quinta-feira, 27 de junho de 2013

E que venha a fúria!

Foto:AFP/Reuters
E que venha a fúria. A fúria das nossas arquibancadas, que reinou em todas as partidas da Copa das Confederações. Ora torcíamos pelo Taiti. Ora pela Itália. Mas, meu caro, pode ter a certeza, que a torcida mais genuína e verdadeira será domingo para o nosso Brasil.

A Espanha passou pela Itália num jogo em que não podemos dizer que o desfecho foi injusto. A partida foi bastante equilibrada e ambos tiveram o seu clímax na partida.

A Itália, sem sombra de dúvidas, surpreendeu todos com a sua postura. Defendeu-se bastante, afinal é sua maior característica. Mas quando deteve a bola, mostrava algo que a Espanha não conseguia demonstrar: a objetividade ofensiva.

Giaccherini pela esquerda e a dupla, Candreva e Maggio, pela direita, eram as maiores armas ofensivas italianas. E por isso, a Itália recorreu bastante aos cruzamentos. Foram desperdiçados na maior parte deles.

Por parte espanhola, o velho e conhecido 'tick-tack' continuara à reinar, mas o último passe não saía, afinal a defesa e marcação italiana estava quase impecável. Os articuladores, Xavi e Iniesta, pouco apareceram por conta disso.

Quando a Itália partia rumo ao ataque, quem aparecia era o competente, Casillas. Aliás, como defendeu!

Na segunda etapa o 0 a 0 continuou. Mas tinha uma diferença: o jogo me pareceu mais chato. Os times estavam conseguindo criar menos, principalmente a Itália. Mas com o passar do tempo, ambos foram se soltando. E nesse tempo a Espanha foi superior. Apesar de a Itália ter colocado uma bola na trave com Giaccherini.

Nos últimos minutos a Espanha deu um calor para tentar evitar a prorrogação, mas esta aconteceu. Haveria mais 30 minutos.

Até por conta do cansaço, a prorrogação foi mais lenta que o esperado. Parecia aquela última pelada, em que seu sobrinho de 10 anos faz jogadas de Messi nos mais velhos. Então, os que ainda estavam com o "sangue novo", Navas, Martínez e Mata, pela Espanha e Giovinco, Aquilani pela Itália eram os "sobrinhos" do "churrasco". Para eles não tinham bolas perdidas. Mas só para eles.

Enquanto isso, os outros se arrastavam até o fim da prorrogação.

Nos pênaltis deu Espanha, após o zagueiro, Bonucci isolar a sua cobrança e a classificação da Itália.

Veremos a final que queríamos. E não torça seu nariz, pois eu sei que você queria ver essa final. Não seja hipócrita. O Maracanã irá tremer. A Espanha irá tremer. Sabe o motivo? Porque nós temos um jogador a mais, meu caro. Vamos, Brasil!

Forte abraço,

Arthur Guedes.