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Antes de tudo, uma rápida pergunta: você assistiu ao jogo ontem? Garanto que boa parte não assistiu, e digo mais, não vem assistindo aos recentes jogos. Mas não somente porque desgosta do Felipão ou até mesmo de alguns jogadores. E sim, porque é visível a falta de comprometimento e vontade dos jogadores que atualmente "defendem" a nossa nação, e ontem ficou ainda mais claro isso. Os espaços cedidos aos chilenos foi absurda. Desarmes? eu não os vi. Vontade de vencer? Xíí, deve ter passado em outro estádio. E o que dizer da pressão do Chile? Desde quando uma seleção pentacampeã mundial passa por maus lençóis diante do Chile (com todo o respeito) ? Essa é a pergunta que o torcedor um pouco mais vivido, que assistiu a nossa boa geração onde parava todo o país, se faz.
"Ah, Arthur, mas o futebol evoluiu, e as seleções antes, fracas, estão mais fortes hoje.". Sim, concordo plenamente. E aí chegamos ao ponto interessante: o mundo evoluiu, nós não. Foi o que o lúcido, quiçá o maior deles, Paul Breitner disse. Nós paramos em 2002 enquanto o resto do mundo evoluía. Agora somos nós que temos de ir atrás deles. E agora eu vos pergunto: será que vamos conseguir?
Antes do tudo nós precisamos evoluir como pessoa. O Brasil não é um país sério, logo não pode ser tratado como tal. Enquanto vermos estádios como o Engenhão, onde após um enorme dinheiro gasto e 6 anos de uso, precisou ser interditado e passar por "novas" reformas. Enquanto os "professores" da vida não se atualizarem, e continuarem pré-históricos, não há como tentarmos voltar a ser o país do futebol. Aliás, Brasil e país do futebol só se unem no velho bordão.
Nós, Brasil, precisamos evoluir em muitos pontos, não só os que dizem respeito a Copa. O que fazer com os elefantes brancos da vida? Construí-los e depois destruir? Dinheiro e mais dinheiro gastos? Enquanto apenas visarem o dinheiro à qualquer custo, pode ter certeza que a evolução ainda estará distante. Ah, meu amigo, mas bem distante!
Forte abraço,
Arthur Guedes.