terça-feira, 30 de abril de 2013

Futebol: simplesmente único!

Foto:AFP e REUTERS
Uma dividida, um lance, quiçá um segundo, podem fazer a diferença no final. Uma escolha errada ou até mesmo a  falta de sorte podem fazer a diferença. Craques e mais craques podem não decidir, mas o 'cara' lá menos badalado no banco pode fazer a diferença. O futebol é um universo paralelo, onde o tempo e tudo mais são diferentes. Alguns esportes começam à ganhar mais visibilidade ou até mesmo decaem. Mas o futebol não. Este esteve sempre no topo sabe porquê, meu jovem? Porque ele é simplesmente único!

Hoje, terça-feira (30-04-13), nós percebemos isso. Não que precisaríamos desse exemplo para termos certeza disso. Esse é apenas mais um exemplo de outros muitos. Hoje, Real Madrid e Borússia Dortmund emocionaram, tiraram o fôlego e encantaram à todos. Hoje, tanto os espanhóis quanto os alemães mostraram o porquê desse esporte conseguir parar tantas pessoas por 90 minutos e, como no caso deles, 180. Como o futebol consegue fazer o seu coração bater mais forte e rápido mesmo você não estando presente no estádio ou jogando? Isso, meu amigo, não tem resposta!

Mas você deve estar aí se perguntando o porquê de toda essa introdução, não é? É simples. O jogo desta terça foi atípico, daqueles para você ter na lembrança por um bom tempo. Essa é daquelas que não te deixa nem sair para beber uma água ou quiçá ir ao banheiro. Partidão.

Os espanhóis tinham o "impossível" para baterem. Os alemães o "quase certo". Os espanhóis tinham a descrença de boa parte do mundo. Os alemães a certeza. Os espanhóis jogaram como nunca. Os alemães marcaram. Esse era o jogo do antagonismo, mas que no fim rendeu-se ao sinônimo aplauso aos dois.

O Real Madrid, como havia dito, atacou como nunca. Nos 15 primeiros minutos, como era de se esperar, foi para aquela "pressão inicial" e, de fato conseguiu bons resultados. Criou 3 ótimas chances que acabaram desperdiçadas por Higuaín, Ozil e Cristiano Ronaldo. O Borússia estava atordoado com essa pressão, e resumiu-se à chutes para frente e marcar. Mas graças ao seu comandante, Jürgen Klopp, o clube alemão se arrumou e começou a 'jogar'. Os chutões para frente transformaram-se em posse de bola inteligente, e tentativas de ataques. O Borússia começava a ser o Borússia novamente, mesmo tendo que ceder a maior parte da sua atenção à marcação.

"Há males que vem pro bem.". Pode-se usar essa frase para a entrada do Grosskreutz após a lesão do Götze. A equipe ganhou bastante na marcação no lado esquerdo onde Dí María estava destruindo.


O Real Madrid viraria o intervalo precisando vencer por 3 a 0. Precisaria tirar vontade e motivação dos céus, afinal do outro lado jogava o corretíssimo Borússia. O Real quase o fez.


Se no primeiro tempo foram os espanhóis que perderam ótimas chances, no segundo foram os alemães. Lewandowski parecia não ser o mesmo, ou não estava tão iluminado como na semana passada. Por outro lado, Diego López fez partida de Casillas, e segurou por mais um pouco a chance de classificação dos merengues.


O Real,com o passar do tempo, ia demonstrando o desespero. Os merengues recorriam bastante à bolas aéreas, cujo nunca foi a sua maior características. Com Subótic e Hummels impecáveis, os merengues só tomavam 'tocos'. E tomou até os 36 minutos do segundo tempo, quando Benzema, após sair do banco, marcar e "tacar fogo" no Bernabéu. A partir dalí, a qualidade foi parar fora do estádio, e reinou apenas a raça e a vontade. 


O Borússia começou a bambear, e pertinho do fim, Sérgio Ramos marcou o 2° dos merengues. Parecia mesmo que o Real bateria o "impossível". Parecia mesmo que o Borússia deixaria escapar o "quase certo". Parecia, meu caro. Apenas parecia! O Real continuou a doar-se ao máximo, porém não deu. O Borússia Dortmund está na final da Uefa Champions League. 


Lembra do tal antagonismo lá em cima? Ele parou quando o árbitro apitou. Após o apito, apenas ouvíamos os aplausos referente aos alemães e, principalmente, aos espanhóis. Bernabéu, a Alemanha e o mundo ficaram de pé, e aplaudiram esse espetáculo. O espetáculo que mexeu com o dia e emoção de todos. O espetáculo que se chama, futebol!


Forte abraço,


Arthur Guedes.