segunda-feira, 23 de junho de 2014

Pode vir, Chile!


Foto: Jefferson Bernardes/VIPCOMM
Pode vir, Chile. Mas venha com vontade mesmo, porque se titubear vão ficar para trás. Nós estamos fortes, meus amigos. A vitória de hoje em cima dos eliminados Camarões foi o gás que precisávamos para irmos fortíssimos para a próxima fase. Hoje eu me surpreendi com a seleção. Não. Não foi o placar de 4 a 1. Foi a postura e a vontade que tivemos em campo, que me fez lembrar a Copa das Confederações. Isso me surpreendeu e irei vos explicar, meus caros.

O time era o mesmo que estreou vencendo por 3 a 1 a Croácia. O time era o mesmo (com apenas a ausência do Hulk) quando empatou contra o México, na segunda rodada. Mas a postura foi totalmente diferente, até mesmo da estreia, no dia 12. O time marcou em cima, desde os primeiros minutos. Sufocou os africanos, assim como sufocaram a Espanha naquele chocolate por 3 a 0. Buscaram o domínio da partida desde o início, e mais: Não tiveram a mínima dificuldade em penetrar na defesa adversária. 

Tá, tá bem. Eu sei muito bem que não estamos 100%. Nenhuma seleção é perfeita. As bolas rifadas, muitas das vezes em tentativas de lançamentos, eram falhas. E nisso, resultaram em posse de bola grátis para o adversário. Nisso nós estamos pecando. O meio campo não está trocando muitos passes, até mesmo pela marcação forte. Oscar sofre para aparecer no meio e acaba resolvendo num toque apenas na bola um pouco mais à frente, quase dentro da área. Paulinho, o cara que deveria apoiar mais o Oscar na função de municiar o ataque, pouco vem aparecendo. O destaque que ele teve na Copa das Confederações não está sendo o mesmo da Copa do Mundo. Aliás, hoje tivemos uma grande surpresa: Fernandinho. Entrou, deu mais mobilidade ao meio campo e fez seu gol. Vai causar ainda mais dúvida ao Felipão e de antemão vos digo: Eu colocaria o Fernandinho. Mas esse abacaxi é pro Felipão.

Ainda no meio campo é preciso reforçar a aparição do Willian. Não. Não é pressão em cima do Oscar, pois mesmo ele estando sofrendo um pouco para aparecer no meio campo, ainda é decisivo. Mas o ex-corintiano tem se mostrado uma boa peça para uma mudança de jogo, uma alternativa. Olho aberto sempre nele. 

Neymar novamente foi o cara do jogo. Fez dois gols e foi a única alternativa para driblar a marcação pesada de Camarões. Muitos falam em "Neymardependência". Calma, por favor. Ele é o craque. É aquele que esperamos sempre o 'algo a mais'. É ele quem precisa decidir, pois é o diferente. E quando ele saiu do time hoje, no segundo tempo, foi notório a queda de rendimento do time. Mas é normal. Pegue a Argentina e tire o Messi. Pegue Portugal e tire o Cristiano Ronaldo. É claro que o rendimento cairá. O conjunto do Brasil é bom, mas se torna especial por ter um craque: Neymar.

E não podemos fechar a análise sem antes falarmos do centro-avante: Fred. É o cara do último toque. Por favor, não peçam mobilidade para ele. Todos conhecem o futebol do Fred. É o cara da área, da finalização, da cabeçada no chão, da bola espirrada. Hoje fez o gol e tirou um peso enorme das costas. É evidente que o Fred não se compara a outros atacantes de outras gerações. Mas é evidente também que ele é o melhor camisa 9 que temos. Sabemos como ele joga. Sabemos aonde ele decide. Portanto, vamos apoiar, pois ele é o nosso camisa 9. 

Por fim, ressalto: Venha, Chile. Mas venha com vontade, meus caros, pois se titubear vão ficar pra trás.

Grande abraço,

Arthur Guedes.
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