sábado, 1 de junho de 2013

Quando a fase é boa...

Foto: Satiro Sodré / Divulgação
Quando a fase é boa, você joga mal, mas vence. 

Quando a fase é boa, o goleiro reserva parece ser o titular.

Quando a fase é boa, a fase é boa!

Ah, Botafogo... Aquele que sempre reclamou de falta sorte e conspirações, hoje contou com ela para sair com a vitória. Não diria somente a sorte, mas unida à falta de competência do Cruzeiro.

O Botafogo diferentemente de suas partidas anteriores, jogou bastante afobado, recorrendo-se a bastantes chutões e, consequentemente, ficando pouco com a bola. O Cruzeiro, por sua vez, aplicou a marcação sob pressão, que resultou nessa afobação alvinegra. Além, claro, de contar com a maior posse de bola. Mas, como havia dito, faltou competência...

Se considerarmos o erro de Leandro Guerreiro ao recuar mal para o Dedé como sorte, eu estarei corretíssimo quanto ao texto. O Vitinho acabou ficando com a bola, correndo, chutando em cima de Fábio, que rebotou nos pés de Lodeiro, que, por sua vez, marcou. 

O gol saiu, mas a sua falta de vontade ou impotência, não. O Botafogo parecera querer o empate. Parecera querer um jogo mais complicado. Sabe o lado ruim disso? É que a fada do futebol realizou o desejo alvinegro, mas não de primeira, afinal o goleiro Renan tentou impedir. Aliás, este a partida inteira me pareceu o mais concentrado e com vontade de vencer. E vale ressaltar também, como o Botafogo está muito bem servido de goleiros. Este, que é o reserva, me pareceu ser titular. Como fechou o gol! Ah, e acabou sofrendo um gol bem ao estilão Botafogo. Sofreu com o azar...

O empate veio, mas nada mudou. O Cruzeiro parecia jogar em casa, dominando a posse de bola, ditando o ritmo e mandando na partida. É aí que chegamos ao ponto da displicência ou mesmo falta de competência do time mineiro. O Botafogo, que de início veio com dois volantes, na partida me pareceu não ter nenhum. Tanto Marcelo Mattos quanto Gabriel pareciam fantasmas nas arrancadas ofensivas, ora com Diego Souza, ora com Dagoberto. A bola não entrou pela falta de competência ofensiva e pelo Renan.

E te juro, meu caro, o jogo continuou assim até quase o fim. Botafogo recuperava a bola, mas rendia-se à forte marcação, que unida à falta de movimentação alvinegra, tornava-se ainda mais forte. Quando o alvinegro detinha a bola, devolvia imediatamente ao Cruzeiro. O meio-campo alvinegro não jogou bem. E quando digo meio-campo, Seedorf está incluído.

Eu fiquei um tanto irritado em perceber como endeusam bastante o Seedorf. Ele é um cara fora de série, e tem jogado MUITO. Mas quando não joga bem, como na partida de hoje, é preciso dizer. E em momento algum na transmissão eu ouvi isso. Apenas ouvia elogios. Não digo para não elogiá-lo, afinal é um craque, mas vamos dizer a verdade quando joga mal!

Entre o domínio do Cruzeiro, Lucas sofreu um pênalti displicente de Nílton. Lodeiro foi lá e fez! Botafogo na  frente apenas no placar.

Mas eis que o Botafogo começa a pensar um pouco, e cadência a partida. E após substituições e 5 minutos de acréscimos, o Botafogo é o novo líder temporário. Alvinegro pode ficar feliz? É claro, meu caro. Hoje é o melhor do Rio, na frente, inclusive do Fluminense. 

Um grande abraço,

Arthur Guedes.