domingo, 21 de julho de 2013

O Gigante acordou!

Foto: Dhavid Normando/Agência Estado
Há algum tempo você leria este titulo e logo faria uma ligação com os protestos que vigoraram nas ruas em prol de direitos. Mas neste domingo este título se deve por outro motivo. Entretanto, o sentido é praticamente o mesmo. O Gigante acordou! Porém, este não mora nas ruas.Ele é da Colina, meu caro!

O clássico ocorreu antes dos 90 minutos quando aconteceu a tal briga para saber em qual local ia entrar/estar cada torcida. A meu ver, uma enorme bobeira, mas se você quiser considerar isto parte do espetáculo, que siga a vida.

O Maracanã, de fato, voltou a ser um pouco Maracanã. Um clássico e duas reais torcidas verdadeiramente rivais. Sem aquelas "gringaiadas" adeptos do teatro. Nada contra, mas ali é um espetáculo diferente. Como foi bom ver aqueles torcedores ali. Aqueles que desfrutavam do "antigo" Maracanã, e que irão "despadronizar" isto que fizeram com ele.

E por falar em "despadronização", o Vasco foi o segundo a fazer isto (eu juro que não tem nenhuma piada nisso).  Por mais que a fase do Fluminense não esteja boa, ele ainda sim era o favorito. E o Vasco da Gama mostrou que o jargão está correto: "Em clássico não tem favorito.". O elenco do tricolor é melhor? É bem verdade que sim. Mas não é por nomes e números que os jogos são resolvidos. É aí que o Vasco "despadronizou" aquilo que já se tornou padrão. E é por isso que o futebol é emocionante.

O Vasco no início não foi bem. Tomou certo calor do tricolor em errôneas saídas de bola. Ora em falhas de Sandro Silva, ora nas de Jumar. Com isso o tricolor detinha a bola e tentava as finalizações. Finalizações estas, que só tiveram perigo quando chegava o Edinho. Sim, é estranho, mas foi o que aconteceu.

O 'reizinho', Juninho Pernambucano até então tinha aparecido pouco. Mas, como bem sabemos, craque aparece para decidir. E ele apareceu. A bola sobrou para ele ,após bobeira dentro da área do Edinho, e de primeira chutou e marcou. Um golaço de um ícone, ídolo e mestre. Um gol que fez um botafoguense gritar. Juninho, você é ídolo, meu caro.

Mas neste mesmo lance eu gostaria de destacar uma coisa. A bobeira na saída de bola do Edinho, que no fim acabou resultando no gol vascaíno, não pode acontecer. Ali ele precisa/precisaria saber que é bola pro lado que o jogo é de campeonato, meu caro. Você "brinca" com a sua retaguarda? Espero que tenha pensado e dito que não. Então, ali não se brinca. Mas, estamos num mundo "moderno". Portanto, se você brinca com a sua retaguarda... Bem, é melhor seguirmos com o texto.

Minutos depois eu tive que assistir um homem barbudo ter uma atitude de garoto que acabara de ser promovido da base. Fred recebeu um "cutuca leão" num lance anterior do Jumar, e quis revidar logo depois. Mas um cara tão vivido, futebolisticamente falando, não arrumaria um jeito mais discreto de dar o "revenge"? Ô, meu camarada! Aí você escorregou e muito.

A expulsão do Fred foi o clímax da partida. A partir daí o Fluminense não foi mais o mesmo. Mas foi o guerreiro de sempre. Lutou os dois tempos com um jogador a menos. Conseguiu mesmo assim dar certa pressão no Vasco, que se segurou como pôde.

Entretanto, quando saiu o 2° gol vascaíno com André no início da segunda etapa, o Fluminense desmoronou. Mesmo tentando aparentar ser forte, parecia não dar. Como disse, parecia. O Fluminense apertou o Vasco, que no momento poderia ter cadenciado a partida, mas não o fez. E num enorme e bobo erro na saída de escanteio do goleiro vascaíno, Carlinhos de cabeça colocou os "guerreiros" na partida.

Porém, por mais guerreiro que você seja, se começas a perder mais e mais homens, a guerra fica muito mais complicada pra ti. E o Digão se juntou ao Fred no vestiário após fazer falta em André. E com menos dois, o Flu ainda viu o Tenório sair do banco e marcar de cabeça após escanteio. Após isso ouvimos "olés" e novamente o Maracanã de volta.

O Gigante acordou, meu camarada. O GIGANTE DA COLINA.

Grande abraço,

Arthur Guedes.