quinta-feira, 4 de julho de 2013

Poderia ter matado...

Foto: Satiro Sodre / SSPress
Sabe aquele típico jogo de Copa onde um clube teve boas chances de "matar" a partida e deixa a volta mais tranquila? O Botafogo teve essa oportunidade, mas não conseguiu "matar" a partida.

A partida estava meio "esquecida" pelo público, afinal estávamos todos bastante compenetrados na Copa das Confederações. O público não foi dos melhores. Aliás, foi o pior: apenas 754 pagantes. Aí você me pergunta: "Arthur, por que um público tão fraco assim?". É simples, meu caro. Mas os motivos não são...

Muito se questiona o porquê do público não ir. Porém, esquecem de se questionar os motivos dessa "ausência". E não são poucos os motivos.

O maior dos motivos, a meu ver, é a interdição extremamente estranha do Engenhão. Por mais que os torcedores já estejam acostumados a irem à Volta Redonda, o Raulino de Oliveira é longe e a viagem é desgastante. Quem acompanhou o Botafogo no Campeonato Carioca sabe do que eu estou dizendo.

Outro forte motivo é o horário. O jogo de ontem começou às 22:00 horas em plena quarta-feira. Li relatos nas redes sociais de pessoas que chegaram em casa às 2:00 da manhã. Meu caro, tendo em conta que uma torcida não é composta apenas por estudantes, mas por boa parte de trabalhadores, que possivelmente terão de estar de pé às 6:00 da manhã, não tem condições de comparecem.

Tudo isso "mata" a ida dos torcedores. E não estou apenas me referindo ao torcedor botafoguense. A nossa média é fraquíssima por conta desses "problemas" também. Problemas, nos quais, podem ser resolvidos. Mas são? Bem, vamos voltar à partida.

O Botafogo dominou toda a partida. O time de Santa Catarina apenas trouxe perigo em alguns bons contra-ataques, onde o melhor goleiro do Brasil, a meu ver, salvou o alvinegro.

O toque de bola tranquilo alvinegro continuou sendo a maior característica. O volante Gabriel apoiou bastante o ataque, dando suporte para os marcados, Lodeiro e Seedorf. O holandês me pareceu demasiadamente lento na primeira etapa, mas conseguia transformar isto em lances de maestria. O uruguaio, Lodeiro, sofreu bastantes faltas. A marcação estava bastante forte em cima dele.

O garoto Vitinho me pareceu mais maduro. Evitava sair carregando a bola constantemente com a cabeça abaixada. Recorria mais aos passes. Isso vai torná-lo um jogador bem mais produtivo para a equipe. E nessa partida ele já foi. Ora pela direta, ora pela esquerda, ele importunava os marcadores com seus dribles e velocidade. Mandou uma bola na trave, e foi o jogador mais perigoso do ataque alvinegro.

O gol de Rafael Marques foi para calar alguém. Eu, sinceramente, não sei a quem ele queria calar, mas calou. Fez um bonito gol de cabeça e uma das jogadas de escanteios ensaiados. Mais um dos méritos do Oswaldo de Oliveira.

Na parte defensiva, por mais que o Figueira tenha trazido um bocado de perigo nos contra-ataques, ela foi boa. Bolívar, como sempre, seguro. E o garoto Dória foi muito bem também. Inclusive nos lançamentos. Acertou dois belíssimos. No fim deu uma bobeira, mas o Jefferson estava por lá.

O Botafogo jogou como Botafogo. Dominando com trocas de passes. O torcedor está confiante na classificação e no ano. O time está respondendo bem. Vamos aguardar.

Um abraço,

Arthur Guedes.