Bayern campeão, mas quem vence é a Alemanha!

Foto: Getty Images

Bayern de Munique é o campeão da Uefa Champions League 2012/2013. O Borússia foi derrotado, mas caiu de pé.No final quem se deu melhor mesmo foi a Alemanha. Ah, esta estaria extasiada independentemente do campeão, afinal os seus dois filhos estavam ali, e como um bom pai, ficaria feliz por qualquer resultado.

O seu filho mais velho vinha para esta final mais estruturado e calejado de outras finais. Seu filho mais novo estava apenas na sua segunda experiência, mas contava com bastante raça e vontade. E esta apareceu desde o início com uma marcação à pressão unida a ânsia de vencer bem típica dos "mais novos", que sufocou seu 'brother' e o tornou impotente durante bons minutos. Mas o outro, calejado, começou aos poucos à reverter essa situação, com evacuações pelas pontas, e inversões de bolas.

Robben, Ribéry e Schweinsteiger, jogadores com maior poder de decisão do "mais velho", estavam bem marcados e não tão inspirados como anteriormente. Por conta disso o Bayern passou por maus bocados.

Lembra daquela ânsia do 'mais novo'? Então, ela ocasionou num cansaço mais rápido, e a marcação à pressão, já não contava com tanta pressão assim. A partir daí, a troca de passes ofensivas do Bayern começava a aparecer novamente, e o destino jogaria num jogador já castigado, o poder de dar a volta por cima.

A "bola do jogo" começava a cair nos pés do Robben, que no primeiro tempo perdeu duas grandes chances. A fama de jogador "pipoqueiro" começava à aumentar, e era natural, afinal já não era mais réu primário.

Mesmo com boas chances para ambos os "irmãos", o jogo teimava em ficar no 0 a 0. Sabe porquê, meu caro? Por conta das duas muralhas, Neuer e Weidenfeller. A muralha do caçula já é um experiente e vem sendo destaque desde o início da Champions. Já o Neuer tem sido constantemente cotado como o melhor goleiro do mundo, e após essa Liga dos Campeões, mostrou realmente ser o melhor.

O calejado irmão voltou para a segunda etapa melhor, com mais gás e espaço. E as oportunidades não paravam de aparecer. E as oportunidades não paravam de cair nos pés do Robben. O holandês ainda perdeu mais uma chance na segunda etapa. Não, não estou pegando no pé dele, mas o peso nas suas costas só aumentara.

Mas o até então, robocop, salvou a pele do holandês. Após belíssima jogada de Ribéry, Robben cruzou meio sem jeito e Mandzukic marcou. Explosão vermelha em Wembley.

O caçula parecia sentir o balde de água fria. Mas o Dante, como um bom irmão mais velho, deu uma ajudinha e fez um pênalti infantil. Gündoğan foi lá e fez! A partir do gol o jogo ficou parelho, mas ainda sim o Bayer era melhor. Após o gol o Weidenfeller se consagrou, e o Borússia começava à parar. Víamos um Bayern com vontade de vencer e um Borússia com vontade de prorrogação. E isso fez a diferença.

Nos 89 minutos, após uma falta batida aleatoriamente para frente, Ribéry de calcanhar, e Robben dominou e cutucou a rede. Ali nascera o campeão da Champions League. Ali nascera um novo Robben.

Os outros 3 minutos foram apenas caprichos do árbitro, afinal o calejado irmão venceu e mostrou a importância da vivência. O mais novo ainda tem muito potencial, e caiu como já havia caído o seu 'irmão' anteriormente. Essa foi apenas uma experiência, para que no futuro, este irmão "mais novo" seja o "calejado".

Parabéns aos 'irmãos' Bayer e Borússia, e ao pai coruja e orgulhoso, Alemanha!

Grande abraço,

Arthur Guedes.