quinta-feira, 5 de março de 2015

Capitão, até logo

Léo Moura: mais de 500 partidas pelo Flamengo
Leonardo da Silva Moura, 36 anos, lateral-direito e 10 anos de Flamengo. Um ídolo nunca se despede, de fato, de um clube. Ele fica marcado para toda a história de um time e, por isso, recebe tal nomeação. Léo Moura se despediu do rubro-negro com um "até logo". Afinal, seu nome estará sempre gravado na cabeça dos torcedores e daqueles que ainda irão torcer pelo "Mais querido". 

Ídolo é 'intocável', 'invendível' e 'interminável'. Se não é, ao menos, deveria ser. O ídolo conquista, defende e representa uma nação, que o reverencia por tamanhos feitos. Não precisa ser craque para ser ídolo. Não precisa ganhar milhões para ser ídolo. Não precisa ser "completo" para ser ídolo. Basta defender o clube que é amado por milhões e jogar com a vontade que cada torcedor tem em sua mente. Amar o que muitos amam, quiçá, seja o principal feito de qualquer ídolo. E o Léo ama seu Flamengo, meu camarada...

Não existem patamares de ídolos. Cada um se tornou ídolo por sua característica peculiar. Uns foram craques. Outros, guerreiros. Alguns, por seus títulos importantes. E outros mais, por tempo de casa. O respeito ao ídolo - pela visão do torcedor rival - deveria existir nos tempos atuais. A rivalidade sempre existirá e, também por isso, que o futebol é tão encantador. Entretanto, quem nunca se contorceu de 'inveja' ao assistir o craque/ídolo adversário arrebentar e arrancar gritos da torcida? Atualmente, nem defendo que os adversários reverencie os ídolos alheio, afinal, seria uma utopia. Mas respeitar é, no mínimo, essencial. 

Léo venceu pelo Flamengo um campeonato brasileiro (2009), cinco estaduais (2007, 2008, 2009, 2011 e 2014) e duas Copas do Brasil (2006 e 2013). Os títulos, neste caso, são meros dados quando relacionados a trajetória do lateral no rubro-negro. Foram anos como capitão de uma nação, que por muitos é considerada "difícil" de lidar. Foram anos tendo uma hegemonia e carinho da torcida. Não é qualquer um que consegue chegar no Flamengo e realizar tal coisa. O Léo é diferente. Não por seus dribles (já conhecidos) que visa a diagonal ou suas arrancadas até a linha de fundo. Nem por ser um dos poucos laterais que conseguem realizar uma das funções básicas da função: o cruzamento. É diferente pelo que sente quando veste o manto rubro-negro. E isso, meu camarada, não é invenção minha, e sim sentimento seu, que é perceptível e, não a toa, o capitão recebeu sua 'festa de despedida'. 

O lateral do moicano vai se despedir do 'exército' flamenguista hoje, contra o Nacional-URU. Mas sua história está aí, escrita, fotografada, gravada e eternizada. Para que os futuros rubro-negros sentem ao lado daqueles que assistiram Leonardo Moura vestir a camisa 2 do Flamengo, para ouvir como o lateral defendeu o clube. A história do Flamengo aumenta com mais este personagem que se despede. 

Uma breve despedida e um forte abraço,

Arthur Guedes.
(Facebook: https://www.facebook.com/arthur.guedes.54)
(Twitter: @GuedesLoco)

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