bola defensivamente. É inegável que nós tivemos a maior posse de bola na partida, mas tocando antes do meio campo ela vale de algo? Sim, é bem verdade que o Japão fazia uma marcação bem avançada, mas me parecia que os jogadores ainda estavam meio receosos. Seja por nervosismo ou não. Mas é bem verdade também, que este nervosismo não deveria existir afinal a seleção não é composta apenas por garotos inexperientes.

Além da forte marcação japonesa e/ou possível nervosismo, o pessoal da meiuca, Paulinho e Oscar, pouco apareceram no primeiro tempo. Principalmente o Oscar, que era o nosso articulador. Notou a falta de um? Sim, o Luiz Gustavo mais fazia um papel de terceiro zagueiro do que primeiro volante. Errado? Não. Foi uma alternativa do Felipão, que a meu ver foi boa. O Luiz Gustavo jogava entre o David Luiz e Thiago Silva, resultando assim nas constantes subidas dos laterais que foram alas, Daniel Alves e Marcelo. E se ainda continuarmos nesse papo tático, era perceptível que a seleção com a posse de bola, aplicando essa movimentação que citei, jogava no 3-4-3. Portanto, bola dentro do Felipão, afinal tanto o Daniel quanto o Marcelo são bastante ofensivos e consequentemente tornam-se ótimas alternativas ofensivas.

Vale destacar as constantes movimentações do Hulk, que é bastante criticado por muitos, inclusive eu, por ser titular. Ele foi o cara que mais buscou o jogo, mas pecava no último toque com a mesma constância que procurava o jogo. Uma pena.

E foi nesse ritmo, de posse de bola inútil brasileira e tentativas ofensivas fracassadas dos japoneses, que passamos do primeiro para o segundo tempo.

Na segunda etapa o Brasil voltou um pouco mais acordado. E logo no início novamente marcou o gol. Desta vez com o volante artilheiro, Paulinho. Com cobertura para subir, o Daniel Alves foi à frente e cruzou para o volante do Corinthians dominar e marcar. Mais uma explosão no Mané Garrincha, que possivelmente deve tê-lo feito revirar-se no túmulo.

Mas a seleção teve um replay. Fez o gol também aos 3 minutos e parou de jogar, igualmente como aconteceu no primeiro tempo. Tivemos a mesma posse de bola chata que se limitava a ficar antes do meio campo e o relógio corria. Fred teve poucas oportunidades novamente.

Entraram Lucas, Hernanes e Jô. O último foi feliz e marcou o gol para fechar o caixão e pedir a conta, após belíssima jogada do então articulador, Oscar.

A conta foi fechada, o grupo está fechado, é um início animador e nós queremos mais. Queremos ver a seleção atropelando e vencendo. Ainda não está a maravilha que queremos ver, mas é um início que promete.

Um grande abraço,

Arthur Guedes.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

O que realmente esperar?

Foto: Alexandre Durão / Globoesporte.com
É, meu caro. A Copa das Confederações irá começar. Mas até ai todos sabemos, nada de novidades. Apenas uma pergunta: o que realmente esperar dessa Copa das Confederações? Estádios mal-acabados? Seleção Brasileira sem o aval do povo? Derrota? Pessimismo? Sim, meu caro. Tudo isso e mais um bocado.

Entendo plenamente a tamanha descrença do povo para com a Copa das Confederações e do Mundo pelos mesmos motivos de sempre: seleção não agrada, dinheiro e mais dinheiro roubado, falcatruas e enquanto isso, diversos pontos do país estão sofrendo com a precariedade. Os motivos, de fato, não faltam. Ah, e antes que pense que irei escrever única e exclusivamente para defender todos os sujeitos envolvidos nesses motivos, não. Eu não irei!

Mas gostaria de colocar o meu pensamento para com isso. É indiscutível a tamanha falcatrua que existe nesse país, e isso não é apenas em relação aos estádios. Mas isso todos nós sabemos, e de fato, não mudamos essa história por sermos "bundões" e acharmos que essa situação se reverterá sozinha e por espontânea vontade. Nós sempre temos a faca e o queijo na mão e por que não cortamos? Bem, mas isso é papo para outro post, quiçá blog.

Mas porque não podemos esperar uma Copa das Confederações e do Mundo fantástica e única? Por que não podemos fazer a melhor Copa do Mundo, tendo em conta que somos a torcida mais calorosa do mundo? Por que temos que ser sempre pessimistas? Por que as coisas têm que dar errado? Porque a crítica está sempre à frente do elogio? Por quê?

Por conta daqueles motivos ali em cima? Não, acho que não. Todos nós torcemos por uma Copa das Confederações e Mundo fantástica, mesmo sabendo que este país não é nada perfeito. Ou você virá na cara de pau me dizer nos comentários que não assistirá a nenhuma partida da seleção brasileira?

A sua indignação com os diversos pontos precários são plausíveis e estamos todos de total acordo. Mas tudo precisa dar errado por conta disso? Por conta de uma coisa que nós não corremos atrás? Porque nós somos capazes de mudar, mas não mudamos.

Sim. São dois lados de uma mesma moeda. A moeda que de um lado aposta e confia num Brasil vencedor, dentro e fora de campo. Por outro lado, temos a que aposta em um lado da mesmice, apostando sempre na derrota e no pessimismo. A moeda, meu caro? Ah, essa somos nós que vamos jogar para o alto. E você? Que lado você quer que caia para cima? Com quais olhos você enxergará?

Um abraço,

Arthur Guedes.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Futebol: o realizador de sonhos

Foto: Fifa
Ah, o futebol... A incrível "coisa" de outro mundo, que consegue parar, emocionar e fascinar todo um planeta. O quão o futebol foi e ainda é importante para o planeta é algo indiscutível e de consciência de quase todos. Afinal lhe faltam adjetivos. Mas eu vim aqui mesmo para destacar o outro incrível poder: a realização de sonhos.

Como bem sabemos a seleção do Taiti disputará a Copa das Confederações daqui à 4 dias, pois foram os campeões da Oceania. Mas você sabe o que realmente isso proporciona à eles? Sabe o quão isso é importante para o país? Rapaz, eles estão vivendo uma experiência única, afinal do elenco inteiro apenas o Marama Vahirua é jogador profissional. Eles vivem um sonho num esporte campeão em realizar sonhos.

Eles ficaram extremamente assustados e felizes ao ver a quantidade de pessoas que os aguardavam no desembarque. Eles não acreditaram quando jovens estudantes chegavam até eles e pediam um autógrafo. Por um dia eles estavam vivendo aquilo que sonhavam todas as noites quando deitavam a cabeça no travesseiro.

Você já sonhou enfrentar uma seleção campeã do mundo? Você já sonhou em representar seu país? Você já sonhou em enfrentar jogadores com um nome maior que seu país inteiro? Então, meu caro, eles sim. O futebol unido ao esforço deles, dão essa oportunidade de ouro. Talvez não passem da primeira fase. Talvez não façam um gol sequer. Mas um sonho sempre termina bem, não é?

A seleção do Taiti, de cara, é tratada como amadora, afinal diversos jogadores do elenco não são profissionais da bola. O elenco conta com um motoboy, estivador e até alpinista. Mas lhe garanto uma coisa, meu caro: o amor pelo futebol é o mais profissional possível.

Para muitos lhe faltam oportunidades. A dificuldade de um país pequeno todos nós conhecemos, ainda mais um país sem história no futebol até então. Mas eles estão aí para transformar isso. Eles querem começar uma história. É claro que não são nem um pouco favoritos para o título da Copa das Confederações, mas quem apostaria neles para o título da Oceania, tendo as favoritas, Austrália e Nova Zelândia? Eles começam a escrever as primeiras páginas do livro, que por agora ninguém compraria, mas que posteriormente a venda desse livro será certa, meu caro. Pode ter certeza!

Um grande abraço,

Arthur Guedes.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Protesto Engenhão - Eu fui!

Foto: Arthur Guedes Dias
Eu estava lá. Ninguém me contou.

Eu vi pouco mais de 1000 pessoas pulando, gritando, exaltando a sua paixão por aquele clube regido por uma solitária estrela. Vi aqueles que sempre guardam um tempo de sua quarta-feira ou de seu domingo, guardarem também uma parte de seu sábado para protestar por aquilo que é seu. Por aquilo que está sendo tomado na maior cara de pau.

Eu tive a oportunidade de presenciar isto, um protesto pacífico, no qual, por uma minoria que criou uma confusão com o pessoal da Globo, a mídia acabou tratando esse movimento como "rebelde". É realmente uma pena, afinal muitos que não foram acabam se apoiando nessa "mensagem" da mídia, e forma uma opinião errada sobre o que realmente aconteceu. Mas assim é a mídia, formadora de opiniões...

Bem, eles foram lá para fazerem a sua parte. Estavam lá, porque o maior interessado nele (Botafogo), mais parecera pouco se importar com o fato. Alguns retrucam dizendo que seria rabo preso. Eu vos repasso essa pergunta: será mesmo?

Fato é, que o Botafogo parece não querer entrar sério nessa briga. Fato é que recebemos a notícia de um prazo de 18 meses para uma "reforma" de cobertura. Isso não existe, meu caro. Apenas para você ter noção, esse mesmo prazo de 18 meses foi dado para a reforma de todo o Mineirão. Ah, meu Deus...

Estão tirando o Engenhão do Botafogo. Aliás, mais do que isso. Estão tirando o Engenhão do carioca, meu caro.

A pergunta que sempre me faço é: por que interditá-lo? Por que apenas um laudo, justamente o que pede a interdição, é tratado como bíblia? Por que, Eduardo Paes?

Eu não tenho dúvida que há coisa por trás dessa interdição. Tem ladroagem, safadeza e afins. Mas não temos como provar. Faltam provas. Ainda falta transparência, afinal não acham que com uma "coletiva" afirmando apenas o prazo, que por sinal, é mentiroso, nos passou transparência, né?

Ainda vejo muita gente totalmente por fora do assunto. Sabem que o Engenhão está interditado, mas não sabem quase nada do motivo. Essa é a realidade. Eles jogaram isso: a cobertura precisa passar por reformas, portanto está interditado.

Será que vale a pena ressaltar, que eles estão acabando com um planejamento de um ano inteiro de um clube do dia para a noite. Que estão tirando a renda de muitos comerciantes dos arredores. Será que vale?

Bem, como de praxe esse protesto, que trato como pedir o fim das roubalheiras e mentiras, não irá ter grandes resultados. Realmente o prazo inicial será de 18 meses. Sim.Eu disse inicial. Ah, e não podemos nos esquecer das obras para as Olimpíadas, não é? Ah, meu caro, estou descrédulo de tudo!

Gostaria de apoiar um projeto que o Caio Araújo, blogueiro do Botafogo no Globoesporte.com, tem pedido veementemente. Seja sócio-torcedor, meu amigo. O Botafogo foi pego totalmente de surpresa com essa interdição, e você sabe muito bem que comprometeu e muito na sua renda. Torne-se sócio e ajude o seu clube. Não estou fazendo jabá, é apenas um pedido que vos faço. Ajude!

Esperamos dias melhores, sem roubalheira e justo. Ah, estou apenas sonhando...

Um grande abraço,

Arthur Guedes.

domingo, 9 de junho de 2013

Pitacos. Apenas pitacos!

Foto: Divulgação
Que o Brasil venceu todos nós sabemos. Que quebrou um tabu tão mencionado nas transmissões, todos nós sabemos também. Mas e os meus pitacos? Você sabe? Então vamos a eles:

1) Durante toda a partida deu para sentir que a seleção brasileira ainda sente aquele velho problema do camisa 10. O meio campo mais parecera um armário vazio. Os dois volantes, Paulinho e Luiz Gustavo, pareciam estar com a coleira do Felipão. Será que apenas parecia? Bom, o Oscar demorou um pouco para aparecer na partida. Mas quando apareceu, caiu mais pelos lados do campo, principalmente pela direita, como aconteceu contra a Inglaterra.

Sendo assim, o meio campo ficava com um vácuo imenso, e como enfrentamos uma equipe fechada, com cinco jogadores compondo o meio, esta parte do campo era praticamente deles. E, como bem sabemos, não se pode perder o meio campo...

Solução? Sinceramente não é uma tarefa fácil solucionar este problema. Não acredito ainda no Ronaldinho Gaúcho. Não pelo seu futebol, pois tem de sobra. Mas por querer jogar quando quer. Jogador já consagrado, que muitas vezes me parece displicente com compromissos da seleção. E não precisamos de jogador assim. Caso o Oscar caísse mais pelo meio, poderia ainda sim ser este cara. Kaká poderia fazer este papel? Não sei, afinal teve poucas chances. Não acredito no Hernanes como meia. Ainda o prefiro como segundo volante subindo juntamente com o Paulinho.

2) Ainda no meio campo, mas me referindo agora aos volantes, chega de brucutús! Sim, chega de caras que não sabem jogar, e que possuem como sua maior característica a porrada. Não vou pagar para ver Luiz Gustavo jogar, ou melhor, bater. Quero pagar para assistir futebol. E os dois volantes que jogam futebol são Paulinho e Hernanes.

Meu caro, volante bom é aquele que sabe jogar. Marcar muitos sabem e qualquer um pode fazer. Marcação é feita em blocos e compactando. Não precisa direcionar essa tarefa à um brucutú. Caso você ainda pense assim, você parou no tempo assim como nosso caríssimo treinador.

Agora, se for para colocar, que deixe os dois soltos para jogarem. O Paulinho ficou preso hoje no primeiro tempo, e só saiu para jogar um pouco mais após a entrada do Hernanes. Felipão, deixa os caras jogarem, meu filho!

3) Se você me acompanha já deve imaginar a minha implicância com a titularidade do Hulk. Tá, ele não jogou mal hoje, mas ainda sim é um jogador previsível e sem recursos. Vejo ele como uma boa alternativa para o decorrer da partida. Quem entraria? O Lucas, é claro. O Felipão inverteu as bolas. Ele trata o Lucas como uma boa alternativa para o decorrer da partida. Ah, pera lá, não?

Recentemente ouvi na mídia, que o Hulk é titular porque marca mais. E quem marca mais sempre leva a melhor. Rapaz, os critérios para ser titular mudaram? Não é mais quem sabe jogar? O Lucas não sabe auxiliar na marcação? Quem é você e o que fez com o futebol? Pois isso aí não é futebol!

4) Hoje eu vi poucas subidas agudas dos laterais. Tanto o Daniel quanto Marcelo subiram pouco. Marcelo foi o que mais se destacou. Mas ambos deveriam subir. Ambos têm a ofensividade como principal característica, e isso precisa ser explorado. Mas parece que o Felipão não gosta de fazer gol. E depois quer vencer e quebrar tabus.Vai entender...

5) A seleção brasileira não está bonitinha e redondinha como a mídia anda falando e falará a semana inteira. Foi uma boa vitória? Sim, foi. Mas ainda vi erros primários, que uma seleção que almeja brigar, quiçá ganhar a Copa não pode cometer. Entendo que o Felipão tinha pouco tempo para ajustar essa equipe, mas a coisa precisa funcionar. E não está funcionando do jeito correto. O jeito correto que me refiro não é o meu jeito, mas sim aquele que vence. E nós não estamos vencendo.

Espero de coração, que esse tempo até a Copa das Confederações que nos arrumemos e vençamos a Copa. Eu espero como um bom brasileiro...

Um grande abraço,

Arthur Guedes.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Acarajé indigesto...

Foto: Divulgação
Sim, o jogo terminou 2 x 1 para o Bahia. 

Sim, a invencibilidade do Botafogo acabou. 

Sim, o torcedor já está voltando a ficar pessimista, como de praxe.

Bem, vamos com calma, alvinegros. É bem verdade que o Botafogo não joga bem a duas partidas (Cruzeiro e Bahia), mas nada de desespero ou afins. O alvinegro está bem e estamos apenas no início. Entendo plenamente que esses pontos "perdidos" de bobeira, como foi na partida de ontem, sempre fazem falta no fim. Mas esse é o campeonato brasileiro, com tropeços e glórias. Ah, e não é novidade alguma!

O gramado não era dos melhores, mas não é desculpa. Se estava ruim, era para ambos. Ah, e se bem lembrarmos, o Botafogo jogou diversas vezes em Moça Bonita e o gramado não era dos melhores também.

Ah, não me venha com essa história de salários atrasados também não, meu caro. É errado? Claro que sim. Se o clubes os contratou tem e vai cumprir com seus compromissos. Mas acho que os jogadores devem entender que o Botafogo foi pego de surpresa com a tal interdição do Engenhão, que acabou comprometendo o planejamento inteiro. Tem de haver esse bom senso de todos, como eu acredito que esteja havendo. O Botafogo não perdeu por isso. Portanto, não me venha com essa desculpa.

Aliás, Renan e Fellype Gabriel não devem ser crucificados. Erraram sim, mas é do jogo. É claro que ninguém gosta de errar, mas acontece. Mas, como disse o Botafogo não jogou nada. No primeiro tempo foi um pouco melhor que o Bahia, onde desenvolvia ainda seu estilo de jogo com bons toques de bola, e acabou marcando com Vitinho. Mas aos poucos víamos um Botafogo sentir com o pesado e largo gramado, onde não conseguia fazer sua marcação padrão. Não é desculpa, mas apenas um fato.

Depois o Botafogo começou a parar de jogar. Toque de bola? Só na teoria, meu caro. Víamos é chutões para frente, que resultavam em posse de bola baiana. E o Botafogo tomava pressão do Bahia, que com todo o respeito, mas parecera uma equipe de várzea, totalmente desorganizado. Mas, ainda sim conseguia impor seu ritmo e o alvinegro se rendia. A virada veio e o Botafogo continuou a não conseguir jogar.

Veio Renato, Andrezinho e Bruno Mendes. Ao estilo "abafa", o Botafogo quase empatou com Bruno Mendes. Mas o Botafogo não mereceu. 

Após o término do jogo, nas redes sociais, percebi muitos torcedores indignados com as atuações fracas de Seedorf. Meus caros, realmente o holandês não vem jogando bem, assim como o Botafogo. E esse "não vem" é referente às partidas contra o Cruzeiro e Bahia. Se o Botafogo não jogar, o holandês não carregará o time nas costas, jovem. Portanto, vamos com calma!

Sábado tem mais. Será contra a Ponte. Só gostaria de pedir uma coisa para os torcedores alvinegros: guardem ainda o seu pessimismo. Essa equipe vai longe! 

Um grande abraço,

Arthur Guedes.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

O erro foi lá atrás...

Foto: Divulgação
Enganam-se quem achou bonitinho o empate com a Inglaterra, ou mesmo acreditou, que do jeito que jogou, vai brigar pela Copa. Ah, meu caro, quanta ingenuidade! Não estou menosprezando nossos jogadores, afinal são os menores culpados. Aliás, não gosto de usar esse termo, mas se tem que existir uma culpa, esta é da CBF! Sim, mais uma vez.

Vamos fazer uma rápida revisão, e assim voltaremos no "caso" Mano Menezes. Qual era o seu projeto? O mesmo que ainda temos, porém uma coisa é diferente. Mano assumiu após a saída de Dunga, com o objetivo de montar uma equipe e, simultaneamente, fazer uma renovação. Sim, meu caro, trabalho dificílimo. Sabemos que ele passou por dificuldades extremas, afinal não tínhamos tantos resultados convincentes, afinal era um árduo trabalho. Mas, hoje, temos resultados convincentes?

Mano Menezes bambeou no comando por diversas vezes, mas após parecer ter começado à encaixar, a grande CBF foi lá e deu uma tremenda rasteira demitindo-o. Ah, as consequências dessa rasteira, meu caro, estão aí até hoje.

Com o cargo livre, a CBF foi às forras. Nomes não faltavam, bons sim. Após suspense, Felipão foi o escolhido. Experiência de vida e futebol. É tudo? Não, meu caro. E hoje todos nós vemos isso. Eu, inclusive, fui um dos que apoiaram a sua vinda, porém não imaginara quantos passos nós estávamos dando para trás. Não pelo Felipão em si, mas pela drástica mudança de pensamentos.

Mano Menezes tinha uma cabeça mais aberta e apostava arduamente na renovação. Felipão prefere apostar  na experiência de remanescentes, acreditando arduamente na importância disto. Errado? Não. São apenas opiniões e princípios diferentes. A CBF conhecia cada candidato ao cargo, e sabiam que a cabeça de Felipão era diferente da de Mano. E o escolheram mesmo assim.

O que eles queriam? É essa pergunta que me faço sempre. O que a CBF realmente quer? Eles preferiram apostar na identidade que o Felipão tem com a torcida brasileira, ao invés de manter o mesmo pensamento e planejamento. Parabéns, CBF!

O que poderia dar de errado? Tudo que uma divergência de opiniões e pensamentos pode dar. Nós demos 10 passos para trás quando demitimos o Mano Menezes faltando pouco tempo para a Copa, e quando começava à encaixar seus princípios. E demos 50 passos para trás quando contratamos o Felipão. Mudamos drasticamente de planejamento e princípios, meu caro. A cabeça de Felipão parou no tempo, e não se encaixaria nesse planejamento que tínhamos com o Mano. Eles pensaram nisso? É claro que não!

Não entrarei no mérito de falar mal dos métodos do Felipão. Se são ultrapassados ou não, quem tinha que ver e analisar isso era a CBF. Foram eles que se colocaram nessa situação de ter que correr atrás de um treinador faltando um ano e pouco para a Copa. E conseguiram errar novamente ao trazer um cara totalmente diferente. Ah, meu Deus!

Não sou nenhum anti-Brasil, que torcerá contra a seleção. Mas os fatos não são nada alegradores, e você sabe disto. Tomara que dê tudo certo. Tomara...

Grande abraço,

Arthur Guedes.

sábado, 1 de junho de 2013

Quando a fase é boa...

Foto: Satiro Sodré / Divulgação
Quando a fase é boa, você joga mal, mas vence. 

Quando a fase é boa, o goleiro reserva parece ser o titular.

Quando a fase é boa, a fase é boa!

Ah, Botafogo... Aquele que sempre reclamou de falta sorte e conspirações, hoje contou com ela para sair com a vitória. Não diria somente a sorte, mas unida à falta de competência do Cruzeiro.

O Botafogo diferentemente de suas partidas anteriores, jogou bastante afobado, recorrendo-se a bastantes chutões e, consequentemente, ficando pouco com a bola. O Cruzeiro, por sua vez, aplicou a marcação sob pressão, que resultou nessa afobação alvinegra. Além, claro, de contar com a maior posse de bola. Mas, como havia dito, faltou competência...

Se considerarmos o erro de Leandro Guerreiro ao recuar mal para o Dedé como sorte, eu estarei corretíssimo quanto ao texto. O Vitinho acabou ficando com a bola, correndo, chutando em cima de Fábio, que rebotou nos pés de Lodeiro, que, por sua vez, marcou. 

O gol saiu, mas a sua falta de vontade ou impotência, não. O Botafogo parecera querer o empate. Parecera querer um jogo mais complicado. Sabe o lado ruim disso? É que a fada do futebol realizou o desejo alvinegro, mas não de primeira, afinal o goleiro Renan tentou impedir. Aliás, este a partida inteira me pareceu o mais concentrado e com vontade de vencer. E vale ressaltar também, como o Botafogo está muito bem servido de goleiros. Este, que é o reserva, me pareceu ser titular. Como fechou o gol! Ah, e acabou sofrendo um gol bem ao estilão Botafogo. Sofreu com o azar...

O empate veio, mas nada mudou. O Cruzeiro parecia jogar em casa, dominando a posse de bola, ditando o ritmo e mandando na partida. É aí que chegamos ao ponto da displicência ou mesmo falta de competência do time mineiro. O Botafogo, que de início veio com dois volantes, na partida me pareceu não ter nenhum. Tanto Marcelo Mattos quanto Gabriel pareciam fantasmas nas arrancadas ofensivas, ora com Diego Souza, ora com Dagoberto. A bola não entrou pela falta de competência ofensiva e pelo Renan.

E te juro, meu caro, o jogo continuou assim até quase o fim. Botafogo recuperava a bola, mas rendia-se à forte marcação, que unida à falta de movimentação alvinegra, tornava-se ainda mais forte. Quando o alvinegro detinha a bola, devolvia imediatamente ao Cruzeiro. O meio-campo alvinegro não jogou bem. E quando digo meio-campo, Seedorf está incluído.

Eu fiquei um tanto irritado em perceber como endeusam bastante o Seedorf. Ele é um cara fora de série, e tem jogado MUITO. Mas quando não joga bem, como na partida de hoje, é preciso dizer. E em momento algum na transmissão eu ouvi isso. Apenas ouvia elogios. Não digo para não elogiá-lo, afinal é um craque, mas vamos dizer a verdade quando joga mal!

Entre o domínio do Cruzeiro, Lucas sofreu um pênalti displicente de Nílton. Lodeiro foi lá e fez! Botafogo na  frente apenas no placar.

Mas eis que o Botafogo começa a pensar um pouco, e cadência a partida. E após substituições e 5 minutos de acréscimos, o Botafogo é o novo líder temporário. Alvinegro pode ficar feliz? É claro, meu caro. Hoje é o melhor do Rio, na frente, inclusive do Fluminense. 

Um grande abraço,

Arthur Guedes.