sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Seleção "Desbrasileira"


Ah, a Copa do Mundo. O palco onde pisam os maiores craques do futebol. O maior evento esportivo do Mundo. E por falar nisso, estamos em 2014, não é, meu caro? E segundo as contas, estamos a 100 dias da tão esperada Copa do Mundo no Brasil. Mas, nesse momento a sua maior indagação deve ser com relação ao título deste texto, não é? Eu vou explicar:

Como bem sabemos, nós somos o "berço" do futebol, onde revelamos incansavelmente diversos jogadores para o exterior. Alguns, inclusive, acabam ficando tanto tempo por lá, que decidem defender a nação aonde residem e jogam, ao invés da nação onde nasceu. E é exatamente este o ponto-chave deste texto. Será que poderíamos montar uma grande seleção formada somente por jogadores brasileiros que se naturalizaram e, hoje, defendem outras seleções? Vamos tentar?

A nossa seleção será montada no esquema 3-4-3, certo? Vamos à ela!

Goleiro - ?

Líbero: Pepe (Portugal)

Zagueiro: Douglas (Holanda)
Zagueiro: Tanaka (Japão)












Volante: Thiago Motta (Itália)

Meio-campista: Marcos Senna (Espanha)



Meio-campista: Renan Bressan (Bielorrússia)

Meia: Deco (Portugal)



                                                                                                                         
Segundo atacante - Eduardo da Silva (Croácia) e Kevin Kuranyi (Alemanha)
                                                                                                                                   
Centro-avante - Diego Costa (Espanha)
Por fim, ainda ficaram de fora jogadores como: Cacau (Alemanha), Liédson (Portugal), Igor de Camargo (Bélgica), Marcos González (Chile), Alessandro Santos (Japão) e tantos outros. Fato é, que muitos destes acabaram se naturalizando e defendendo outras nações, pelo fato de terem se tornado ídolos em seus respectivos países e, principalmente, por receberem pouquíssimas chances na seleção brasileira. Convenhamos: Alguns até fizeram certo em irem defender outras nações, mas outros...Bem que cabiam aqui no Brasil, hein?

E você, aprovou a seleção? Faltou alguém? Diga aí!

Grande abraço,

Arthur Guedes. 

domingo, 23 de fevereiro de 2014

O dia B

                                                                              (Foto: André Durão)
Dentro das brincadeiras e rivalidade boa, há quem diga que o Fluminense tem uma certa dificuldade e desconforto com a sigla B. Hoje, realmente, demonstrou ter. Foi engolido pelo time B do Botafogo, onde perdeu por 3 a 0 em uma partida pouquíssima inspiradora.

O alvinegro - surpreendendo a todos - entrou com uma postura ofensiva, ditando o ritmo do jogo. Os primeiros minutos foram do Botafogo, onde o time deteve a maior posse de bola e criou as chances. Entretanto, mesmo tendo a maior posse de bola, o time não criou chances tão perigosas.

O tricolor, aos poucos, foi equilibrando a partida. Conseguia desafogar as jogadas sempre na genialidade do argentino Conca. Este mostrou mais uma vez o quão diferenciado é. De longe, foi o melhor do Fluminense na partida e só não marcou o seu gol, porque o goleiro alvinegro, Helton Leite, estava em uma tarde inspirada. Mas, isso é papo para logo mais.

O time tricolor estava muito lento em seus contra-ataques e nas próprias puxadas de ataque mesmo. Facilitou por demais o trabalho defensivo alvinegro. E por falar em sistema defensivo do Botafogo, este esteve bastante desleal na partida inteira. O número de faltas, no Brasil, sempre foi altíssimo, entretanto, as pancadas distribuídas, principalmente, pelo volante Aírton foram notoriamente maldosas. Felizmente, para o Botafogo e Conca, ele foi substituído pelo Gabriel, que continuou a dar pancadas, mas um pouco menos maldosas.

O primeiro gol alvinegro veio ainda no primeiro tempo, onde o Henrique acertou um belo chute de primeira e fora da área, após uma tirada errônea do Bruno. O sistema defensivo tricolor se mostrou novamente ser a parte mais fraca do time.

Na segunda etapa veio o segundo gol alvinegro, novamente com o Henrique. As entradas de Jorge Wagner (que chutou a bola no lance do 2° gol do Henrique) e do Lodeiro (perto do fim) deram um "up" no time B do Botafogo. E aproveitando o embalo e o Flu atordoado, Júnior Cesar cruzou e o bom Bolatti acertou um belo chute de primeira. Alí víamos um Botafogo muito confiante e superior, e um Fluminense pouquíssimo inspirado e, principalmente, sem confiança.

Perto do fim, tivemos ainda um pênalti à favor do Fluminense bastante polêmico. Eu vou explicar:

Houve um chute de fora da área bem forte e a bola, primeiramente, acertou a barriga do zagueiro alvinegro, Dankler, e, posteriormente, a mão. O juiz não pensou duas vezes e marcou. Eu, sinceramente, não considerei pênalti. A bola veio em uma velocidade altíssima, na qual torna qualquer toque involuntário. E a bola ainda desviou na barriga do Dankler. Foi um lance completamente involuntário. Fred reclamou, voltou, bateu e perdeu. A fase do centro-avante tricolor e da seleção brasileira não é boa. O seu futebol é, mas a fase não.

O pênalti perdido foi o estopim para a saída do torcedor tricolor do estádio e para o apito final do juizão. Clássico finalizado e vitória do Botafogo, no dia B.

Por fim, gostaria apenas de destacar duas coisas:

1) O trio de arbitragem merece palmas. Sinceramente, eles conduziram a partida de forma justa e correta. Houveram dois gols do Fluminense acertadamente anulados. Infelizmente, a meu ver, erraram apenas na questão do pênalti, que, felizmente para ele, não influenciou na partida. Quando eles vão bem é preciso também elogiá-los.

2) E o meu último destaque vai para o goleiro reserva, Helton Leite. Foi bastante seguro - diferentemente do Renan - e coroou sua participação com a defesa do pênalti. Quero ver mais deste goleiro.

Grande abraço,

Arthur Guedes.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Falta um 9



A tão sonhada Copa do Mundo em casa começa em Junho. Três nomes em Fevereiro e a maioria em Maio. A nossa seleção possui dúvidas sobre o goleiro, lateral direita e a posição ocupada pelo Luiz Gustavo.Mas algo deve tirar o sono do nosso treinador Luiz Felipe Scolari. E o nosso 9? A dúvida sobre sua condição física não é só no Brasil.
Se o Fred abrir o bico? Jô, Leandro Damião, Alexandre Pato, Luís Fabiano, Hernane, Walter, Allan Kardec, Adriano, Paulo Henrique, Arthur Guedes…Esses nomes são lembrados mas todos sumariamente questionados. Uma crise!
Não pegamos no pé deles por ter Pelé, Jair, Romário, Ronaldo, Reinaldo e outros. É porque em comparação a outras seleções estamos bem atrás nesse quesito. Vide exemplos: Aguero, Messi, Higuain e Tevez (esnobado pelo Sabella), Falcão Garcia, Ibrahimovic, Lewandowski, Luizito Suárez, Cavani, Balotelli, Rooney e Cristiano Ronaldo.
Espalhados pelo planeta, mais fixos, como Lewandowski, ou mais baixos como Suárez, todas as seleções possuem um 9. Até mais de um. Mas as outras também tem problemas. A Argentina não tem um goleiro de excelência desde Goycochea. A Espanha sofre com Arbeloa. Montolivo, Candreva e Marchisio na Itália não possuem a qualidade de outrora. Na Alemanha utilizam naturalizados há um bom tempo (Asamoah, Odonkor, Boateng, Cacau).
Em 1994 fomos campeões mundiais com Zinho e Mazinho que não eram unânimes em suas posições. Zé Carlos, aquele que imitava galinha na concentração era bom reserva pro Cafu em 1998?
O que me deixa mais grilado é que o nosso futebol, supostamente ofensivo, produzir poucos atacantes no momento. Isso é um alerta. Será que o problema é na base? Dos jovens jogadores supervalorizados e que possuem multa rescisória altíssima? É no mínimo estranho.
Se o Brasil tem problemas os outros também tem. Não somos os melhores disparados, mas também não vejo motivo para pisotear nosso futebol pela ausência de peças sendo que os outros têm os mesmos problemas.
Grande abraço,

Paulo Henrique.

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domingo, 16 de fevereiro de 2014

Verdades


As verdades deveriam ser sempre ditas. Deveríamos viver num país honesto e ter uma sociedade consciente. Deveria ser tudo certo sempre, não é? Mas isso não passa de uma utopia de um garoto que acabara de entrar na vida.

Na verdade, as verdades são muito mais acobertadas do que ditas. O motivo varia de mal caratismo à favorecimento pessoal ou conjunto. E essa própria verdade uma vez acobertada, um dia será descoberta. Mas antes que você me pergunte aonde eu quero chegar, já lhe digo: Por que nós fingimos não saber a verdade quando, na verdade, sabemos?

Exemplo mais claro e qual eu quero citar, é no futebol. Ano passado - felizmente para o nosso futebol - foi-se criado um movimento que visava melhoras para os jogadores, que foi chamado, predestinadamente, de Bom Senso F.C. O movimento, dentre todas as melhorias, visava a melhora do calendário, que até pouco tempo, era pífio. O Bom Senso era liderado por alguns jogadores, como o Alex (meia do Coritiba), Seedorf (ex-meia do Botafogo e hoje treinador do Milan), o Paulo André (ex-zagueiro do Corinthians) e outros. Como sabemos, o movimento nunca agradou, de fato, a CBF e as outras organizações. As manifestações, principalmente, dentro de campo dos atletas, sempre o irritavam. E mesmo quando a CBF cedia alguns pedidos do movimento, era notável o contragosto. Mesmo assim o movimento ganhava cada vez mais força. Até que alguns líderes foram indo embora, como no caso do Seedorf e, agora, do zagueiro Paulo André.

A saída do zagueiro do Corinthians foi bastante intrigante e polêmica. Não entrarei no mérito de dizer que "jogaram" ele para a China para o movimento perder força, mas que a sua saída foi conturbada, foi. E após as seguidas saídas de alguns líderes desse movimento, o Bom Senso F.C vai, a cada dia, perdendo força e sendo esquecido. Quiçá as conquistas conseguidas com muita luta pelos antigos líderes, permaneça. Sinceramente, estou torcendo para que o "pessoa lá de cima" não consiga derrubar este movimento. Mas, parece ser inevitável...

Outra verdade, que está estampada em nossos rostos é com relação a arbitragem. Há tempos que discutimos vários erros bisonhos e nada é feito. Uns erros geram discussões de até uma semana. Entretanto, logo depois é esquecida. E só é lembrada novamente quando este mesmo erro volta à tona. O último erro foi de hoje, no clássico entre Vasco e Flamengo. O meia Douglas cobrou a falta e a bola entrou. O auxiliar, que estava de frente pro gol e na linha da meta, não enxergou e ficou mudo. O árbitro e o bandeira, sinceramente, não estavam na melhor posição para enxergar. Mas o auxiliar estava em totais condições para fazer o seu único trabalho: auxiliar o árbitro.

O antigo TRIO de arbitragem, hoje, se tornou SEXTETO. E eu vos pergunto: algo mudou? Não. Ah, na verdade sim. Hoje existem pessoas que ganham sem trabalhar. Os auxiliares estão ali de enfeite apenas. Eu sei que os árbitros são seres humanos e, consequentemente, são passíveis a erros. Em momento algum eu disse que o árbitro não possa errar. Eu, você e todos os outros erramos. Mas a minha indignação é com relação a não introdução da tecnologia para impedir erros bisonhos como estes. Sinceramente, há pessoas "lá em cima" que querem ver erros bisonhos acontecerem. E, por isso, eu digo que os maiores incompetentes não são os árbitros que erram, mas aqueles que impedem a introdução da tecnologia, que já é usada em outros esportes.

Nós sabemos de tudo isso, que acabei de vos contar. Sabemos da verdade. Mas por que fingimos não saber? Por quê?

Grande abraço,

Arthur Guedes.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

A velha esperança


Ah, o Adriano...O herói e o vilão. O "imperador" mais parece ser nosso filho, no qual sempre depositamos esperança e confiança, acreditando que, de fato, ele vai fazer o correto e demonstrará o seu potencial. Talvez, o Adriano seja o maior filho do Brasil, que mesmo pecando, nós não conseguimos dizer um não para ele, porque, de fato, sabemos que ele tem um potencial enorme e não queremos ver isso ser jogado fora.

Ele bem que tentou jogar tudo fora, num momento dificílimo da sua vida. Deu um tempo, parou. Foi perseguido e, às vezes, dava reais motivos para ser. A vida de um "imperador" é difícil, principalmente quando se trata de um "filho do Brasil", no qual gostamos e queremos vê-lo sempre bem. Por um momento ele tinha largado o futebol, a vida, o corpo e, principalmente, a cabeça. Se perdeu, um pouco. Ou será que foi apenas o período para ele se achar? E olha a velha esperança entrando novamente, meu caro. É, é inevitável...

O Adriano, automaticamente, nos motiva a acreditar que agora será diferente. Uns dizem que já desistiu dele. Mas, no fundo, eu sei que eles gostariam de vê-lo arrebentar em campo, como antes. É inevitável, independentemente do clube que você torça. Quem joga o bom futebol tem sempre plateia. E o Adriano têm.

O Atlético-PR, ao conversar com o Adriano, foi mais um a acreditar na volta do "filho do Brasil". E eu te pergunto: por que o Atlético não conseguiu dizer um não para o Adriano? Hein? É, meu caro, você sabe...

Ele está fininho e mostrou isso para todos nas redes sociais. Isso deu, aos que têm total e parcial esperança, ainda mais confiança. Ele estreou pela Libertadores ontem, mas apenas por alguns minutos. A nossa atual situação de centroavantes, onde temos apenas o Fred como titular absoluto da seleção brasileira,faz, rapidamente, nos voltar à cabeça a velha esperança: Se o Adriano voltar a jogando aquilo que sabe, vai pra Copa, com certeza. É, se o "se" está presente, é porque a esperança também está.

Os poucos crédulos dizem que é apenas a velha esperança novamente. Eu sou um dos "pais" dele, e confio no meu filho.

Grande abraço,

Arthur Guedes.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

O poder da estrela


Ah, a estrela...Ela pode ser uma simples plasma esférica luminosa que fica lá em cima, um adjetivo para um verdadeiro craque de futebol ou, até mesmo, uma marca de brinquedos. Mas essas opções são bastante clichês e, na verdade, não estava me referindo à elas. A estrela que, de fato, têm o poder é única e quantitativa ao mesmo tempo. É a estrela que brilha a cada jogo, e não apenas nas vitórias. A estrela que detém o maior poder, meu caro, é a estrela solitária.

Ontem, contra o Deportivo Quito, o Botafogo faria o jogo mais importante em 17 anos. Ontem a torcida teria que fazer o seu papel: lotar o Maracanã e apoiar o glorioso. Ontem o poder da estrela teria que funcionar e mostrar para todo mundo, que aquele Botafogo é o glorioso. Ontem, para o torcedor alvinegro, aquilo tudo mais parecera um sonho, pois, de fato, tudo isso aconteceu. A estrela brilhou, o Maraca lotou e o glorioso voltou.

O alvinegro entrou sabendo que não poderia decepcionar aquela torcida, que não parava de apoiar um minuto, sequer. E os jogadores realmente entenderam essa parte. Lutaram por cada bola, pressionaram e não diminuíram o ritmo um minuto. Isso, às vezes, resultava em posse de bola de graça para os equatorianos. Mas quem é que iria pedir para os jogadores diminuírem o ritmo naquele momento?

O resultado estava tão iminente quanto as pernas bambas dos equatorianos. Tudo aquilo lembrava a final da Copa das Confederações. A torcida fez o time da casa (Brasil e Botafogo) ter mais do que onze jogadores e o adversário bambeou com o ritmo da partida e da torcida. Agora, o Botafogo foi ainda mais eficiente do que o Brasil, marcando 4 gols. Mas, deixemos isso de lado, não é?

Ontem, o Botafogo poderia jogar mais umas quatro vezes contra o Deportivo Quito, que sairia com a vitória. Ontem era o dia do alvinegro comemorar. Ontem era o dia da estrela brilhar. Ontem era o dia!

Predestinadamente, a estrela em campo foi o Wallyson, que foi uma aposta do Húngaro. Se fosse o "El Tanque" ou qualquer outro, acabaria sendo clichê, não é?

Por fim, o que pode ser tirado daquilo tudo? O poder da torcida que, quando presente, decide. Essa torcida precisa, verdadeiramente, abraçar esse time na Libertadores. Sabe o motivo? Porque somente assim o Botafogo poderá ter chances de ser campeão. Com essa torcida, meu caro, o Botafogo não perde um jogo em casa. Assim o Atlético-MG foi campeão da América. Assim o Botafogo poderá ser. Abrace o seu time, torcedor. O seu clube poderá ir muito longe.

A estrela brilhou. E lá em cima apareceram sorrisos de Garrincha e Nilton Santos. Jamais esse céu será igual, afinal somente uma única estrela domina tudo lá em cima. É, essa mesmo...

Grande abraço,

Arthur Guedes.