segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Queda dos gigantes


O rebaixamento de Vasco e Fluminense começou bem antes da última rodada. O Vasco, com suas receitas bloqueadas devido à dívidas com o Governo Federal, sofreu o ano inteiro com contratações absurdas e com jogadores que não passariam nem na porta do clube. No caso do Fluminense o problema começou depois da partida contra o Olímpia do Paraguai após ser eliminado na Copa Libertadores da América. A saída do técnico Abel Braga, que convenhamos, já estava sendo fritado no Campeonato Carioca e quando a fase era boa e a "menina dos olhos" do patrocinador master do clube era Vanderlei Luxemburgo.

O tempo passou. Veio o Luxemburgo. As vitórias não vieram e uma longa sequência de nove jogos sem vitória fizeram que Peter Siemsen, Presidente Tricolor, demitisse o ex-laureado treinador. A partir daí as histórias se cruzam. Como? Após ser demitido do Gigante da Colina por resultados ruins na competição nacional, o treinador Dorival Júnior assume o Fluminense com discurso de pé no chão sabendo da realidade do time no campeonato. O time não jogou absolutamente nada até o final do Campeonato Brasileiro. Derrotas contra o Santos em Presidente Prudente mostraram a torcida tricolor que o rebaixamento estaria próximo.

O Vasco no final de 2012 sofreu uma debandada geral. De diretores até assessores diretos do ex-jogador e atual Presidente Roberto Dinamite. Para conhecimento saíram Diego Souza, Allan, Rômulo, Nilton, Dedé e Fernando Prass. A mentalidade da diretoria buscar reforços a custo zero vieram jogadores como Pedro Ken, Francismar e outros. O resultado foi um elenco sem grandes atrações e praticamente formado a partir do que sobrou no mercado. A situação chegou a um ponto em que quase diariamente era apresentado um jogador em Pinheiral durante a pré-temporada. Alguns, caso do volante Sandro Silva, chegaram a ser apresentados mas tiveram sua situação resolvida somente quase dois meses depois. Um combinado de clube rachado politicamente, com apostas equivocadas e rodízio de técnicos não há o que reclamar. 

O futebol precisa ser encarado com seriedade e não empurrado com a barriga. A teoria do "vai que dá" não cabe mais no século que vivemos. O futebol precisa ser encarado com planejamento, organização e transparência.

Grande abraço,

Paulo Henrique.

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